domingo, 30 de dezembro de 2007

Feliz 2008

Temendo que uma hecatombe nuclear houvesse matado seus companheiros de blog, ela perguntou baixinho. "Oi? Tem alguém aí?" Não ouvindo resposta, tirou do armário o vestido preto pra arejar, porque ela tem alergia a mofo. Isso feito, sentou-se em frente ao computador e, com lágrimas a rolar pelas faces, escreveu o último post do blog onde se lia o seguinte:

"Feliz 2008! Que tudo seja lindo e paz. Que no próximo ano a gente coma menos miojo e tome mais picolé. Que a gente veja mais borboletas e ande descalço, que eu adoro andar descalça quando saio da praia nas pedrinhas portuguesas. Que a gente leia mais e vá mais ao cinema, teatro, praia. Que a gente tenha menos dor de cabeça. Que a gente tenha tempo pra ficar sem fazer nada. Que a gente tenha rede onde ficar sem fazer nada. Que a gente tenha um bigbrother com pessoas bacanas e que a gente não tenha vergonha de gostar de bigbrother. Que a gente faça coisas legais e que o ano seja bacana. É isso. :) "

quarta-feira, 26 de dezembro de 2007


Depois do post da Geisy o que me resta é desejar - mesmo que atrasado, porém de coração - boas entradas para todos nós!!! =PPP

terça-feira, 25 de dezembro de 2007

Marta e sua namorada

A irmã burra da Cindy só entra aqui pra falar de mulé. Mas, porra, fala sério, olha só a namorada sueca da Marta! A Marta da seleção brasileira de futebol feminino! Parece que a "amiga que veio passar as festas de fim de ano" é zagueirão.


P.S.: Bem que a Marta (a minha, a sua, a nossa Marta, hehe) disse que tinha uma ligação forte com a Suécia... Agora eu entendo...

segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

Feliz Natal



Over The Rhine - All I Ever Get For Christmas Is Blue

=)

sábado, 22 de dezembro de 2007

Voltando ao "31 minutos"

Tô viciada em "Me cortaron mal el pelo":

sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

Alegria de estudante de letras

- é poder escrever em tópicos!

Férias de quase tudo

Saindo:
- De quem é essa impressão?
- Conseguiu ler o trabalho? A gente tem que imprimir hoje pra levar pro professor amanhã.
- Vai almoçar aonde?
- Viu a wbs?
- PC1.
- Fecha a guarda.
- Viram o e-mail que recebemos?
- Vai na troca de kruang?
- Isso não tá no PMBoK nem em nenhum outro guia, isso é prática.
- Acha que entrega esse livro no prazo?
- Chapter one.
- Já enviou pro marketing?
- Base, guarda, movimentação.
- Me repassa esse e-mail?
- Chapter seven.
- Vai ser Tio Cotó mesmo?
- Puta merda, ele não devolve o capítulo!
- What composition??
- Bom dia, bom dia, bom dia, bom dia, bom dia, boa tarde, boa tarde, boa tarde, boa tarde...
- Esse não é o conteúdo desse módulo!
- Já liberou o miolo?
- Entra mais o quadril nesse chute.
- Vai pedir algum suco?
- Page one hundred five, grammar.
- No primeiro horário? Ok.
- Dois jabs, um cruzado de direita, um cruzado de esquerda, cotovelada de direita e pisão com a perna da frente, ok?
- Cindy. Meu nome é Cindy. Cin-dy, cê, i, ene, dê, ípisilon. Isso. Cindy.

Entrando:
- Que horas são? Cacete, dormi dez horas seguidas!
- Vai fazer alguma coisa hoje?
- Po, fiquei lendo atééé dormir.
- Tô indo aí.
- Mais cerveja? Ok.
- Tá vindo pra cá?
- Vamos dormir, bb?
- Em que altura vc tá?
- Posso pegar o snorkel?
- Tão jogando o quê?
- Vou dormir mais um pouco...

O Natal – Meu pânico

- Vontade de ser invisível
- Vontade de ser incomunicável
- Vontade de correr muito rápido sem parar chorando copiosamente até ficar livre novamente
- Vontade de chorar de medo abraçada às pernas
- Claustrofobia
- Vontade de me esconder embaixo da cama ou do edredon ou em qualquer escuro
- Vontade de fugir para um hotel
- Vontade de gritar até ficar livre novamente

Juro que não gosto, é o dia mais ansioso da minha vida. Depois vem o carnaval e o meu aniversário, mas nem se comparam.

quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

Estou triste.

Mandem as good vibes pro outro plano, a Teresa morreu hoje de madrugada.
Merci pela força, pessoas queridas. Achei importante vir falar pra vcs.
Beijos, boas festas.:*

quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

Mi muñeka me hablo

Muito bom. Tem outros da mesma série, vale a pena :)

http://www.youtube.com/watch?v=BNXobzBI5Gc

(Não sei colocar pra aparecer que nem videozinho...)

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Pop ETECÉTERA!!!


www.3a1.com.br

Um moço barbudinho de óculos. Meio indiezinho assim assim. Dançando com uma guitarrinha despretensiosa. Low profile.

Mas isso não é nenhuma bandinha deprê!

Mocinha elegante no baixo. O nome é meio clichê, mas não tem outro: swing.

Mas isso não é nenhuma bandinha funk!

Bateria do inferno! MUITO! Um mocinho daqueles que toda mamãe do rock quer como genro!

Mas isso não é nenhuma bandinha rock-virtuose-lero-lero!

Jorge Ben crescido bem uns 40 centímetros. Assim como o cabelinho também crescido. Ah! E rejuvenecido! Com nome de russo! Violão e linha de frente!

Pop de primeiríssima. Desse tipo que alegra nossa vidinha, isso sim!

Ah, é! Tem também um mocinho que interpreta como ninguém e canta que é uma beleza!

CDzinho novo. Estão de parabéns.


No Youtube

No Trama Virtual

sábado, 15 de dezembro de 2007

Ê Brasil!!!

Filarmônica de Berlim tocando Tico-Tico no Fubá.

Impressionante! É só botar um ritmo brasileiro pra todo mundo ficar soltinho e cheio de graçolas!! rsss... Muito bom! =)

Gente feia

Coluna de João Ximenes Braga (adoro!) em O Globo de hoje.

Festinha despretensiosa, tipo leve o que beber e pegue o de comer. Quem ali já não se conhecia era amigo do amigo, praticamente uma reunião de máfia, uma sessão de voto secreto no Senado, e tudo corria na santa paz da bebedeira coletiva até a chegada de um grupo de quatro rapazes esquisitíssimos.

- Que gente feia é essa? – sussurraram os outros assim que eles entraram.

E por que esquisitos? Porque não eram. Na verdade, eram os tipos mais comuns que se pode imaginar na Zona Sul do Rio. Playboys meio embrucutuzados, de camiseta regata de tecido sintético, do tipo que só deveria servir para malhar. Tinham uma certa pinta de pitboy que deixou muita gente desconfortável, embora eles não tenham esboçado qualquer reação explícita ao clima discretamente pansexual que os cercava. Seja como for, destoavam dos outros convivas, fina flor da boemia intelectual carioca. Traziam um quê de Nuth a um ambiente de freqüentadores de rodas de samba e/ou Dama de Ferro/Fosfobox. A dona da casa logo começou a reclamar:

- Eu que nunca fui na Nuth, nem na Baronetti, de repente me vejo disputando fila com quatro pitboys pra entrar no meu próprio banheiro!

Mas tudo correu sem maiores incidentes, só a frase lá de cima se repetia sem cessar, à meia voz, ao longo da noite:

-Que gente feia é essa?

Seguida de comentários tais como:

- Esses tipos já roubaram o Baixo Leblon da gente, depois o Baixo Gávea, depois o Coqueirão, agora nem em casa de amigos eles deixam a gente em paz?
- To dizendo que tem que cercar a Barra da Tijuca, to dizendo...
- O Leblon também, o Leblon também!
- Cês tão nostálgicos, os playbas já tomaram conta da cidade inteira, pra escapar deles só mudando pra Santa Teresa.
- Ou pro subúrbio...
- Que subúrbio? Pros lados de lá ta pior. A única diferença é que playboy de subúrbio faz a sobrancelha, usa wax no cabelo e calça jeans cheia de penduricalhos, de resto é tudo igual.
- Metrossexuais?
- Não, cafonas mesmo.
- Peraí, esse não é o figurino do Cine Ideal?
- Pois é, em Madureira não há gaydar que funcione!
- Mas afinal, quem é essa gente feia que chegou agora?

Ninguém sabia, nem ia lá perguntar. De interação real, só um dos playbas que se encantou por uma nativa da festa – uma advogada de cabelo black power que trabalha com direitos humanos em comunidades carentes. Sem saber como chegar nela, ele pediu auxílio à dona da casa.

- Pó, aí, to amarradão na tua amiga, que que eu tenho que fazer pra dar um beijo nela?
- Fala de milícia – respondeu a outra, com um fio de veneno escorrendo pelo canto da boca.

Tempinho depois as duas se reencontram.

- Eu não entendi nada. O playba sentou do meu lado e disse: “Pó, aí, ta sabendo que eu sou totalmente contra qualquer forma de exploração das classes menos favorecidas? Tipo assim, milícia, acho milícia nada a ver”.

Como já disse, fora esses pequenos momentos de interação, os tais pitboys não agiram como tais e saíram da festa sem causar imbróglio algum, só os sussurros de “que gente feia é essa?”.

Dias depois, encontro algumas pessoas da festa e uma menina me confessa que era a culpada pela presença dos “pitboys”.

- Um deles é meu amigão, muito gente boa, apesar de ser professor de academia na Barra. O problema é que ele só anda com esses caras esquisitos. Mas sabe o que me deixou uma fera? Encontrei com ele no dia seguinte e comentei que ele tinha ficado pouco tempo na festa. Ele respondeu: “Pó, aí, é que lá só tinha gente feia”.
---
Corolário: contabilizando a opinião de cada submáfia carioca, o Rio é a cidade com mais gente feia do mundo.

ps: pois é, "a diferença" gera preconceitos e incômodos em todos os lugares.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

C&H - Carinho

Não é novidade.
Mas é tão divertido!

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Lista: 10 filmes "deprês"


Filme "deprê" pra mim é quando saímos do cinema como zumbis, andando sem saber ao certo aonde ir e o que fazer ou então ficamos olhando os créditos na televisão, sem dizer uma palavra, depois de assistir ao filme em vídeo. Ou mesmo quando há alguma cena que particularmente nos marca e que não deixamos de pensar depois que o filme acaba. É diferente de filme triste, quando choramos, mas que no fundo "diverte" sem maiores questionamentos.

1- Bambi (traumatizante);

2- Despedida em Las Vegas (creio este ser o filme que mais me abateu após a sessão);

3- Meninos não Choram (mazela humana);

4- Réquiem para um Sonho (problemas reais, soco no estômago);

5- Menina de Ouro (vida trágica);

6- Coisas que Você Pode Dizer Só de Olhar para Ela (além de mim, só conheço mais 1 pessoa que se emocionou com este filme. Só sei que me tocou profundamente);

7- Closer (seres humanos e seus relacionamentos);

8- As Horas (dramas femininos em várias épocas);

9- Traffic (mais problemas reais, mais soco no estômago);

10- Central do Brasil (Brasil).

Menção honrosa ao filme "Na Montanha dos Gorilas" que me deprime só de ouvir falar. Não vi nem quero ver.

ps: foi difícil escolher esses 10 +... lembrei-me de cada um... fica pra próxima.

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

1,2 Step

Eu era a negona mais animada dado meu quilombo, tenho certeza.
Pra vcs, felicidade igual a que eu tô sentindo.
Ciara e Missy Elliott.
(tem tantos ts e ls assim?)
The princess is here! Yé!

Que calor, puta que pariu.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Bizarrices do dia-a-dia

Hoje de manhã estava ouvindo rádio enquanto trabalhava e, trocando de estações, parei numa rádio evangélica e fiquei ouvindo um debate sobre assuntos diversos entre 3 pastores. Eis que um deles lê uma pergunta enviada por email por uma ouvinte. CA-RA-CA! A pergunta era: Pastor, o que o senhor acha da dança do siri? Porque na lá na minha igreja, quando o pastor manda fazer a louvação, os fiés dançam a dança do siri." ????????????? Eu juro que quase não acreditei no que ouvi, mas ultimamente não tenho duvidado de nada. Deus do céu, o que foi issor?!

P.S. Pra quem não sabe, a dança do siri é uma dança inventada por dois personagens de um programa de 'comédia' que passa aos sábados pela noite na Globo. Eles fazem movimentos pra um lado e pro outro e mexem as mãos... cara, não sei descrever. O lance é que eu não faço ideia de pra que isso serve, nem o que significa ou como surgiu. PQP ninguem tem mais o que inventar. Daqui a pouco fundam a igreja do deus 'Siri'. Me desculpem, mas eu TIVE que compartilhar isso.

domingo, 9 de dezembro de 2007

War in Rio - O Jogo



"O objetivo do projeto é gerar uma discussão através de uma proposta cínica de diversão.
Pegando carona no fenômeno de massa 'A Tropa da Elite', a idéia é perguntar ao cidadão carioca se ele acha que esse tipo de entretenimento combina com pipoca ou com uma reflexão profunda sobre a realidade de sua cidade.
Por outro lado é também um jogo bem planejado e realizado: uma paródia irresistível para os amantes do clássico e politicamente incorreto passatempo de guerra. No lugar de invadir Moscou, conquistar a África ou aniquilar os exércitos brancos, que tal invadir a Cidade de Deus, conquistar a Baixada ou eliminar o Comando Vermelho?
Desenvolvido pelo designer Fábio Lopez, ele traz no tabuleiro a geografia da região metropolitana da cidade, capital e Baixada Fluminense, e tem suas peças representando seis tipos de grupos armados: a PM, o Bope, as milícias e três quadrilhas de facções criminosas.
War in Rio é reflexão e entretenimento canalha."

sábado, 8 de dezembro de 2007

Meu querido diário,

Eu fico triste quando me sinto esgotada. Seja por trabalho, amigos, amor, exercícios, atividades prorrogadas. Tem gente que sente raiva ou prazer, mas eu fico triste, porque não sei lidar direito com o pós-esgotamento, o que parece não fazer sentido, mas faz, porque eu e meu corpo, que somos dois, sentimos assim.

Eu tava pensando que minhas escolhas profissionais-não-amadurecidas e ter dinheiro não são coisas compatíveis, e agora?

Eu adoro desligar a TV da minha mãe quando ela dorme. Viremexe ela tá acordada e eu falo pra ela dormir logo, só pra eu voltar e desligar. Me sinto super cuidadosa, porque desligo só pra luz verdinha não ficar no olho dela.

Eu quero que a segunda-feira chegue, porque vou me formar. :)

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

Diálogo com 'Cenas'



Então, comprei um livro recentemente que fala de intertextualidade, leitura, citação e afins.
Comecei a ler e a viajar sobre o assunto e, como gosto de fazer analogias, estava relacionando isso a imagens, pinturas e fotografias. O post “Cenas” foi um prato cheio pros meus devaneios e resolvi postar em vez de comentar nele. Bom, antes de embarcar na viagem, coloco aí um trecho do livro...

Quando cito, extraio, mutilo, desenraízo. Há um objeto primeiro, colocado diante de mim, um texto que li, que leio; e o curso de minha leitura se interrompe numa frase. Volto atrás: re-leio. A frase relida torna-se fórmula autônoma dentro do texto. A releitura a desliga do que lhe é anterior e do que lhe é posterior. O fragmento escolhido converte-se ele mesmo em texto, não mais fragmento de texto, membro de frase ou de discurso, mas trecho escolhido, membro amputado; ainda não enxerto, mas já órgão recortado e posto em reserva. Porque minha leitura não é monótona nem unificadora; ela faz explodir o texto, desmonta-o, dispersa-o. É por isso que, mesmo quando não sublinho alguma frase nem a transcrevo na minha caderneta, minha leitura já procede de um ato de citação que desagrega o texto e o destaca do contexto.

(...)

O grifo na leitura é a prova preliminar da citação (e da escrita), uma localização visual, material, que institui o direito do meu olhar sobre o texto. (...) o grifo coloca marcas, localizadores sobrecarregados de sentido, ou de valor; ele superpõe ao texto uma nova pontuação, feita ao ritmo da minha leitura: são os pontilhados sobre os quais mais tarde farei recortes. Toda citação é primeiro uma leitura.

(...)


COMPAGNON, Antoine. O trabalho da citação. Tradução de Cleonice P.B. Mourão. Belo Horizonte: UFMG, 1996.

Fiquei pensando no mundo, no nosso olhar e nas formas que encontramos para representá-lo – o olhar. Penso que capturar uma imagem é tb fazê-la explodir para fora de seu contexto. Retratá-la numa pintura é desmontá-la toda, inevitavelmente, porque nosso olhar não é capaz de ver o todo. Comparo o olhar nosso ao grifo. Nós focamos as partes do que vemos e as absorvemos aos pedaços, cada um a seu modo. Uma pintura do Picasso me faz pensar especialmente nisso. (tá ai em cima, é que eu não sei colocar no lugar certo)

Quanto à fotografia, se por um lado ‘perdemos’ o barulho de um rio fotografado, se transformamos em imagem estática algo cheio de vida e movimento, também quem fotografa acrescenta vida à imagem, já que a impregna de valores do seu recorte. O grifo coloca marcas, localizadores sobrecarregados de sentido, ou de valor; ele superpõe ao texto uma nova pontuação, feita ao ritmo da minha leitura. Recortar, citar – seja falando, escrevendo, fotografando, pintanto etc – é também um processo de construção porque minha leitura não é monótona nem unificadora, logo o recorte tampouco será. Assim, na escolha da cena, do ângulo, da luminosidade, da distância – na fotografia – como na escolha do material, das cores, das formas, no jeito da pincelada – na pintura – transparece o processo de construção do olhar de cada um de seus autores.

Por isso, vejo as ‘Cenas’ da Marta como citações que ela faz do mundo que vê. Portanto, Julinha, acho que não importa o barulho do rio, já que as fotos dizem muito mais do que quando vc olha pra ela e não tem a vaga idéia do que ela está pensando, hehe. Sem, é claro, cair naquela história de “fulano quis dizer isso quando retratou tal coisa dessa forma”, he. Essa foi minha viagem! Beijos pra vcs!

Campanha Natal em Julho


Ontem pela manhã/tarde fui ao SAARA (centro do Rio) com o objetivo de comprar presentes para amigos e algumas cositas para mim. Estamos perto do Natal e essa é uma região de comércio popular onde se vende de tudo. Não preciso dizer que fica um formigueiro, não é? Estava um calor insuportável e um sol idem. Perguntem-me se consegui fazer o que eu queria. Respondo: não. Eu perco a paciência facilmente em situações assim e o que eu mais quero é ir embora (o engraçado é que eu adoro um Maracanã cheio... vá entender...).

Para vocês terem uma idéia, entrei nas Lojas Americanas (LA) da R. Uruguaiana, lotada, pra comprar um DVD de presente, e estava tocando no som, aos berros, canções natalinas em ritmo de pagode. Na boa, procurar DVD nas LA ouvindo pagode natalino não rola. Talvez meu amigo fique sem presente neste sábado, mas ele vai entender com certeza.

Ao sentar no ônibus de volta pra casa, um pouco chateada, olhei para o reloginho digital do veículo que marcava 42°C (sim, alguns ônibus agora vêm com relógio digital só para nos torturar com temperatura). Percebi que fiquei triste e comecei a imaginar a época de Natal no hemisfério norte, com friozinho, bonecos de neve e essas coisas que vemos em filmes.
Foi aí que me veio o pensamento: não é justo que passemos o Natal no inferno! por que não podemos comemorar em julho?

Então resolvi fazer essa campanha e, para os que acham isso uma loucura, aqui vão algumas vantagens do Natal em Julho:

- nesta época, teremos condições normais de temperatura e pressão, próprias para a vida humana;
- poderemos comer nozes, avelãs e castanhas e beber vinho sem sofrimento;
- vamos economizar dinheiro, pois não precisaremos comprar uma garrafa de água a cada esquina em dias de compras de Natal para não morrermos desidratados;
- não será uma tortura abominável sair para fazer compras de Natal, será apenas um sacrifício aceitável;
- poderemos abraçar mais as pessoas, conforme prega o espírito natalino;
- por conseguinte, as pessoas serão mais felizes e haverá menos barracos familiares no dia de Natal.

Assim, espero a adesão de todos!
Obrigada!

=)

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Ana Cristina Cesar

Então. Primeiro eu não gosto dela. Segundo, é segredo, porque ela tem cara de fantasma de oclões escuros que puxa o pé. Mas eu achei trechos de poesias dela num diário antigo. Trechos que eu gosto, claro. Claro não, porque eu podia ter anotado de tão ruim que eram. Mas são bons mesmo. Eu gosto de gente que fala de paixão sem firulas. E isso é difícil na Ana Cristina, porque ela tenta colocar pompa em coisas simples. Aí fica meio pedante e bobo, porque a gente sabe que as palavras foram rebuscadas propositalmente.
Mas olha que coisa à toa e bonita, versos de uma poesia:

Não tenho muitas palavras como pensei.
"Coisa ínfima, quero ficar perto de ti".
Te levo para a avenida Atlântica beber de tarde
e digo: está lindo, mas não sei ser engraçada.
"A crueldade é seu diadema..."
O meu embaraço te deseja, quem não vê?

Cenas

Tenho a impressão de que cenas estão a minha espera em todos os lugares, prontas para serem captadas e sentidas.
E então, o mundo pára por alguns instantes. Movimentos, sons, pessoas, tempo: tudo se congela.

É isso!

=)



quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

Esse post vai para os fãs de JJ Abrams, o criador da enigmática e viciante série de tv “Lost". O trailer é de seu mais novo trabalho. Um longa, cujo nome ainda não foi confirmado, mas ao que tudo indica pode-se chamar "Cloverfield” (código secreto). Estréia nos EUA dia 18 de janeiro próximo.



Não vá ao cinema esperando um happy end!

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Pra não causar uma falsa impressão de sujeito sério...

Um amigo me mandou, achei que valia dividir... Sucesso do Queen...

Sobre não existir

Aí que hoje foi a primeira vez que chorei muito com medo de a Teresa morrer. A filha mais velha veio procurar o cartão dela e buscar algumas coisas que estavam aqui em casa. E, em 25 anos, eu nunca tinha mexido nas coisas que ela guardava. Os bolsos das roupas, os exames, a camisola, coisas da igreja, muitos papéis burocráticos, capas de carteirinhas, um porta-celular Hugo Boss. Descobri que ela guardava o dinheiro debaixo do colchão.
Entrei na intimidade dela como se ela não existisse mais. Mas ela existe.
Conversamos com a pequena e choramos todas. Ela não sabia de fato o que estava acontecendo. E ela também não tinha chorado, porque, na cabecinha dela, é feio. Aí falamos aquelas coisas todas de papai do céu, de chorar ser normal, porque estamos tristes e gostamos da mãe dela, de perguntar tudo o que quiser saber, de que os médicos estavam fazendo tudo o que sabem para ajudar a mãe dela, mas que nem sempre tudo o que os médicos sabem conseguem ajudar a pessoa que está doente.
O Caio, meu cachorro, toda hora vai lá fora e olha pra nossa cara, como quem diz 'Cadê?'. E a gente fica triste de novo.
Tá ruim.
Eu escrevi aqui pra legitimar a importância disso tudo pra mim, eu acho.
Quem acreditar, rezaí. Quem não acreditar, manda boas vibraçôes. E quem não acreditar em nada, faz as duas coisas por mim.

Minha pequena coleção de esquisitices 2

Isso é uma caixinha de chicletes que comprei em Berlim:









E quando você chupa todos os chicletes e abre a caixinha, eis o que você encontra:





Genial, não??

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Cyanide and Happiness

Muito bom. =D

Achei interessante

Caros e caras, recebi este texto e achei que valia passar pra frente. Como estava esperando uma oportunidade para estrear no Blog, achei que seria uma boa oportunidade.
Não sou contra e nem a favor, muito pelo contrário...
Food for thought...

Por que Chávez? Artigo publicado no jornal O Globo, no dia 24/11/2007Cristovam Buarque * www.cristovam.com.br

Talvez nenhum outro líder político latino-americano tenha recebido tanta atenção de jornalistas e de políticos brasileiros quanto o presidente Chávez. As análises e críticas são sempre sobre "o que é" e "como age Chávez". Ninguém pergunta "por que Chávez?" - o que levou a Venezuela, depois de 50 anos de democracia, a optar, por meio do voto, eleição após eleição, por um governo com características autocratas.
A resposta é simples: Chávez é o produto da insensibilidade da elite e da desmoralização da política. Durante os 50 anos de sua democracia, a Venezuela teve dois partidos se sucediam, sem nada mudar, exceto o nome do Presidente. Uma falsa alternância do poder. Por todo esse tempo, o país exportou petróleo e teve recursos para financiar o luxo e a sofisticação do consumo de uma minoria rica. Muito pouco foi usado para atender às necessidades da população pobre, ou para investir em um projeto estratégico de desenvolvimento. O resultado foi um país dividido por uma apartação social, o total estranhamento entre incluídos e excluídos, que se vêem como se fossem partes separadas de um mesmo país, e não componentes de uma mesma nação.
O Brasil se comporta hoje como a Venezuela de anos atrás. A eleição de Lula já foi o resultado da histórica insensibilidade da elite e da desmoralização da política. Ele representava o novo, dizia que o Congresso era composto por 300 picaretas; liderava um partido que era símbolo da luta contra a corrupção e da esperança de uma nova política nacional, que transformaria a sociedade em benefício da emancipação das camadas pobres.
É verdade que, no poder, Lula não se comportou como Chávez: em vez de dividir o país, fez uma coesão política entre pobres e ricos. Mas não criou as condições para a unidade social, para a formação de uma nação. Em vez de mudar a sociedade, tomou medidas que acomodaram o povo e os partidos. Adotou uma forma de fazer política idêntica à que antes criticava. A coesão política veio do compromisso com a manutenção do status quo em todas as áreas, e da concessão de programas assistenciais para as camadas pobres. O resultado é que o Brasil de hoje é a Venezuela de antes de Chávez, com o agravante da perda da esperança no governo Lula.
A democracia vai aos poucos sendo corroída pela desmoralização dos políticos, pela insensibilidade das elites dirigentes, pelo cinismo da comemoração pelos pequenos avanços, pela aceitação de que a corrupção é natural e generalizada. Somos um caldeirão de frustrações fabricando uma alternativa autocrática. Apesar de criticar Chávez, o Congresso brasileiro colabora sistematicamente para fabricar o chavismo no Brasil. Com o aumento do salário dos parlamentares, os acordos para salvar colegas condenados pela opinião pública, a mudança de posições que depende de estar no governo ou na oposição, o aumento de impostos repudiado pelos contribuintes, os fracos resultados no enfrentamento dos problemas da população. Nem aqueles que criticam Chávez sentem saudades dos partidos e dos políticos de antes.
Os juízes passam a idéia de estar mais preocupados com o aumento dos seus salários do que em fazer justiça, e permitem a vergonhosa impunidade dos ricos. Colaboram para formar o desejo popular de um líder autoritário. Na Venezuela, mesmo aqueles que se horrorizam com o controle da justiça afirmam que a justiça anterior não merecia sobreviver.
A imprensa, apesar de denunciar constantemente a corrupção, se concentra no debate superficial, generaliza a crítica a todo político, desmoraliza a classe política - e junto com ela, a democracia -, ignora propostas alternativas para um Brasil sem apartação. Critica os erros, mas não denuncia as causas. É como nas tragédias gregas. Ninguém quer o resultado trágico do autoritarismo.
Mas como atores, estamos todos - Congresso, justiça, imprensa - fazendo a nossa parte para que o Brasil seja uma fábrica de autocratas, produtos da insensibilidade da elite e da desmoralização da política.
* Professor da Universidade de Brasília, Senador pelo PDT / DF.

domingo, 2 de dezembro de 2007

Patolino contra os nazistas



Desenho proibido do Patolino: é ótimo ele voando com bandeirinhas americanas e depois batendo no Hitler!

Preciso de duas explicações:



No YouTube o título é "British Army".

1 - Por que esse homem me lembra a Flávia?

2 - Que porra é essa exatamente??

Obrigada.

Blogs alheios

Escritos de um conterrâneo que achei por aí:

Texto 3: Clara

Trocou as horas dos meus dias por minutos. Trocou meu tédio por vendaval. Trocou os livros na estante por acontecimentos. Trocou os móveis, os tapetes e meu coração de lugar. Trocou meu cheiro. Trocou minha saliva pela sua. Trocou o sono pelo sonho. Trocou um Beatles 1968 por um Mombojo 2006. Trocou a lâmpada do céu da minha boca. Trocou de blusa e saiu pelada. Trocou de signo e mudou o humor. Me trocou.

sábado, 1 de dezembro de 2007

Fantasia

(...)
Já naquele tempo eu gostava de criar meu próprio breve exílio, onde seria rainha de um momento.

O esconderijo podia ser embaixo da mesa na sala – eu me considerava invisível atrás da toalha comprida, de franjas; sob a escrivaninha de meu pai; dentro de um armário; entre arbustos no jardim.

Era uma forma de ficar tranqüila para ruminar coisas apenas adivinhadas, ou respirar no mesmo ritmo do mundo: dos insetos, dos talos de capim.

Era um jeito de ter uma intimidade que pouco me permitiam: criança que demais quieta podia estar doente, demais isolada devia andar triste, demais sonhadora precisava de atividades e ocupações. Disciplina sobretudo, disciplina para compensar aqueles devaneios e a dificuldade de me enquadrar.

Então às vezes eu arranjava uma imaginária concha onde me sentia livre. Eu tentava nem respirar, para que não se desfizesse a magia.

Era também um proteger-me não sabia bem de quê. Ali nenhum aborrecimento cotidiano, nenhum mal me alcançaria. Eu não sabia bem que ameaça era aquela, mas era onipresente, onipotente e perturbadora.

Rodeando a casa havia hortênsias de tonalidades azul-pálido, azul-cobalto, arroxeadas, lilases ou totalmente violeta, em vários tons de rosa, do brilhante ao quase branco. Eram o meu castelo verde-escuro de onde brotava o inexplicado das cores.

Mas a castelã de trancinhas finas não agüentava muito tempo, logo emergia coberta de pó, e corria para a certeza do que era familiar.

Outras vezes, audaciosa, eu me afastava mais da casa e me deitava de costas na terra morna no meio de uns pés de milho no pomar. Ver o céu daquele prisma, recortado entre as folhas como espadas, era espiar por muitas portas. A perspectiva diferente que dali, deitada, eu tinha do mundo e de mim mesma era como balançar na borda de um penhasco bem alto, acima do mar.

Depois vinha o susto: o real era este aqui debaixo ou aquele, móvel e livre?

Antes que a mãe chamasse, antes que o jardineiro viesse me buscar, eu me assustava e queria de novo o simples e o familiar. Fantasia demais seria uma viagem sem volta?

Ninguém – nem eu mesma – me encontraria, nunca mais?
(...)
(Lya Luft - Pensar é Transgredir - crônica Mais Infância)

Levanta a mão quem passou (e/ou ainda passa) por isso!!! \0_

=)

sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Poesia bonita

Então. Eu gosto de poesia boa. Poesia boa é poesia que não me constrange, porque a possibilidade de uma poesia me constranger é alta. Aí que a Adélia Prado tem umas poesias muito delicadas. E outras que eu queria ter escrito, porque dizem o que penso das coisas. Como do Amor.

A formosura do teu rosto obriga-me
e não ouso em tua presença
ou à tua simples lembrança
recusar-me ao esmero de permanecer contemplável.
Quisera olhar fixamente a tua cara,
como fazem comigo soldados e choferes de ônibus.
Mas não tenho coragem,
olho só a tua mão,
a unha polida olho, olho, olho e é quanto basta
pra alimentar fogo, mel e veneno deste amor incansável
que tudo rói e banha e torna apetecível:
caieiras, desembocaduras de esgotos,
idéias de morte, gripe, vestido, sapatos,
aquela tarde de sábado,
esta que morre agora antes da mesa pacífica:
ovos cozidos, tomates,
fome dos ângulos duros de tua cara de estátua.
Recolho tamancos, flauta, molho de flores, resinas,
rispidez de teu lábio que suporto com dor
e mais retábulos, faca, tudo serve e é estilete,
lâmina encostada em teu peito. Fala.
Fala sem orgulho ou medo
que à força de pensar em mim sonhou comigo
e passou um dia esquisito, o coração em sobressaltos à campainha da porta,
disposto à benignidade, ao ridículo, à doçura. Fala.
Nem é preciso que amor seja a palavra.
'Penso em você' - me diz e estancarei os féretros,
tão grande é minha paixão.

quinta-feira, 29 de novembro de 2007

O amor está no ar

Fe, esse é especial pra você.
Depois disso, vou passar um tempo sem postar vídeo.
Enjoy it.
(Note a progressão do clipe)

Gogol Bordello - start wearing purple

Tenho ouvido falar nessa banda constantemente, de diferentes pessoas. Demorei pra ouvir. E qdo ouvi, eu ja tinha ouvido!! É trilha sonora do lindo filme Everything is Illuminated.
Eu adoro essa música!
A banda tem 10 membros de países diferentes: Ucrânia, Russia, Israel, Etiopia, EUA, Equador, China-Escócia, Thailândia-EUA, Japão-Romênia.
Espero que gostem!

Little Dragon

Aqui está o clipe da banda sueca Little Dragon (nome da música: Test).
Cara! Alguém pode me dizer o que é esse clipe? E a fumaça? E as figuras mascaradas fazendo coreografias (medo)? E os caras da banda mexendo com a cabeça?
Eu tinha dito no comentário do post aqui embaixo, que o clipe era tosco. Mas tosco é muito light pra definir isso. rsss...
=)


quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Samwell

What What? In the butt!

Teresa, minha empregada há 25 anos.

A Teresa tem lupus, uma doença com sintomas horríveis, que passam por dores articulares muito fortes, insuficiência respiratória, cegueira, depressão e o que mais você puder imaginar de sofrível. Ela acha que tá pagando alguma coisa, é assim que os evangélicos pensam. E isso me dá raiva, porque ela sempre foi muito legal, sustentou sozinha quatro filhos e um marido bêbado. Ela tem ficado na minha casa para não se cansar indo e vindo, porque tem uma filha pequena, de quem estamos cuidando, que estuda aqui do lado. Aí agora ela tá na UTI e os filhos mais velhos não trazem a pequena para cá, porque acham que não tem necessidade. Ela tá em semana de provas, sozinha em casa, sem carinho de ninguém. Podendo estar aqui com a gente. Isso me irrita tanto, tanto, mas tanto. Aí os vizinhos ficam falando que ela tá com câncer nos ossos, que vai morrer, que tá nas últimas. E a pequena lá, vivendo tudo isso, sozinha. Porque não tem necessidade.
Vai todo mundo tomar no cu.
Eu quero muito que ela fique boa logo. E quero que quem acredite mande umas good vibes. Brigada.

terça-feira, 27 de novembro de 2007

A língua portuguesa e o papel higiênico de tras os montes

Da minha visita a Lisboa:

Inspirada pelas últimas postagens da Juli.


Sebo


Balas


Brotos (é em espanhol, mas usam a mesma palavra em Portugal)


He!

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

António Lobo Antunes de novo

Ouvir os pelos dos tapetes crescerem me dá medo.

A solidão das mulheres divorciadas

"Aos fins-de-semana, quando não saio com a minha prima Bé, fico em casa a ver televisão. Ver televisão quer dizer regar as plantas da marquise, ler o meu horóscopo nas revistas, desfazer o tricot do domingo anterior, mudar de canal de vinte em vinte segundos a pensar em matar-me. O problema é que assim que me levanto para tomar os lexotans todos de uma vez a minha mãe telefona-me de Alcobaça a saber como estou, oiço-lhe os gritos no atendedor de chamadas (a minha mãe, que tem um medo danado dos telefones, sempre falou aos gritos) e como não é possível a gente suicidar-se e conversar com a mãe ao mesmo tempo desisto das pastilhas e garanto-lhe que estou óptima, que não tenho febre, que fumo no máximo três cigarros por dia, que como bem, que não emagreci

(- De certeza que não emagreceste?)

que para a semana a visito em Alcobaça sem falta e que qualquer dia, palavra, encontro um rapaz como deve ser

(- Não acredito que não haja um rapaz como deve ser no teu emprego, filha)

e me torno a casar, e desligo o telefone com um tal cansaço e uma tal dor de cabeça que a única coisa de que tenho vontade é de um aspegic e silêncio, e deixei de ter ganas de me suicidar visto que uma pessoa não consegue matar-se se estiver maldisposta.

Nos fins-de-semana em que saio com a minha prima Bé, vamos à Loja das Meias e à Escada sonhar com blazers de cachemira

(- Pode ser que com o subsídio de Natal lá chegue)

e casacos compridos, chateamo-nos como nos peruas nos filmes de que os jornais gostam, encontramo-nos num bar com colegas da escola dela que descobriram na semana passada, um restaurante italiano baratíssimo em Alcântara, e já me sucedeu acordar, aos domingos de manhã num apartamento de Campo de Ourique ou do Beato ao lado de professores de Matemática com iogurtes fora do prazo no congelador, um chinelo esquecido no bidé e um cinzeiro de folha a transbordar beatas no soalho, junto de uma chávena de café quebrada. Incapaz de tomar banho num chuveiro em que faltam sabonete e a água para além de se achar ocupado por um montão de jornais velhos, volto a toque de caixa para o Lumiar sem me despedir do barbudo que ressona de queixo na almofada

(- Não acredito que a Bé não conheça um rapaz como deve ser)

com um ombro fora do pijama descosido, e adormeço até que os gritos de Alcobaça me acordam, de coração aos pulos para inquirirem, ansiosos, no atendedor de chamadas, se tenho abusado dos fritos.

Não abuso dos fritos, não abuso do tabaco, não abuso do álcool, não abuso do sexo, não abuso de nada, mãe: oiço crescer o pêlo da alcatifa, mudo de vinte em vinte segundos de canal e leio o meu horóscopo na penúltima página dos magazines femininos, a seguir ao caderno da moda e a um artigo que explica como um cinto de ligas e uns sapatos vermelhos poderiam mudar a minha vida afectiva. Com um cinto de ligas os iogurtes fora do prazo desapareceriam do congelador? Com sapatos vermelhos encontraria chuveiros sem jornais? O meu horóscopo para esta semana, dividido como sempre em três partes, Saúde (cuidado com o fígado!), Finanças (atenção às despesas excessivas!) e Amor, prevê para quarta-feira, no que respeita às paixões, um encontro inesperado que me alterará para sempre a existência. Quarta-feira foi ontem e o encontro inesperado que tive consistiu em esbarrar com o meu ex-marido no metropolitano: deixou crescer o bigode, vinha acompanhado por uma mulata com metade da idade dele e nem sequer me viu. Ter-me-á visto alguma vez? Em todos os canais de televisão só passam novelas brasileiras. Oiço a chuva de Outubro contra os vidros e o casal do andar de cima a gemer ao ritmo da cama. Se me levantar para tomar os lexotans todos a minha mãe vai desatar aos gritos no atendedor de chamadas, de modo que o melhor é ficar quietinha no sofá a olhar as plantas e o retrato do meu sobrinho bebé sem pensar no suicídio. Para quê? Durante seis meses poupo nos almoços (uma bica, um croissant e um pastel de bacalhau comidos em pé ali no Centro) compro o blazer da Escada e uns sapatos vermelhos, a colega que vende ouro no escritório prometeu baixar-me as prestações do anel, e passo o serão sozinha, de blazer, sapatos e cachucho, lindíssima, a mudar de canal e a ouvir o pêlo da alcatifa crescer."

Dueto: eu e youtube

Lista: os piores clipes de Madonna


1- True Blue (não consigo deixar de rir muito com esse clipe. Não sei se ela fez de gozação ou se foi sério mesmo)
2- Gambler (o que foi isso?)
3- Holiday (o original)
4- La Isla Bonita
5- Like a Virgin (o original - tem um cara com uma máscara de tigre ou leão ou algo parecido)
6- Material Girl
7- Bad Girl (mais pela música do que propriamente pelo clipe)
8- Who’s that Girl
9- You’ll See (restos de Take a Bow)
10- Fever (ok... muita gente vai querer me matar, mas, neste caso, nenhum outro critério foi utilizado a não ser meu gosto pessoal – não gosto desse clipe, ok?)

ps: Juli, não briga comigo!!!!!

=)

indexed.blogspot.com

domingo, 25 de novembro de 2007

La Oreja de Van Gogh


por que ya sabes que me encantan esas cosas
que no importa si es muy tonto soy así!!!!!!!!!!


LODVG é uma banda espanhola de música pop que lançou seu primeiro disco em 1998 (Dile al sol).
Essa música do vídeo se chama Rosas e faz parte do cd "Lo que te conté mientras te hacías la dormida". É uma música muito fofa.
Tudo bem... as músicas da banda são bem popzinhas, grudentas, meio breguinhas e tal. Eu ADORO!! rss... É muito bom de se cantar!
E, gente, eu adoro o sotaque espanhol!!!
=)
ps: eu quero um casaco amarelo igual ao da Amaia Montero.

And I say:


it's all right
=)

sábado, 24 de novembro de 2007

António Lobo Antunes

Tô estudando esse cara. E as crônicas dele são boas de doer.
Ele fala muito da solidão das gentes que vivem, sem querer, no lugar comum.

A propósito de ti

"Somos felizes. Acabámos de pagar a casa em Outubro, fechámos a marquise, substituímos a alcatifa por tacos, nenhum de nós foi despedido, as prestações do Opel estão no fim. Somos felizes: preferimos a mesma novela, nunca discutimos por causa do comando, quando compras a TV Guia sublinhas a encarnado os programas que me interessam, lembras-te sempre da hora daquela série policial que eu gosto tanto, com o preto cheio de anéis a dar cabo dos Italianos da Máfia.
Somos felizes: aos domingos vamos ao Feijó visitar a tua mãe, ficas a conversar com ela na cozinha e eu passeio com o Indiano, filho de uma senhora que mora lá no pátio; assistimos ao basquete dos sobrinhos dele no pavilhão polivalente, comemos uma salada de polvo no café durante os resumos do futebol, e voltamos para Almada à noite, com o jantar que a tua mãe nos deu numa marmita embrulhada no Record, a tempo de assistir às perguntas sobre factos e personalidades do concurso em que a apresentadora se parece com a tua prima Beatriz, a que montou um pronto-a-vestir no centro comercial do Prior Velho.
Somos felizes. A prova de que somos felizes é que compramos o cão no mês passado e foi por causa do cão que tiramos a alcatifa, que as unhas do animalzinho rasparam de tal forma que já se notava o cimento do construtor por baixo. Andamos a ensiná-lo a não estragar as cortinas, pusemos-lhe uma coleira contra as pulgas depois de uma semana inteira a coçarmo-nos sem entender porquê, passados dois dias o Fernando começou a coçar-se também e a acusar-me de cheirar a cachorro e levar pulgas para a repartição, o chefe avisou-me do fundo

- Veja-me lá isso, Antunes

de modo que pus também uma coleira contra as pulgas debaixo da camisa. e o Dionísio, espantado

- Deste em cónego ou quê?

E eu, envergonhado, a abotoar o colarinho

- É uma coisa chinesa para o reumatismo, a Jóia Magnética Vitafor é uma porcaria ao pé disto.

e como nas Finanças se respeitam o reumatismo e as coisas chinesas, nunca mais me maçaram.

Às segundas, quartas e sextas sou eu que vou lá abaixo levar o cão a fazer chichi contra a palmeira, às terças, quintas e sábados é a tua vez, e o que não vai lá abaixo fica à janela a olhar o bichinho a cheirar os pneus dos automóveis, com um ar sério de quem resolve problemas de palavras cruzadas que os cães têm sempre que farejam postes e Unos.
Somos felizes. Por isso não me preocupei no sábado com o animal, muito entretido na praceta, e tu atrás dele, de trela enrolada na mão, sem olhares para cima nem dizeres adeus, a nadares devagarinho até desapareceres na travessa para a estação dos barcos. Foi anteontem. Às onze horas tirei o cozido do forno e comi sozinho. Ontem também. Hoje também. Não levaste roupa, nem pinturas, nem a fotografia do teu pai, nada.
Ainda há bocadinho acabei de gravar o episódio da novela para ti. A tua mãe telefonou, a saber porque é que não fomos ao Feijó, e eu disse-lhe que daqui a nada lhe ligavas. Porque tenho a certeza de que tu não te foste embora, visto sermos felizes. Tão felizes que um dia destes vou comprar um microondas para, se chegares a casa, teres a comida quente à tua espera."

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Meus vizinhos mandando mal...

O Ministro da Cultura da Rússia, Aleksandr Sokolov, mandou tirar essa obra de uma coletânea de arte moderna russa indo para exposição em Paris. Para o ministro, a obra é um lixo pornográfico e a sua exibição no exterior seria uma vergonha para a Rússia. A obra é da autoria de Aleksandr Shabulov e Vjatsheslav Mizin, se chama algo como “Uma época de clemência” (tradução de tradução...) e faz parte da coleção da Galeria Tretjakov.


Sob a influência de Saturno



Melancolia (do grego μέλας "negro" e χολή "bilis") é um estado psíquico de depressão sem causa específica. Se caracteriza pela falta de entusiasmo e predisposição para atividades em geral.

No Século V a.C., Hipócrates classificou melancolia como doença. Hipócrates criou a teoria dos 4 humores corporais (sangue, fleugma ou pituíta, bílis amarela e bílis negra) sendo o equilíbrio ou o desequilíbrio responsáveis pela saúde. Um indivíduo sob influência de Saturno levava o baço a secretar mais bílis negra, alterando o humor do indivíduo, escurecendo seu humor, levando ao estado de melancolia.

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Pão de batata

Não sou muito boa na cozinha e posso dar alguns motivos para isso: sou extremamente desajeitada, faço a maior zorra, não tenho muita paciência e sempre me machuco.

Mas algumas coisas gosto de fazer e, dentre elas, estão os pães. Creio que isso se deve ao fato de trabalhar a massa, de sovar... isso desestressa.

Essa receita é especial, pois eu sempre fazia lá em casa, em Niterói, quando dividia apartamento com Yeso e Andrea. Eu adorava fazer! E depois de pronto sempre nos divertíamos: os 3 ou com amigos.

E depois, não há nada melhor do que comer com requeijão um pão de batata que acabou de sair do forno e está soltando fumacinha!!!

Ingredientes:
250g de batata cozida e passada no espremedor;
100g de margarina;
2 ovos;
30g de fermento para pão (2 tabletes);
2colheres de sopa de açúcar;
um pouco de sal;
farinha de trigo até desgrudar das mãos (+/- 400g).

Preparo:
Colocar numa tigela o açúcar e o fermento; amassar com uma colher até ficar uma pasta bem mole. Juntar a batata, a margarina, o sal e os ovos. Misturar bem. Adicionar a farinha aos poucos até desprender das mãos. Fazer bolinhas arredondadas e colocar em tabuleiro untado e polvilhado. Deixar descansar até dobrar de tamanho, coberto com um pano. Pincelar com gema e levar ao forno até dourar.

=)

Gente Desconhecida

A Clara, uma amiga, gosta de ver gente desconhecida tocando ou cantando no youtube.
Viu essa menina, me mostrou e eu achei que vcs podiam gostar também.
É muito estranho procurar gente que não existe pra gente, eu acho.

The Crash

The Crash, uma banda finlandesa… (cuidado que vou começar contaminar o blog com coisas finlandesas... :D ) A banda é de Turku, a cidade onde estudei (o cantor, Teemu, tava na minha faculdade). Esse é do primeiro cd deles, do ano 1999 ou algo assim, mas foi só agora que me toquei do final desse clipe.

terça-feira, 20 de novembro de 2007

Minha pequena colecão de esquisitices 1

Tenho uma vizinha muito esquisita. Ela nunca diz tchau, só bate a porta. Ela reclama se eu tomo banho depois da meia noite. Ela bebe todos os dias. Ninguém a visita e ela só tem 38 anos. Aos domingos, ela acorda as 6 da manhã para lavar roupa. Quando ela tira férias, ela limpa e reforma a casa. Todas as férias, as férias inteiras. Mas ela quebrou a rotina e no verão passado, passou uma semana em Praga. Olha o que ela trouxe pra gente (só o pacote vazio!):

Scissor Sisters

Wake up in the morning with a head like ‘what ya done?’
This used to be the life but I don’t need another one.
Good luck cuttin’ nothin’, carrying on, you wear them gowns.
So how come I feel so lonely when you’re up getting down?

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Primeira neve

Todas as manhãs escuras: calcinha, sutiã, meia de algodão, meia-calça de lã, meia de lã, camisete de lã, camiseta de algodão de manga longa, cardigã, suéter, calça jeans, cachecol, luvas, gorro e casaco wind-breaker com capuz. Há duas semanas foi o primeiro dia de neve. Eu nunca vou me acostumar, sempre acharei incrivelmente lindo essas bolinhas caindo do céu tão de leve e cobrindo tudo de branco em minutos. Lembro da primeira vez que vi a neve. Quando olhei pela janela e vi tudo embranquecendo, desci correndo cinco lances de escada e fiquei parada na calçada da rua movimentada, hora do rush. Todo mundo passando sem notar nada, ou reclamando no frio. Quando olhei pra manga do meu casaco, tinha uma floco de neve igualzinho aqueles que a gente vê desenhado, sabe? Uma estrelinha. Sim, é verdade! Os flocos têm mesmo aquele formato. E eu tive a sorte de ver um assim, de cara, na minha primeira neve. Nunca mais aconteceu.

(Abstraia o video, só ouça a música)

domingo, 18 de novembro de 2007

A pedidos - Cirilo!



Achei charmosão... ;)

Fotos atuais da Laura, da Valéria, do Mário, da Professora Helena etc. aqui: http://vgbr.com/forum/lofiversion/index.php?t21713.html

Meus vizinhos mandando bem (as always...)

Adorei essa música & vídeo. É de Sigur Rós, uma banda islandesa. O nome da música vem da frase de um weatherman islandês (o que será weatherman em português?) fazendo previsão de tempo na época da guerra de Kosovo: "í dag viðrar vel til loftárása" (“hoje é um bom dia para ataques aéreas”).

Lembram da Maria Joaquina?

Ela tinha 11 anos quando fez Carrossel. Aí ela cresceu, né... Com 29 anos, ela tá assim, ó:

Rua dos Andradas, 36-D





Centro do Rio.

Mais especificamente, Saara.

Saara é um nome ótimo por duas razões - no mínimo:

1º O varejo famosíssimo do Saara tem ascendência árabe no temperamento. Comércio de rua, tudo baratinho, montão de contrabando.

2º O nome quer efetivamente dizer alguma coisa: Sociedade de Amigos das Adjacências da Rua da Alfândega e, portanto, SAARA.

Mas esse post é mesmo pra contar sobre uma pastelaria ali na Saara. O nome é 'Pastelaria Chic's'.

Tenho alguns argumentos: o pastel é delicioso, sempre quentinho, o povo come tanto que não dá tempo de esfriar; é baratinho, dá pra comer pastel e laranjada (especialidade da casa) por R$2,00; os copos são de papel (super ecológico e decoradinhos com laranjinhas); os atendentes são sempre sorridentes!!!
Mas o melhor é a decoração!

sábado, 17 de novembro de 2007

Clarice Lispector

Eu estava conversando com amigas, dizendo o tanto que gosto da Clarice. Uma amiga dise que ela nem era tão boa, mas de tanto todo mundo dizer que ela era muito, ela ficou, no nosso imaginário, muito boa. Em todas as turmas de calouros das faculdades de Letras, todos citam Clarice. Talvez por isso nós hoje, adultinhas, nos questionemos sobre a validade da, ahn, qualidade autêntica dela.
Mas ela é boa mesmo. E sempre que leio faço anotações de canto de página, meus livros são rabiscados e cheios de datas. É impressionante como sempre é uma referência pra alguma alegria ou problema.
Deixo dois trechos de duas crônicas, da compilação de crônicas Aprendendo a Viver.

:. Você tem um dinamismo interno que é um pouco violento e impulsivo. "Que eu seria até capaz de fazer coisas mas eu mesma as arrasaria depois. E que só existe uma lei: a da causa e do efeito .:

:. E, apesar de admirar a inteligência pura, acho mais importatepara viver e entender os outros, essa sensibilidade inteligente. Inteligentes são quase que a maioria das pessoas que conheço. E sensíveis também, capazes de sentir e de se comover. O que, suponho, eu uso quando escrevo, e nas minhas relações com amigos, é esse tipo de sensibilidade, uso-a mesmo em ligeiros contatos com pessoas, cuja atmosfera tantas vezes capto imediatamente .:

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Interpol no Brasil

Meu primeiro post nesse blog tinha que ter uma notícia fenomenal....E esta notícia simplesmente tem mudado meu estado comportamental há três dias...Será que aguentarei? Tal fenômeno apenas chegará ao Brasil em março do ano que vem.

Eis o fenômeno, recebido em forma de newsletter no meu e-mail:

"Tickets are on sale now for February shows in Australia and New Zealand:
    14 February - Auckland NZ, The Logan Cambell Centre Tickets
    17 February - Perth, Metro City
    Tickets Tickets
    19 February - Brisbane, Convention Centre
    Tickets
    21 February - Sydney, Hordern Pavilion
    Tickets
    25 February - Melbourne, Festival Hall
    Tickets
    26 February - Adelaide, Thebarton Theatre
    Tickets


    Interpol
    have announced shows in South America for March.

    11 March - Sao Paulo, Via Funchal - Tickets coming soon!

    13 March - Rio, Findicao Progresso - Tickets coming soon! (sim, escrito bem errado... mas quem se importa? :D)

    15 March - Belo Hoizonte, Chevrolet Hall - Tickets coming soon!'

    INTERPOL VEM EM MARÇO NO BRASIL, SIM, TOCAR EM TRÊS LUGARES SEM SER EM FESTIVAIS COMPARTILHADOS COM OUTRAS BANDAS!!!

    Ingressos pra apresentação já estão à venda no Via Funchal....o preço tá bem bacana: R$ 100,00 a inteira - portanto, R$ 50,00 a meia! (Que o Interpol possa colocar vergonha na cara do Tim $$$
    Festival...)

    E aí, algum outro mega fã topa fazer uma maratona em março também? ;)




quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Whip it

Pra quem não foi. Pra quem foi e não se lembra. Pra quem foi e quer ver de novo.

DEVO - Festival Planeta Terra - São Paulo, dia 10/11

http://www.youtube.com/watch?v=tHfFQRTG0nM&feature=related


Gostaria que os festivais de música que acontecem no Rio fossem tão bons quanto os que rolam em São Paulo. Os produtores e organizadores daqui deveriam ter uma aulinha com os manus e as minas de lá.

VII MOSTRA DE TEATRO DA UFRJ - INFORMAÇÕES TÉCNICAS

Começou no dia 13 de novembro a VII Mostra de Teatro da UFRJ, que apresenta montagens experimentais de formandos da graduação em Direção Teatral. São dez projetos experimentais de teatro feitos pelos aunos da DT em parceria com estudantes de Cenografia e Idumentária, sob orientação dos professores dessas três graduações. Os espetáculos começam às 20h na Sala 136 (Sala Oduvaldo Vianna Filho) da ECO no campus da UFRJ na Praia Vermelha, Av. Pasteur, 250 - Fundos.
A entrada é franca e sincera, mas é necessário chegar com uma hora de antecedência para obter a senha.

Antes de passar a programação, informo que este é apenas um post técnico e que minhas impressões sobre os espetáculos da mostra virão em posts seguintes.

13, 14 e 15 de novembro, às 20h
Amém - a roleta russa dos salmos, de Felipe Barenco


Maria decorou o livro dos salmos e quer vingança. Bia fugiu do rebanho e foi pra Índia. Clara tem mania de limpeza e arrasta uma máquina de lavar. Lola é uma noiva destruída. Vera leva choques de Deus. Gilda é uma prostituta assassinada. Todas elas presas numa igreja.

Direção: Felipe Barenco


16, 17 e 18 de novembro, às 20h
Alice e o que ela encontrou por Ali, de Gabriel Tupinambá, livremente inspirado em Lewis Carroll e Jan Svankmajer


Montagem inspirada no texto de Lewis Carroll, apoiada na perspectiva sombria do diretor de cinema Jan Svankmajer, Alice e o que ela encontrou por Ali é uma pesquisa sobre o espaço, a simplicidade e sobre o medo que temos em relação aos sonhos que se repetem. Para ver Alice, é necessário usar os olhos.

Direção: Nathalia Caetano


20, 21 e 22 de novembro, às 20h
O veredicto, uma história para a Senhorita Felice B., numa livre inspiração, ironicamente sombria, em Kafka, adaptação de Liliane Xavier, Márcio Newlands e Marise Nogueira da obra de Franz Kafka

George Bandemann, um jovem comerciante, alimenta seu mais íntimo interesse escrevendo cartas para um amigo refugiado na Rússia.
Dúvidas sobre o que dizer e respostas que nunca chegam são interrompidas por uma pergunta pertubadora de seu velho pai: “...você realmente tem esse amigo em São Petesburgo?”. Ao receber sua sentença de morte, Georg tenta escapar do terror que o assombra saltando sobre o rio. O que é ficção, o que é realidade para alguém condenado a escrever para seu próprio fantasma?

Direção: Liliane Xavier


23, 24 e 25 de novembro, às 20h
Dias Felizes, de Samuel Beckett

Um deserto causticante - um casal - Winnie (ela) - Willie (ele) - ela enterrada num monte de areia - em meio a palavras - ele atrás do monte - ela fala - algumas pausas - perguntas - ele quase nunca responde - a campainha toca para acordar e dormir - ações - uma sacola e alguns
objetos para passar o dia - O belo dia que este ainda vai ser !

Direção: Dani Lossant


27, 28 e 29 de novembro, às 20h
Judite, de Theo Fellows


Inspirado na história bíblica de Judite, o espetáculo propõe uma reflexão sobre as origens dos nossos atos, sobre a origem das nossas próprias origens. Uma viúva sem filhos, segregada em sua cidade, abandona seu lugar de silêncio e preces para salvar seu povo da morte. Sua única arma é o seu corpo, e talvez haja um deus, talvez não. Talvez ela fale somente com o vento.

Direção: Theo Fellows


30 de novembro, 01 e 02 de dezembro, às 20h
Dos tais laços humanos, baseado nos contos: Natal na barca, Apenas um saxofone e Uma branca sombra pálida, de Lygia Fagundes Telles, adaptação do Grupo 6 Marias e meia

Cinco mulheres. Três histórias. Já: fuga, escolha, cores. Fé, flores, força, fumo. Amor. Perda, memória. Teia. Borboleta, peito, quente. Dor, gozo. Morte. Vazio, só...

Direção: Luciana Barboza


04, 05 e 06 de dezembro, às 20h
Senhora dos Afogados, de Nelson Rodrigues

O mar! Quer levar toda a família principalmente as mulheres. Basta ser uma Drummond que ele quer logo afogar. E depois das mulheres será a vez dos homens. E quando não existir mais família, a casa! Então o mar levará a casa, os retratos, os espelhos, tudo.

Direção: Sunshine Pessanha


07, 08 e 09 de dezembro, às 20h
Uma temporada no inferno, de Arthur Rimbaud, adaptação de Débora Paganni e Marcos Bassine

Arthur Rimbaud, gênio maldito da poesia do século dezenove: um relâmpago verdejante cortando o horizonte negro. Alguns chamam o seu brilho de “celestial”, outros de “mau e pesaroso”. Sua poesia tornou-se inspiração eterna. Sua vida, exemplo de desapego. Aqui no Cabaret Verde, o encontro de Rimbaud com sua obra cria um novo universo, onde tudo é permitido.
Então, respire fundo e mergulhe...

Direção: Débora Paganni


11, 12 e 13 de dezembro, às 20h
Sarapalha, de João Guimarães Rosa, adaptação de José Ferro


Embrenhados nos confins de Minas Gerais, dois primos são acometidos pela malária e encontram-se em fase terminal da doença. Isolados, entre delírios e calafrios, relembram, com particular poesia, os dias passados e transitam pelo universo do imaginário.

Direção: Luciana Brumm


14, 15 e 16 de dezembro, às 20h
Mundo Grampeado - Uma Ópera Tecno-Tosca, de Marcus Galinha


É hoje. É agora. É o Brasil. É o teatro. É maluquice e verdade. É Realismo Repugnante. A primeira novela radiofônica de Realismo Telefônico. Entrem... e não desliguem os seus celulares.
O show polifônico vai começar!

Direção: Marcus Galinha

terça-feira, 13 de novembro de 2007

This Heart is a Stone

Música boa com a letra pra todo mundo aprender a cantar.
Adoro esse ping-pong. :)

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Pianices 2



George Shearing e Peggy Lee 59




Moço qualquer tocando Guns'n Roses no piano desafinado.




Pra Cindy. David Bowie.


Pianices aleatórias.

domingo, 11 de novembro de 2007

Dona Izabel

Foi na São Clemente, eu estava chegando no ponto de ônibus, aquele primeiro ponto da São Clemente. Então de um ônibus, era um 434, caiu uma pessoa. Foi o que precebi primeiro: caiu uma pessoa. Depois eu percebi o tamanho da pessoa e pensei caiu um menino, os cabelo eram curtos. Então eu vi que o menino usava vestido, caiu uma senhora. Não sei em qual fração de segundo isso tudo passou na minha cabeça. Deu pra ouvir o baque do corpo no chão. Dona Izabel, depois descobrimos o nome, Dona Izabel caiu do ônibus na quinta-feira dia 8 por volta das 10:10 da manhã. Ela estava confusa não respondia, não se mexia, tivemos que procurar na sua bolsa a carteira, uma bolsinha de plástico dessas que as mães da gente guardam dizendo que sacola boa! e começam a carregar depois de uma certa idade. Eu tremia tentando falar com a polícia. No 109 mandaram ligar pro 102 ou 103. No 102 mandaram ligar pro 103. No 103 disseram que a ambuância estava a caminho. Dona Izabel caída, saía sangue do ouvido e da cabeça. Aos poucos ela começou a melhorar, quis até sentar, o polícia paisana era socorrista e não deixou. Sentei ao lado dela, segurando a mão dela, a minha mão ela apertava com força e apertava também os lábios e passava as mãos pela cabeça machucada. Perguntei se doía, onde doía, e aquela gente toda em volta, mil palpites, falando e falando e eu sentada no asfalto, vigiando a bolsa de Dona Izabel pra não sumir, segurando a mão de Dona Izabel porque era só o que eu podia fazer. O polícia paisana achou melhor pôr a bolsa embaixo da cabeça dela, também achei melhor. A despachante do ponto (é da Amigos Unidos, acho) conseguiu falar com uma neta, depois com um filho. A ambulância chegou ao mesmo tempo que o filho de Dona Izabel ligava pro celular dela - benditos sejam os celulares - disse que ia encontrá-la no Miguel Couto. Dona Izabel na ambulância, ainda perguntei se queria que eu fosse junto. Disse que não, minha filha, muito obrigada e pediu desculpa pelo trabalho - velhinho está sempre pedindo desculpa pelo trabalho. O socorrista da ambulância me disse que da próxima vez não tocasse o sangue. Uma moça cujo nome eu esqueci e que me chamava de Juliana a cada 30 segundos me levou pra lavar as mãos na sua casa, me deu álcool, ofereceu água. Voltei pro ponto e às 10:30 estava no ônibus.

Dirty Dancing

Esse foi o filme que eu mais vi na vida.
A história é basicamente a seguinte: uma família riquinha vai pra um resort. A irmã feia se apaixona pelo professor de dança legal e rebelde. A dançarina que se apresentava com ele faz um aborto e precisa de alguém para substituí-la. Quem se oferece? Babe, a irmã feia e dura como um pau. Ela é apaixonada por ele, ele acha ela uma loser, eles ensaiam o dia todo, começa a rolar um clima e tchum. Mil coisas dão errado.
Mas o final é esse aí embaixo. =D

sábado, 10 de novembro de 2007

Saindo da moita

Um post pra dar um alo, dizer que eu estou lendo tudo o que voces escrevem e adorando!

Quando conseguir organizar meu tempo um pouquinho eu saio de vez da moita e passo a escrever alguma coisa aqui.

Beijos a todos. Meninas, saudades.

Simples (ou não)


Dizem que tenho muitas linhas. E que elas seguem diversas direções, muitas vezes contraditórias. Confusa? Não acho. Apenas agitada e com, talvez, uma exagerada vontade de viver tudo.

Dizem que por isso não sei o que quero. Não acho. Sei muito bem o que quero e o que não quero. E que eu não foco, que sou distraída, que me perco. Pergunto: isso é necessariamente ruim? Respondo: não.

Também dizem que não me entendem. Que eu falo uma coisa e meu corpo diz outra. Pode ser. São meus problemas de expressão. Necessito apenas de uma sintonia fina.

Não é preciso me entender.

Uma dica? É só me ver.

sexta-feira, 9 de novembro de 2007

Eds

Edward Hopper - Summer Interior - 1909


A lista da Juli sobre pintores me fez pensar. Comecei a lembrar os artistas de quem gosto e o motivo de gostar. Reparei que me atraio pelas pinturas que me fazem sentir. Ok, esse é o motivo das artes, fazer sentir. Hum... as palavras não saem. Sorry.

Voltando, lembrei que dois dos meus pintores favoritos fazem obras impactantes. Cada um a sua maneira: um mais introspectivo, mais sutil e, talvez por isso, extremamente forte, e outro mais expressionista, visceral. São meus dois Eds. O Edward e o Edvard. O Hopper e o Munch. O nova-iorquino e o norueguês.

E sobre O Grito (de Munch):
“I was out walking with two friends - the sun began to set - suddenly the sky turned blood red - I paused, feeling exhausted, and leaned on the fence - there was blood and tongues of fire above the blue-black fjord and the city - my friends walked on, and I stood there trembling with anxiety - and I sensed an endless scream passing through nature.”

That’s it.

Edvard Munch - Madonna - 1893/94

Bobby Baby - Goodbye Love

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

sobre a ausência




Sono.

Palavra Cantada :: O Rato

Mas sempre tem um que é diferente, tem sempre um que até surpreende a gente.

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

5+ Frescuras Nasobucais

1. Levar papel de bala ou de bombom até a boca e despejá-los lá dentro. Que medo de mão irritante!
2. Bafo de cigarro + boca seca.
3. Cheiro de espirro.
4. Não beber na garrafa do outro porque tem nojinho.
5. Lavar a louça duas vezes: uma depois de usar, outra antes de usar.

Pianica



Música-tema do meu namoro com Ana Rachel.

Em homenagem à compra da minha escaleta, mais conhecida como pianica.

Ótima música...
E se o assunto é listas, essa estaria na da Marta também. Bossa gringa é ótima! Eles têm aquele charminho de quem não vai conseguir sambar nunca e muito menos sacar perfeitamente a sincopada da gente.

Devo observar que adoro samba.
Por isso a pianica que, inclusive, é o instrumento que a Ana Rachel sempre quis.

Ó: