domingo, 31 de agosto de 2008

Envelhecer – Uma conspiração

Interessante perceber que sua morte já está sendo arquitetada pelo seu corpo. Aos 30 anos você vai começando a receber de volta tudo o que fez com seu organismo e vai conhecendo as áreas que se sentiram especialmente ofendidas. Todas as mágoas que seu organismo suportou calado vêm à tona e você percebe que, por exemplo, seu fígado passou a te odiar e está decidido a te matar.

Cuidar do corpo é uma espécie de gerenciamento de órgãos. Como um departamento de RH tenta gerir as diversas pessoas de uma empresa, nós ficamos com nossa extensa folha de pagamentos. Sem qualquer preparo, viramos gerentes, somos a estratégia da empresa e, no geral, admitamos, tratamos as unidades operacionais com quase total desprezo.

Aos 30 é um tanto mais necessário criar um plano de RH porque é o momento em que se formam os motins de células realmente magoadas com a vida difícil que você proporcionou a elas e então começam as assembléias nucleares dos sindicatos que já exigem menos que você "conserte" o que fez do que pague por isso.

Dessa assembléia sai seu veredicto e diversos projetos de cânceres, inflamações, lesões já com cronograma... Você pode até tentar um acordo, mas sabendo que, ainda que demore, você já nasceu condenado à pena de morte.

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Faço 29 anos em 29/09 (excessivamente, nasci em 29/09/1979). Isso é um convite a deus e o mundo.

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

BEIJING 2

Ainda no fuso de Pequim.
Juro que se alguma emissora estivesse transmitindo as paraolimpíadas eu estaria assistindo.

Outra imagem que vai deixar saudades. Uia!


domingo, 24 de agosto de 2008

Blog readability test

Tem um site que Lulu me mandou que testa o nível de leitor que o seu blog exige. Nós precisamos de gênios!

blog readability test

Movie Reviews

Ludov



=)

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Saio da minha quietude para desabafar


São 33 anos de esporte. Me alimento da adrenalina dos jogos, dos lances bonitos, dos bizarros, da garra, da superação, da justiça, do roubo do juiz, das táticas, das provocações, das injustiças.

Já vi muita coisa nesses 33 anos, pois acompanho ao vivo os jogos, principalmente vôlei (desde Lufkin e Supergasbrás) e futebol (desde sempre). As histórias a contar são muitas.

Nesse tempo todo, eu, que sou dramática e vivo mesmo o momento, já berrei, xinguei, quebrei coisas, soquei paredes, pus bandeira na janela, fui esmagada na entrada do Maracanã várias vezes numa boa, perdi aula, fugi do trabalho (fiz isso nas olimpíadas passadas quando disse que ia ao banheiro e fui ver a Daiane), briguei com pessoas, pulei feito criança em comemorações, abracei quem não conhecia... mas nunca havia chorado até hoje.

É, hoje eu chorei pela primeira vez por causa de um jogo.

Na verdade, o choro não foi exatamente por causa da derrota das meninas do futebol da forma como foi, injusta. Injustiça no futebol é o que mais tem. Nem sempre vence o melhor e talvez por isso eu goste tanto, já que a emoção é maior.

O resultado da final foi injusto até certo ponto. O Brasil joga um futebol mais bonito, ok, mas isso não quer dizer que seja o melhor. Desde o primeiro jogo falo sobre os problemas técnicos da seleção e hoje vi mais um problema: o preparo físico. O Brasil jogou melhor? Não sei, sinceramente. Os EUA foram perfeitos. Deixaram o Brasil correr. No final do primeiro tempo as brasileiras já estavam sem pernas. Mas, as americanas são cruéis. No segundo tempo continuaram deixando as brasileiras correrem. Que maldade. Já no início desta etapa perdemos Daniela que não conseguia ficar em pé. As outras tiveram que ficar em campo, mas não tinham mais condições. O Brasil passou a jogar no bumba-meu-boi.

De qualquer forma o placar não foi justo. Mas, enfim, são coisas do futebol.

Voltando ao choro... não choro pelo resultado injusto. Não choro por pena. Não passo a mão na cabeça delas, porque o Brasil tem muito que melhorar. Tenho MUITAS críticas ao esporte brasileiro e não e não seria diferente com o futebol. A prata não é boa.

Chorei por causa das meninas. Guerreiras como ninguém, mulheres que tiveram a coragem de enfrentar muitas dificuldades pelo amor ao futebol, preconceito da família, de amigos, falta de incentivo, sem apoio financeiro decente, gozações do próprio povo. Quem nunca ouviu uma piadinha em jogo de mulheres?

Chorei porque passei por isso. Eu jogava futebol quando era criança e adolescente. Os meninos com quem jogava me adoravam, mas já sentia preconceito dos adultos. Quantas vezes ouvi que não era coisa de menina. Eu nem ligava, mas depois de uma certa idade o preconceito só ficou pior e eu não tive coragem para enfrentar.

Choro porque elas precisavam da medalha de ouro. Não para “mostrar para o Brasil” ou “mostrar para os homens como se joga” ou “mostrar para a CBF e clubes que precisam de apoio”. As mulheres não precisam mostrar para os homens como se joga. Isso não existe. E o Brasil precisa de apoio JUSTAMENTE porque falta a técnica e a preparação que países mais desenvolvidos têm.

Elas mereciam e precisavam do ouro para saberem elas mesmas que PODEM GANHAR. Que são as melhores. E para não ficarem perguntando aos céus, com lágrimas nos olhos: “Meu Deus, o que eu fiz de errado?”.

Não fez nada de errado, Marta.

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

BEIJING

Eu odiava pólo aquático.
Mas virou meu esporte preferido!

sábado, 16 de agosto de 2008

Lair Ribeiro Coelho - Como fazer palestras e conquistar alunos

Tô pensando em escrever um livro auto-ajuda voltado pra professores universitários e/ou pessoas que dão palestras em congressos com alguma freqüência. Se bem que eu acho que só serve pro povo de exatas. Nem lembro como é uma aula de humanas...

* Não tenha medo dos alunos, eles não mordem.
* Sua postura diz tudo, você não precisa ser grande e falar grosso pra ser respeitado.
* Se seus alunos estão agitados, uma piada funciona melhor que um esporro.
* Seus alunos são o seu público, tente não perdê-los.
* Sorria e os alunos sorrirão com você.
* Prepare as aulas. Sempre.
* Se você é rápido, não tenha medo de repetir duas ou três vezes uma mesma frase importante. A maioria dos alunos não ouviu da primeira vez mesmo.
* Se você é lento, faça piadas de vez em quando. Ninguém agüenta aula lenta e tediosa, é bom ter agumas surpresas divertidas.
* Se no meio de uma explicação você se confunde e troca duas palavras (por exemplo, se você diz "o descobrimento do Brasil por Pedro Colombo"), não corrija apenas a palavra errada. Repita todo esse pedaço da explicação.
* Não é difícil manter um quadro organizado, mesmo que sua letra seja feia. Não se preocupe se sua letra for feia, em duas semanas eles aprender a decifrar deus hieróglifos.
* Seus alunos gostam de entender o que está acontecendo e porque determinada fórmula vale. Não pense que eles querem só passar de ano.
* Use ganchos, como nas novelas, para prender seu público. O curso funcona melhor se for como uma longa estória.
* Recapitule. Se uma explicação ou um exercício foi longo, refaça os passos principais oralmente.
* Quando um aluno faz uma pergunta interessante, repita a pergunta para turma antes de responder, dando crédito ao aluno. Se possível, transforme a resposta numa observação escrita.
* Toda expicação oral importante deve ser escrita no quadro.
* Faça muitos exemplos e passe listas de exercícios.
* Faça suas provas no mesmo nível (e do mesmo tipo) que as lista de exercícios. Professor bom é o que faz provas justas e aprova a maior parte da turma.
* Corrija as provas com cuidado e nunca ceda a pedidos de aumento de nota.
* Se o aluno tem razão no pedido, aumente a nota.
* Professor é professor e aluno é aluno. Você pode (e deve!) ser amigo dos seus alunos, mas nunca amiguinho.
* Seus alunos são crianças, tenha paciência com eles.
* Seus alunos são adultos, deixe que eles tenham responsabilidade.

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Não tem muita graça...



Mas me identifiquei muito... Lembra mais ainda Cindy, Juli e Marina, nossas conversinhas sobre como o mundo precisa de nós, mas... mas... :-|

Aí eu paro pra repensar algumas coisas. Eu vivo me arrependendo de não ter feito Administração ou Economia antes de Biologia, mas quando fiz Biologia eu pelo menos procurei a Ecologia, porque diziam que ia dar dinheiro no futuro. Fiz e fiquei desempregada. Aí fui fazer Mestrado e procurei um programa de pós-graduação interdisciplinar, porque diziam que ia dar dinheiro e eu já tava esperta. O problema é que resolvi estudar os movimentos sociais de Nova Iguaçu com um orientador marxista que me seduziu. Ok, pelo menos ganhei um título de Mestre, porque diziam que isso ia dar dinheiro. Aí me chamaram pra trabalhar na Secretaria de Meio Ambiente e eu fui, porque além de ser foda, meu currículo ia nas alturas e eu podia ganhar dinheiro. Ainda não ganhei, mas pelo menos passei num concurso público, que vai me dar estabilidade, currículo, prazer em trabalhar com o que escolhi, mas vou continuar sem ganhar dinheiro. Porra, até quando?!?! Quantas escolhas erradas eu fiz pra merecer isso?

Foi assim que decidi voltar a estudar Administração, porque parece que dá futuro.

UniverCidade, me aguarde!!!

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Livro por encomenda



Essa é uma máquina de impressão expressa de livros instalada na Biblioteca Pública de New York. Com ela, é possível imprimir qualquer um dos cerca de 200 mil títulos de domínio público disponíveis, encadernados como brochura (paperback). Isso leva de 5 a 8 minutos e o pagamento é feito por cartão de crédito. Incrível, não? Pagar só pela impressão, pelo papel... Bem que podia ter uma dessa aqui na Biblioteca Nacional pra a gente imprimir nossos livros de domínio público...

P.S. o video é meio lentinho. Eu nao tive paciência de ver todo, fui adiantando a barrinha, mas mesmo assim vale a pena.

domingo, 10 de agosto de 2008

Dia da irmã

Para mim, dia dos pais, aniversários de família e Natal são dias da irmã, em que agradeço profundamente aos meus pais por terem resolvido ter outra filha e ter vindo esse ser tão complexo e interessante que é a tal da Geisy. Minha grande parceira de longa data nessas situações que deus realmente acreditou que era importante a gente viver. Parabéns, irmã, pelo seu dia! :D

Irmãs, deal? (hohoho)

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Os Leopoldos

- O telefone está tocando.
- Não diga...
- Você não vai atender?
- Não, deve ser família.
- E por que você odeia tanto as pessoas?
- Eu não odeio as pessoas, só não agüento reclamação o tempo todo na orelha.
- É sua família.
- Não é? Atende aí, vai, por Jesus.

Frases soltas e uma imagem (fase brainstorm)


Segunda-feira voltei a ter esperanças no mundo. No debate que rola no Espaço Cultural Sérgio Porto, num evento chamado FEBEARio, havia 2 estudantes do Pedro II. Cara! DOIS estudantes de um colégio, DOIS adolescentes lindos e fofos saíram da aula para assistir aos vídeos e ao debate sobre arte. Vocês não sabem como isso me deixou feliz.
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Não estava animada para estas olimpíadas, mas não resisti aos meus instintos esportivos e quero ver até prova de tiro. Ontem até sonhei com chineses.
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“Estamos aqui como cunhas para abrir fendas, mas devemos saber que vamos levar algumas marteladas para conseguir.”
Reynaldo Roels - curador do MAM Rio, no debate do FEBEARio.
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Tá difícil pra instalar o Velox aqui em casa. Meu pai acha que o telefone vai explodir e nunca mais vamos conseguir nos comunicar com ninguém no mundo.
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Terça que vem tenho entrevista para estágio com Sheila Cabo, a editora da Concinnitas, revista do Instituto de Artes da UERJ.
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“Não tinha arquitetura adequada, mas tinha arte adequada.”
Luiza Interlenghi – diretora da EAV Parque Lage, sobre o galpão usado para artes, antes de virar Espaço Sérgio Porto; no debate do FEBEARio.
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Ensaio sobre a cegueira é uma obra de arte.
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Pensei neste post durante o banho e várias frases e assuntos foram “escritos” na minha cabeça. É claro que esqueci quase tudo que eu ia escrever aqui.
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Chega de posts.
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...and life could be bliss...

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Nesta quarta


Vamos lá, galera. Todo mundo acordando 6 da manhã na quarta-feira. Motivo: torcer MUITO pra seleção feminina de futebol que já pega logo de cara a bicampeã mundial, a Alemanha.

Por um lado é bom, pois já temos que entrar com concentração total logo no primeiro jogo, uma final antecipada. Por outro, se vencermos, podemos relaxar, o que não é nada bom.

Não tenho dúvidas de que a Marta terá marcação mais do que especial, como foi na final do mundial, no ano passado, em que ela não conseguiu jogar. Mas o Brasil conta com ótimas jogadoras que devem chamar o jogo caso a Marta seja novamente anulada.

De qualquer forma, nada interessa... é Brasil x Alemanha; Talento x Força; Intensidade x Frieza.

=D

domingo, 3 de agosto de 2008

Ame


(trailer de Piaf)

Me arrepio toda vez que vejo esse filme, não só devido à atuação sensacional de Marion Cotillard, mas também pela história, ótima direção (e outros quesitos técnicos) e, claro, pelas músicas. Fiquei emocionada no cinema e continuo ficando ao ver em DVD.

Mas, na verdade, escrevo este post por causa de um diálogo que ocorre no filme:

Entrevistadora (E): se fosse dar um conselho a uma mulher, qual seria?

Piaf (P): ame.

E: a uma jovem?

P: ame.

E: a uma criança?

P: ame.

=)

sábado, 2 de agosto de 2008

Mendigo carente

Retirado de um site muito legal, numa seção chamada ParadoWxo, escrita por Marina W.

Lembrei-me de você, Juli!! rsss...

Sem teto
Me contaram uma vez que uma pessoa que eu não me lembro quem estava andando na avenida N.S. de Copacabana quando foi abordada por um mendigo que pediu um trocado. Ela disse que lamentava mas não tinha, então ele falou "Pelo menos me dá um abraço". Ela ficou assim, né, o cara imundo, talvez com doenças de pele. Mas ele acabou comovendo ela. "Sou tão carente, tão triste, há tanto tempo ninguém me abraça, sinto tanta falta de calor humano!", foi mais ou menos isso que ele disse. Ela não teve outra saída e abraçou o homem, que deu um abraço bem apertado e falou no seu ouvido "Gostosa!". Hahahahaha. Adoro essa história. Será que já contei no blog? Capaz.

=D