sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Então isso é natal?

ontem vi um pedaço da anamariabraga de manhã. poizé. no pedaço que eu vi, ela pegou um global, fantasiou de papai noel e levou num orfanato pra distribuir presente pras criancinhas, todas uniformizadas de jeans, camiseta branca e gorro. o ator global disse que era muito bom estar lá, muito gratificante, porque eles (a globo) estavam levando coisas às quais as as criancinhas normalmente não tinham acesso.

a anamariabraga então resolveu explicar pras criancinhas como seria o esquema. eram dois tipos de kit-presente, pra menino e pra menina. o papai noel, sentado na cadeira com as criacinhas em volta ia dar um kit-menino pra um menino e um kit-menina pra uma menina. o resto deles tinha que pegar lá com a produção. então a anamariabraga descreveu os dois kits. o kit-menina tinha duas bonecas, um boneco do louro-josé e um creme pras mãos. achei estranho, porque se quer apelar pra vaidade das meninas, dá um batom, dá um esmalte, né. o kit-menino tinha um carrinho de controle remoto, um boneco do louro-josé e... um creme pras mãos. sim. o merchandising mais sem sentido da história. creme pra mão pra meninos de orfanato.

e eu fico pensando, será que eles não percebem o quanto isso é feio? o quanto isso é óbvio? o quanto isso desqualifica qualquer bem que eles possam ter feito? essa gente de jesus, e a anamariabraga é de deus, será que não fica com vergonha?

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Natal... aquela coisa de presentes, espírito natalino, paz e amor, família, ceia... coisas boas, coisas ruins... telefone que não para de tocar com gente que só liga uma vez ao ano pra perguntar se eu já casei...

Enfim...

Quando eu era criança gostava dos dias natalinos. Era divertido, reuníamos na casa da minha avó, com o lado da família da minha mãe, jogava com meus primos e passava a tarde do dia 25 comendo nozes e castanhas que meu pai quebrava. Aí mudou. As reuniões passaram a ser com a família do meu pai, mas a diversão continuou (até aumentou).

Como vocês sabem, hoje não curto essa época. Acho que há uma obrigação de ser feliz, de desejar feliz tudo, de lugares cheios, de táxi com bandeira 2, de MUITO CALOR!!! Mas me lembrei agora de uma musiquinha que eu amava quando criança: a música de Natal da Turma da Mônica. Aqui vai!

=)


domingo, 20 de dezembro de 2009

Fight test



I thought I was smart, I thought I was right, I thought it better not to fight. I thought there was a virtue, in always being cool. So it came time to fight, I thought "I'll just step aside" and that the time will prove you wrong and that you would be a fool. I don't know where the sunbeams end and the starlight begins it's all a mystery. Oh. To fight is to defend. If it's not now then tell me when would be the time that you would stand up and be a man. For to lose I could accept but to surrender I just wept and regretted this moment oh that I was the fool. I don't know where the sunbeams end and the starlight begins it's all a mystery. And I don't know how a man decides what's right for his own life it's all a mystery. 'Cause I'm a man, not a boy and there are things you can't avoid you have to face them when you're not prepared to face them. If I could I would but you're with him, now it'd do no good. I should've fought him but instead I let him, I let him take it.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Muito sentimento!


Já desconfiávamos, mas agora está comprovado: Madonna realmente não sabia o que estava fazendo no Girlie Show.

Impossível não se encantar com a história do Vasco.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Aviso


Preparem-se!

No recesso vou encher isso aqui de posts!

=)

quarta-feira, 18 de novembro de 2009


‘’A gente olha e pensa: Quando aperto ? Agora? Agora? Agora?
Entende? A emoção vai subindo e, de repente, pronto. É como um orgasmo, tem uma hora que explode. Ou temos o instante certo, ou o perdemos...e não podemos recomeçar. O desenho é uma meditação...enquanto que a foto é um tiro. Pode apagar um desenho e fazer outro. Não está lutando contra o tempo. Tem todo o tempo pela frente, é uma meditação. Mas com a foto, há um espécie de angústia constante... pelo fato de estar presente. Mas é uma angústia muito calma.’’ (Henri Cartier-Bresson)

Participo de um grupo de pesquisa em artes na UERJ e meu projeto é sobre fotografia, mais especificamente sobre o 'instante' (sobre o momento, o tempo). Admito que colocar isso no papel através de palavras está sendo um tanto quanto difícil (por mim, só falaria através de imagens). Se vocês tiverem sugestões bibliográficas, podem mandar! =)

domingo, 25 de outubro de 2009

Trilha sonora de outubro

Fernanda falou sobre Gogol Bordello no ALOT em 29/11/07. Agora, 2 anos depois, estou envolvida pela mesma banda. Eles têm me agradado muitíssimo! :)


E, além deles, como estou numa fase ásia-leste europeu (ou, menos glamorosamente, numa fase "trilha do filme "Everything is illuminated"), achei outras coisas que as pessoas conhecem há anos e que eu só ouvi com "o coração" agora:

1 - Balkan Beat Box
(Mesmo da trilha de setembro)


2 - Leningrad

Personagem redondo se debatendo numa metáfora luliana

Meio do oceano, razoavelmente perto da costa do seu país de origem. Você está perdido, não sabe onde está e talvez ninguém soubesse dizer também. Talvez o lugar em que você está sejá a fronteira, mas são quilômetros de fronteira. Você ainda vai estar muito perdido até chegar a algum lugar que tenho um nome diferente de "fronteira". Mas tem ideia de que está perto de X, distante de Y... Já ajuda a sentir que as coisas ainda existem. Que ainda vale a pena lutar pela vida, que o mundo ainda é aquele que você conheceu antes de cair na fronteira. Há um mundo com regras, vc o conhece, só não está mais nele. Mas, caso consiga e deseje, pode tentar voltar a nado. Gastar suas limitadas energias para voltar ao que você jura que conhece, que imagina ser seu lar.

Há a possibilidade de o lar ser o meio do oceano. Quando vc percebe que é sempre para lá que você volta, acho mesmo que há possibilidade de vc ser de lá. E lá você tem que conhecer o entorno para poder lutar por sua sobrevivência: o que é útil, o que é perigoso, o que pode ser transformado em ferramenta. Sua sobrevivência. Depois de estabelecer um lar no meio do oceano, é possível ajudar outros a não morrerem, mas seu cotidiano é errar e perder. É todo dia, quase o dia inteiro. Ver pessoas morrerem, se ver egoísta por não tentar salvar com medo de colocar suas conquistas em jogo, depois perder o lar pro mar, porque você jamais o entende completamente, construir outro. Pouca ajuda em volta, os outros também estão com medo de perder suas conquistas, mas todos tentando ao máximo ser pessoas melhores.

Não há felicidade. Há aprendizado, luta, busca de sentido e as leis de não se matar e de repassar todo o conhecimento aos outros seres que precisarem. Talvez essa venha a ser toda a vida e se você é um humano que precisa ver utilidade, invente uma utilidade. Se vc precisa da sensação de ser amado, invente quem te ama. Se vc precisa acreditar que a vida é de prazer, invente prazeres. Mas, por favor, não converse comigo como se não estivéssemos correndo risco de vida e fazendo algo que na verdade não sabemos bem o que é nem para que serve.

Depois que vc mergulha no que vê em volta e racionaliza o que vê em volta e compara com o que você vê dentro de você e em suas ações, é possível que aconteça um rasgo em seus nervos. Com o tempo a dor vai diminuindo, diminuindo, diminuindo e dá pra entender melhor que você não é uma vítima, você está apenas fazendo seu papel na arena, assim como os leões também estão. E é isso, suas horas seguem sem qualquer parcialidade, sem qualquer noção de justiça e, na verdade, com bem pouco sofrimento e quase constante satisfação sem grandes felicidades, mas com a sensação de ter um papel claro, ser um personagem redondo dentro de sua própria narrativa, que você precisou criar para se manter, e que você tende a acreditar que é a narrativa única, de todos, que chamam de "vida".

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Ando com problemas de concentração. Não consigo ficar muito tempo fazendo certas coisas, principalmente ler e escrever (chego a estar rebelde pra escrever). Na verdade queria passar a mensagem apenas através de imagens ou de palavras soltas. Ultimamente as únicas coisas que me prendem por mais de 10 minutos são: jogar futebol, trabalhar com fotografia e a aula de psicologia da educação.

Por isso deixei um pouco de postar aqui no A Lot. Na verdade nem foi por falta de vontade, mas achei nada a ver colocar coisas muito soltas... ou não... enfim...

Mas o motivo do post é falar sobre créditos de filmes. Adoro créditos e acho que são um detalhe especial dos filmes (e sou dessas que ficam até o fim mesmo das letrinhas subindo - foi assim que descobri que Up! foi baseado em pessoas reais). Mas não vou falar mais. Deixo isso para meu amigo que teve a ideia de fazer uma série de posts sobre 'grandes créditos do cinema' em seu blog e vale a pena ler.

E quero deixar um pedido pra ele: fala de Wall-E!!! =)

sábado, 26 de setembro de 2009

Trilha sonora de setembro

Músicas que têm surgido na minha cabeça todo dia e que eu não vejo como cantarolar no trabalho por serem muito "despadronizadas" e que eu morro de vontade de dançar pulando.

1 - Balkan Beat Box - "Bulgarian Chicks"

Música "árabe" eletrônica com pintas de "world music" meio Gogol Bordello meio Glória Perez


(essa versão tem uma introdução rap techno árabe de 1:56)


2 - Not Squares - "Asylum"

Música eletrônica rock acústica com vocal festivo tipo "oh-oh-oh-oh" com tom heavymetalizado




Tudo ótimo e, apesar de antigo, bem hype, bi. Mas no momento eu tô mesmo é ouvindo a farofa sem complemento do 2 brothers on the 4th floor com seu emocionado e histericamente tolerante "Never alone". A vida como ela é.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Minha Hortinha

Início de tudo: 18 de setembro de 2009. Chico também nasceu em setembro. De 2007.



A HORTINHA


Vista frontal da hortinha pegando sol na janela.



Pedacinho do orégano, salsinha crespa, boldo e pedacinho da melissa.


Majericão gigante e orégano.


Melissa



Boldo


Salsa crespa


Orégano


Manjericão gigante


Vista lateral da hortinha pegando sol na janela.

sábado, 19 de setembro de 2009

Todo biólogo sabe que

Darwin te ama.

ps.: Oi meu nome é Juliana e estou viciada.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Vício novo

Descobri por acaso essa página chamada Dúvida Razoável e viciei. A página-mãe é bacana, tem várias colunas, mas acho que essa é a melhor delas. O cara (um tal Kentaro Mori) escreve muito bem analisando assuntos nas mais diversas áreas, como física, matemática, biologia, psicologia, parapsicologia, levitação, ilusões de ótica, etc. Ah, tem ums série de três artigos sobre histeria coletiva que é muito massa, chamam "Todo mundo em pânico".

Além disso, esse vídeo (que achei em um dos artigos sobre ilusões de ótica) é muito bacana:

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Lista


Fui ver Up! e fiquei maravilhada. Primeiro porque o filme é um filmaço mesmo (levando-se em conta todos os aspectos técnicos) e depois porque vi em 3D (agora só quero ver desenho em 3D). Além das lágrimas terem escorrido por conta da história que mexe comigo, há sacadas sensacionais que me fizeram rir sozinha pela rua.

Mas depois, comentando com amigos, percebi que, apesar de achar Up! o melhor filme da Pixar/Disney, não é o meu favorito. Comecei a fazer uma lista mentalmente e então resolvi postar, já que tem tempo que não fazemos listas, né?

Então aqui está minha lista dos filmes da Disney (e Pixar):

1- O Rei leão

2- Procurando Nemo

3- A Bela e a Fera

4- Monstros S.A.

5- Up!

6- Toy Story 2

7- Fantasia 2000

8- Mulan

9- Os Incríveis

10- O Corcunda de Notre Dame

ps: não vi Ratatouille.

=)

sábado, 12 de setembro de 2009

Aproveitando a insônia...


para divulgar a exposição que começa dia 14/09 na UERJ - Centro Cultural. eu tô lá! =)

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

CONTA COMIGO - Para Cindy ler

Mandei um e-mail, mas acho que ela não leu. Então coloco aqui porque quero que todos os citados leiam.

Aos três anos, minha melhor amiga era a Fabrícia. Tão amiga que transmiti catapora para ela e ela continuou brincando comigo e chorou quando eu me mudei.

Aos oito anos, a Ignez não me emprestou um apontador. Fiquei com raiva dela e ela se tornou minha melhor amiga. Exploramos castelos abandonados, casas mal assombradas, elevadores e cachoeiras. Não que nos preocupássemos com isso, mas éramos as melhores alunas da turma, nossas notas eram parecidas.

Quando eu era católica e freqüentava o grupo jovem, meu amigo Wellesson me escrevia cartas mesmo estando ao meu lado. Foi ele que me ensinou que amigo se abraça e, quando viaja, fica pensando no outro e, mesmo quando a amiga sai da Igreja, continua amando e conversando no portão durante horas.

No segundo grau, fiquei amiga daquele menino que sempre foi da minha turma e que pegava o ônibus escolar comigo e daquela menina que nunca foi da minha turma mas que eu sempre via na hora do recreio e cuja irmã era da turma da minha irmã. Cindy e Mauro me fizeram verbalizar meu não preconceito e amadureceram em mim a idéia de que sexualidade alheia não deve ser especulada, mesmo o Mauro tendo me contado a múltipla escolha sexual em uma folha de fichário. Aliás, o Mauro me fez gastar folhas de fichário mais com conversas durante as aulas que com as matérias escolares. Em 1995, inventamos o chat. Nessa época, eu formava dupla também com a Andreza. Por ela, encarei uma cerimônia longa e cheia de coreografias genuflexórias na Seicho-no-ie. Nossos papos existencialistas ainda não foram concluídos até hoje.

Aos dezessete, vivi o suspense do fim do segundo grau. Deparei-me com a possibilidade de não conviver mais tanto com amigos que, em sua maioria, acompanhavam-me desde os seis anos. Passei para a faculdade de Letras, continuei estudando com dois desses amigos da escola e relutei muito para fazer novas amizades. E a Cindy e o Mauro nem eram da minha turma, econtrávamo-nos nos intervalos das aulas e na volta para casa. Mesmo assim, eu não queria fazer amizade com outras pessoas.

No segundo período, tive que me render à amizade com as meninas da minha turma. Mérito delas, porque eu era esquiva e quase não parava para conversar. No máximo, trocava informações sobre as aulas.

Mas foram essas meninas aí que tornaram minha vida naqueles anos a melhor possível.

Descobri com elas que a fofurice pode até rimar com babaquice, mas as duas estão longe de serem sinônimos uma da outra. Descobri também que é possível e necessário dizer "eu te amo" para amigos e abraçá-los até o peito doer. Patrícia me fez descobrir o sentimento que faz alguém fugir de casa e procurar ajuda na casa de um amigo - que acolhe, alimenta e ainda paga entrada pro Rio Water Planet e o lanche lá. Margot me mostrou como pode ser digno dançar axé e beber malzbier depois de um semestre do caralho e como um bracinho torto pode conter um dos abraços mais gostosos dessa vida. Michele, sempre desprendida materialmente das coisas, ensinou que, quando você ama, você empresta até sua bolsa Victor Hugo. Lígia comprovou que você acaba se mantendo numa faculdade que não abrange suas expectativas só por uns momentos no trailler do Abel com essas meninas. Julinha me fez entender, mesmo passando para Direito na UERJ, o porquê de se despencar até a Abolição para comer batata frita com as mãos e de sentir falta do cheiro de quem se ama. Descobri por que um bando de mulheres falando alto e ao mesmo tempo é uma delícia.

Minhas amigas "patricinhas" (como eu as chamava antes de conhecê-las) ficaram até hoje aqui dentro e ficarão até aqui dentro ir lá para fora e se misturar com tudo no mundo.

Quando era professora, voltava para casa com Quedma. Quedma me ensinou que viver é tão necessário que nem uma cirurgia de vesícula pode impedir alguém de ir à Festa do Tomate em Paty do Alferes.

Entrando em uma farmácia, conheci Barbara e Julia, que moram na Alemanha e poucas vezes vêm ao Brasil. Com elas, aprendi que amigos podem até não falar a mesma língua, mas sempre se entendem, memso com culturas tão distintas. Hoje posso dizer que tenho família na Alemanha. Quatro lares - não apenas casas -, no mínimo, para ficar.

Aos vinte e oito, com Saturno prestes a retornar, entrei para a Faculdade de Direção Teatral. Apaixonei-me à primeira vista por Nina e Pedro e desenvolvi síndrome de Estocolmo por meus veteranos. Mentira, eu fui pior com eles que eles comigo. Descobri em Ticiano um pedaço da minha alma que vagava por aí e consegui juntar as partes. Adotei Sara e me deparei com o fato de que nem todo africano é negro. Sonhei carnavais com Herzog. Com Amanda, repeti metaforicamente a cena do apontador e senti a perda física de um amigo. Sentei num banquinho e chorei com Tomás. Olhei em silêncio para Daniel Archangelo e ele me entendeu.

De lugar nenhum e de todos, surgiu Rafuda. Fui veterana dele na Letras mas nunca o vi lá. Ele foi meu veterano na Direção Teatral e se formou um ano antes de eu entrar. Não sei o porquê e nem como essa amizade surgiu. Acho que foi um dos raros casos em meu histórico de amizades que começou com boa vontade mútua. Dividimos cafés e assuntos que abrangem desde infância na década de 80 até rumos e rumores teatrais na faculdade, no mundo e em nossas cabeças. Rafuda me ensinou a ser diva.

Aos trinta, estou escrevendo aqui. Todos os nomes aqui são verdadeiros, são pessoas que existem. E todos são meus melhores amigos até hoje. Meu pai sempre me dizia duas frases sobre amigos: "amigo é só o tempo que diz" e "amigo verdadeiro é aquele que não chama você só para beber, chama para comer também". Todos os amigos cujos nomes estão aqui já me chamaram para comer. Não necessariamente me deram alimento para o corpo (muitos sim!) mas se preocuparam em não deixar minha alma morrer de inanição.

Não tive amigos por fases da vida, fui acrescentado todos, pouco a pouco, aqui dentro. Fico um tempão sem vê-los e, quando nos encontramos, nunca há intervalo de tempo, não somos os mesmos, porque somos espertos e mudamos conforme a vida, mas nossa amizade é a mesma. Mesmo não compartilhando das mesmas atividades, sempre temos assuntos e eu nem me pergunto por que é que não nos vemos mais vezes porque sei que não precisamos nos fazer lembrar para o outro. Mesmo Amanda, que se foi há um mês e meio, é presença inabalável.

Não sou uma pessoa fácil de se conquistar. Trato todos bem e com carinho e me interesso por conhecer qualquer ser que habite este mundo, mas me fazer saber ser amiga e ter amigos é difícil. Essas pessoas aí de cima certamente possuem a tal da luz na testa.

Com todos, ganhei novas família, novos pais, novos irmãos. Com todos, encontro motivos para não me tornar atéia e ainda acreditar na humanidade. Todos fazem aparecer em mim meu melhor lado. Sou, por causa de todos, isso aqui. Meu café, minha comida, minhas gargalhadas, minhas lágrimas, meus braços, meus seios, meu ombro, minhas pernas, minhas mãos, minhas citações, meu olhar, meus lábios, meus ouvidos! Tudo aos meus amigos! Amo vocês assim, oh! Bem forte e para sempre! Amém!

terça-feira, 18 de agosto de 2009

sábado, 15 de agosto de 2009

Das coisas que valem a pena

PÂNICO NA TV - Marília Gabi Gabriherpes entrevistando Marília Gabriela

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

boa sexta para todas (os)

Ok, mais uma música... mas não resisti! =)

domingo, 9 de agosto de 2009

Hors-concours – Gal versus Brasil



Achei esse vídeo e nunca mais deixei nem deixarei de mostrá-lo para o mundo.

É o seguinte, Gal parece afogada Prozac, Propofol, quiçá Demerol. Com um sorriso calmo, de quem compreende, entra no palco com um cabelo que Reginaldo Rossi viria a imitar. Cheia de espelhos na roupa, mal se move no palco, mas sorri e sorri e sorri tomando uma chuva de confetes e serpentinas que o público taca nela. Não é que o público jogue um pouquinho para festejar e tal, o público parece ter alguns espíritos porcinos que TACAM os troços na cara da mulher. Sabe aqueles tufos de serpentina que vão se amontoando nos cantinhos dos bailes de carnaval? Pois nitidamente é isso que tacam na Gal. Que continua sorrindo num super astral... Justamente por não parar de sorrir, acaba comendo alguns confetes que tacam nela e, discretamente, no meio da música, ela vai tirando uns da língua.

Aí a câmera corta para uma cena mais importante: uma bicha animada em cima do parapeito dança tão entregue que não percebe que está chutando o coleguinha. O câmera, sensível, nos apresenta a calada indignação deste coleguinha.

Então a câmera volta pra Gal, que tem Jesus como baixista, sendo zoada pelo público. Até que, de repente, vem a vingança da artista: ela dá um grito tão-tão forte no ouvido de um cara da plateia que ele cai (2:19)! Juro! E aí me dei conta da preciosidade deste vídeo... :D

Depois disso, ela continua dançandinha e sendo avacalhada pela galera, recebe um caboclo, fica toda escrotizada de serpentina e até uma Xena aparece, mas a vitória é da maluca.

Um épico imperdível!

Melhores mulheres malucas de hoje


Por favor, reparem nas caras na plateia...



Por favor...



"Sou a Teresinha Uó..." (Letícia Ferés)





"O sutil descontrole..." (ibidem)

sábado, 8 de agosto de 2009

Esse site e' engracado

http://dontjudgemyhair.com/

E meu teclado nao poe cedilhas nem acentos. Desculpem, e' a reforma ortografica...

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

=)

quinta-feira, 30 de julho de 2009






Botafogo, 29 de julho de 2009

Um mês que ela tentou. É uma presença forte e impalpável. Ontem a mãe dela veio aqui e me trouxe sapatos dela, para eu usar. Quer que eu vá à casa dela e pegue livros também. Hoje já mudei de idéia, acho que vou usá-los.

O choro chega até o nariz e quase transborda nos olhos, mas é sugado para dentro.

E hoje, justo hoje, ligaram da PR5, falando sobre a bolsa dela. R$ 400 para a mãe receber. Cairá na minha conta e vou entregar à Dona Renaide. A mulher lá disse certo: "não é merda nenhuma, mas é uma ajuda financeira". Ana Cecília o nome dela. Ligou para o meu celular e ficamos conversando por mais de meia hora. Ela me contando sobre outros casos de bolsistas suicidas e eu desabafando sobre o que está sendo para mim lidar com tudo isso.

Eu queria me afastar de tudo, até de mim, sei lá. Viajar e sumir. Esquecer de algumas coisas, mas não dá. Mas eu só queria um tempo para mim.

Vem tudo à cabeça. O corpo, o caixão, a terra suja e revirada, a gente junto, Direção III, Lagoa, macarrão com os mendigos, Estamira, os DVDs que ela gravou para mim, o DVD que eu não gravei para ela, as aulas que vão começar sem ela, a Direção V sem Beckett e sem Amanda. Aulas sem Amanda, Leme sem Amanda, caminho da faculdade sem Amanda, Bob's sem Amanda, Uno sem Amanda, madrugada sem Amanda, cigarreiras sem Amanda.

Ela escreveu que me amava e que eu era muito importante para ela e escrevo aqui que eu a amava e que ela É muito importante para mim. É, sem dúvida, uma amiga de 12 anos (Conta Comigo). Os melhores amigos são aqueles de quando a gente tem 12 anos.

Foi com ela que me sentei na Lagoa e vi o Sol nascer e depois andei até Botafogo. Foi com ela que descobri a Pedra do Leme. Foi com ela que voltei a escrever. Foi com ela que comprei Coca-Cola de R$ i e pizza da Domino's de R$ 40.

Fiz planos de pescar e ir à praia que não aconteceram e jamais acontecerão. Tirei fotos que se perderam e jamais serão tiradas novamente.

Fomos vestidas com a mesma roupa na última festa de formatura da faculdade, tínhamos o mesmo sapato com bolinhas brancas. O dela vermelho e o meu azul. Celulares da Claro com bônus para falar sempre uma com a outra. Pouco dinheiro no bolso, vivência de subúrbio, alma de artista, cinismo e ironias diante dos problemas. Levávamos a vida tão a sério que éramos caricaturas de nós mesmas.

Tenho o que ficou e tenho sorte até demais. Nada mais vai me ferir.

m.f.

domingo, 26 de julho de 2009

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Pois é, virei mãe

Quando ele chegou, eu não o reconheci. Ficava analisando aquela carinha e tentando entender que esse bebê é o mesmo que esteve na minha barriga por 41 semanas. Ainda não entendo. Mas eu aprendi a amar o desconhecido. Aprendi a gostar em 1 segundo e a amar em algumas semanas. Amo quem ele é. E eu sei que o amaria independente de como ele fosse, mas o meu amor tinha que se adaptar à sua personalidade. É como se antes eu não tivesse coragem, fosse tímida, não ousava conversar com ele. Pois eu não sabia quem ele era. Mostrar muita intimidade seria como dizer que ama no primeiro encontro, entende? Não é natural. Mas ele sempre me intrigou, assim mesmo como um bom caso de amor começa.
Agora eu tô vendida. Converso em sílabas soltas, tenho as roupas manchadas de leite, não me lembro do que comi ontem nem pra onde estou indo, tenho olheiras pretíssimas, converso sobre fraldas, faco caminhada empurrando carrinho, falo com quem não me responde. E gosto. Brinco a maior parte do dia. É isso: uma coisa boa em se ter um bebê é que se é obrigada a tirar tempo pra brincar. A casa está cheia de brinquedinhos coloridos e os livros fora da estante são sobre bebês e tudo relacionado a eles e a ser mãe (e pai).
Eu nunca fui uma “baby person”. Nunca me interessei por bebês e reconheço que muitas das atitudes de novas mães me incomodavam bastante. Tipo carrinhos de bebê congestionando os corredores da minha loja de departamentos preferida. Agora eu passei pro outro lado: me incomodo com as pessoas sem carrinho empacando meu caminho na sessão infantil da minha loja de departamentos preferida.
E eu viajo, entro em paranóia por coisas que podem acontecer em 1, 20, 30, 40, 50 anos. Já tive medo de passar minha velhice num micro apartamento no gueto de Copenhague, sozinha, aguando flores de plástico na varanda, viúva e com um filho que não retorna minhas ligações. E o que eu vou fazer para sair por aí quando for ao Brasil? Tô me cagando de medo de ser assassinada, de alguém machucá-lo. E como vou carregar carrinho, cadeirinha de carro, bolsa e toda essa tralha sozinha? Ah, e um bebê “on top of everything”. É como se esse troço de ser mãe tivesse aberto um novo leque de possibilidades para a parte do meu cérebro que organiza as minhas neuras.
Te digo que é um inferno na minha cabeça. Um inferno feliz.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

mantendo o tema:

Depois desse vídeo, até eu fiquei com vontade de casar!! rssss...



=)

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Amor / Separação (ai, como dói)

Segue abaixo o texto da palestra do Domingos Oliveira na FLIP 2009.
Deixem o preconceito de lado e leiam.

Separações

Há pessoas que sofrem com separações, outras, muito mais raras, se alegram com isso. Realmente uma separação é sempre um alívio. E alguns logo encontram a "solidão magnífica", conforme chamou Freud. Mas não sou esse tipo de pessoa e, para os homens comuns, separação dói muito.
O assunto não me é estranho porque já fiz um filme sobre ele e também porque tive cinco casamentos e cinco separações. No entanto não tenho nada a dizer sobre o assunto. Há coisas assim, quanto mais se vive ou mais se pensa, mas obscuras ficam.
Na primeira separação, tinha uns vinte e poucos anos. O nome dela era Eliana. Me desarticulei tanto que não podia sair na rua, achando que os edifícios cairiam sobre mim. Lembro também que foi nessa época que descobri a psicanálise e logo depois o álcool. Na boemia, no tempo sem tempo da boemia, procurava aflitamente o Amor. Quebrei minha mão dando um soco na parede e fui à sessão de psicanálise tocar uma flauta de plástico que alguém me deu, com a mão engessada. Quero dizer que sofri muito.
Na minha segunda separação sofri muito. Tinha três namoradas ao mesmo tempo, e brochava com as três. O nome dela era Leila. Em vez de tocar a flauta, fiz um filme, "Todas as Mulheres do Mundo". Ninguém duvide disso: períodos de separação são em geral altamente produtivos.
Minha terceira separação, Nazareth, eu tinha quarenta e poucos, sofri muito e não teve graça nenhuma. Eu estava sem dinheiro e vivia minha vida nos corredores dos bancos adiando promissórias, parcelando dívidas, movido por anfetaminas. Naquela época eram vendidas como remédio para emagrecer.
Meu quarto casamento, Lenita, durou dez anos e tive uma filha. Maria Mariana. Na quarta separação tinha quase cinqüenta, tive poucas namoradas, poucas porém boas.
Até que há vinte e oito anos, casei com Priscilla, adorável criatura que me acompanha até hoje. E lá pelo oitavo ou décimo ano de casamento, passamos um ano separados. Se eu tinha desarticulado na primeira, nessa ultima desagreguei, quero dizer, sofri muito. Mas sempre produtivamente. Essa experiência resultou num filme, "Separações".
Se eu cito esses dados biográficos nesta palestra, é apenas para tentar perceber o que há de comum entre essas cinco malditas porém necessárias passagens. Na verdade quase pode ser dito que todo homem solteiro quer casar assim como todo casado quer ficar solteiro. Não conheço nenhum casal decente que não nutra um sólido desejo de separação. Faz parte de um bom casamento, creio. Afinal, o amor tira a liberdade, sem dúvida. O que é inadmissível. E a solidão muita vezes é desagradabilíssima e vazia. Enfim, assim vamos todos, amando e desamando, carneirinhos a espera do corte.
A pergunta que faço hoje em dia a respeito do assunto é sobre a possibilidade de amar, casar e separar sem sofrer. Muito me perguntei sobre o mistério da dor do amor. Para tentar entender a dor do amor existem três indagações sobre o amor, ele mesmo.
Primeiro. Porque o amor (a paixão) acaba? Infinita enquanto dura, mas não dura. É por esquecimento de si mesmo? Porque, sendo explosão, com tempo se atenua? Porque, tendo dado ao amante sua chance de eternizar-se, não tem mais nada a fazer ali?
A segunda indagação vai mais direto ao ponto: Porque dói tanto quando o amor acaba? Porque é tão triste? Porque é inaceitável? Nenhum raciocínio ou vivência autorizou a crença de sua perenidade? Porque afinal nos dilaceramos? Ah, a dor do amor. É mais que uma angústia. É uma febre, uma desidratação. Poucas coisas são tão tristes quanto o fim de um grande amor. Talvez nem o fim da vida seja tão triste. E o que dói? Onde dói? Dói por não ser mais o que era. Dói por tudo que poderia ser, se ainda fosse, mas não será jamais. Dói a perda da paixão, única moeda cósmica que temos a nossa disposição. Porém, acalmemos. Deve haver um motivo objetivo para tanta dor. Examinemos metodicamente uma a uma as perdas.
O que se perde quando é perdido um amor? Talvez a moeda cósmica? Não, não deve ser isso. Todos os homens sofrem separações e nem todos se importam com o cosmos.
A perda do objeto sexual? Também não deve ser isso. Há muitas Marias para cada João.
Qualquer coisa ligada a ciúme de terceiros? Mas há separações que não envolvem terceiros, nem por isso deixam de ser sofridas.
Tão pouco são razoáveis as explicações psicológicas, quebra da fantasia, falência de um investimento sentimental ou qualquer coisa desse tipo. Mas também não é isso. Homens maduros, estudiosos, que certamente ultrapassaram esse tipo de acontecimento psicológico também sofrem como cães envenenados.
Aprofundemos essa espiral.
Talvez o horror da solidão quando convivemos muito com a pessoa amada, perdemos totalmente a noção de como somos sós no mundo. Nossa íntima alegria ou dor é compartilhada, ganhamos um ouvinte interessado e perder isso, convenhamos, é perder muito.
Talvez o medo da liberdade, citando Dostoievski, meu caro companheiro desde a adolescência, "Não há nada que o homem deseje mais do que a liberdade, nem nada que lhe seja tão doloroso".
Na terceira indagação sobre o amor pergunto se ele é necessário. Na pesquisa da verdade todas as hipóteses devem ser levantadas, mesmo as deselegantes. Existirá mesmo um grande homem só? Não será um homem um animal ou dois? Como intuía os antigos gregos, um ser cuja biológica natureza verdadeira é ser parte de uma unidade maior, chamada casal. Se a função da hipótese é responder paradoxos, esta é a meritosa, posto que pelo menos explica a dor do amor. Dói porque falta uma parte, tanto quanto doeria se nos arrancassem um braço ou um olho.
Quando escrevi o roteiro do filme "Separações" eu tinha farto material a respeito. Tanto retirado da minha vivência quanto daquela dos amigos, mas não conseguia fechar a história. Somente pude fazê-lo quando lembrei da Kubler Roth e de suas fases pelas quais obrigatoriamente passa um doente terminal. Quando reparei que elas podiam coincidir com as fases do meu herói ridículo num período de separação, o roteiro ficou resolvido. Somente é possível comparar a separação de dois amantes com a morte de um homem. No filme minha ordem é: a Negação ("Não! Não pode ser! É mentira, ela vai voltar. Foi uma briguinha à tôa."), a Negociação ("Se ela voltar para mim eu paro de fumar, subo os degraus da Penha, nunca mais vou ser galinha"), a Revolta ("Quero te matar, sua puta!") e a Aceitação, que é quando se arranja outra namorada. Ou então a mulher volta. Observe que tomei certas liberdades com a Kubler Roth. Inverto a ordem, que é: a Negação, a Revolta, a Negociação, a Depressão e a Aceitação. E dou por subentendida a fase da depressão.
Bem, espero que quem não viu possa ver o filme. É muito engraçado ver aquele homem arrastando-se pelo chão, pagando todos os micos possíveis para recuperar a mulher amada.
Hoje tenho 72 anos, continuo querendo me separar da Priscilla, e ela de mim naturalmente, posto que somos normais e tenho a impressão que poderíamos fazer isso alegremente sem nenhum ciúme e nenhuma dor. Tenho essa exata impressão e com a mesma convicção que não acredito absolutamente nela. Morro de medo de me separar da Priscilla. Creio, concluindo, que é uma questão genética. Há homens que nasceram para viver sozinhos, e certamente não sou um deles. A verdadeira arte de viver talvez seja tentar ser aquilo que você é. O que evidentemente é muito difícil.
Me aguardem no meu próximo filme, é uma espécie de continuação de Separações. Acompanhando o casal, até digamos assim, o fim. Titulo: "Inseparáveis".

domingo, 19 de julho de 2009

Me deu uma vontade louca de ouvir valsas. Tipo desejo de grávida.



=)

sexta-feira, 17 de julho de 2009

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Profissão interessante...

Gente, ó o que eu recebi na minha caixinha do correio.
Surreal.

terça-feira, 14 de julho de 2009

http://www.royalartlodge.com




Foi aqui que eu descobri isso?