terça-feira, 30 de outubro de 2007

Sexo é bom


"O prazer de Liló era o acanhamento postiço da mulher. Todas sabiam que ele só gostava se a mulher fingisse pudor, um pouco de receio no início, um tantinho de apreensão. Quem ia ser chupada já sabia disso. Gostava também que usassem calcinha. Ia empurrando o tecido da calcinha para a virilha da mulher (...).

texto :: Hilda Hilst # foto :: Roy Stuart

VIVA!

Copa do Mundo de 1950.


Time do Brasil:


Em pé: Barbosa. Augusto. Danilo. Juvenal. Bauer e Bigode.


Agachados: Jonhson. Friaça. Zizinho. Ademir. Jair. Chico e Mario Americo.


O Brasil sediará a Copa do Mundo de 2014. Que beleza! Quanta alegria, não!? Todos nós esperávamos por esse momento ansiosamente desde 1950, quando em silêncio, engolimos a seco uma derrota de 2x1 para o Uruguai. Viva!


Já posso até imaginar os ânimos exaltados da galera ensandecida gritando pelas ruas: Brassssiiiiillll!!! Das filas quilométricas de torcedores canarinhos em volta do Maracanã. Das criancinhas colorindo as ruas das cidades de verdeamreloazulebranco. Posso até sentir a voz rouca do Galvão Bueno cutucar o meu cangote com aquele grito clássico: é é é é do Braaaaaaasillll!!! Em meio às cornetas globais, flash's de alegria do povo brasileiro. O mesmo povo estará feliz como nunca em 2014. Viva!

Nada será mais comentado no mundo, que não o futebol brasileiro. Nada, mas nada mesmo será mais falado e prestigiado que o Brasil (o país do futebol). Nada estará mais na moda que o modo de vida brasileiro (!!!). Viva!


Festas pré e pós-copa do mundo, badalação forte na noite do Rio e das outras 11 cidades-sede. Muita cerveja, muita comida, muitos novos fenômenos, muita loira ficando famosa por conta dos novos fenômenos. Muita segurança nas ruas, helicópteros, o tráfico reduzido nas favelas, os governadores e prefeitos em perfeita harmonia. Viva!


Muita alegria de se ver no rosto estampado desse povo brasileiro, que sofre – com a vidinha medíocre que leva de segunda a segunda - mas que, como ninguém, sabe reconhecer o valor de uma comemoração, ou festa popular e se divertir a valer (adoro essa expressão) com tudo isso. É claro que ele sabe também, que isso é passageiro. Por isso mesmo, tamanha euforia, alegria e hipocrisia. Viva!

Gifted Painting

A Fuga

Toda criança sonha em fugir de casa. Faz planos mirabolantes, pensa na roupa que vai vestir, nas coisas que deve levar na sacola. É excitante. Quem nunca teve um único pensamento sobre fugir de casa? Porém, normalmente esses pensamentos não são colocados em prática, a não ser que a criança esteja passando por uma situação realmente crítica.

Ocorre que, em 1975, houve um fato deveras interessante. Uma tentativa de fuga espetacular, praticada por uma pessoa de 1 ano de idade!! Você pode pensar: “ah... isso acontece. Um bebê pode sair engatinhando e se perder dos pais”. Mas respondo que o bebê fugiu mesmo, por conta própria, sabendo o que estava fazendo. Não saiu andando sem mais nem menos, em linha reta. O meliante simplesmente esperou a mãe se entreter fazendo o almoço e pulou o cercadinho do berço; andou (sim, andou... esse bebê já andava com 8 meses) sorrateiramente pela casa; saiu do quarto, passou pelo corredor, atravessou a cozinha sem fazer barulho para não chamar atenção da mãe; abriu a porta (que estava encostada) e desceu 2 lances de escada! O detalhe é que nessa época não havia grade nos prédios e a fuga poderia ter sido um sucesso se não fosse por um pequeno detalhe: o fugitivo estava descalço, era verão, sol de 42° no Rio de Janeiro, meio-dia; assim que colocou os pezinhos no chão fervendo da garagem, sentou-se e começou a chorar. A mãe, ao ouvir o choro, saiu em disparada pela porta, quase rolou escada abaixo de tanto desespero e agarrou o bebê.

Saidinho esse bebê, né? Aventureiro, que se lança mesmo, que quer liberdade, sair por aí!

Tenho a impressão de que estava querendo achar o caminho para Suécia! ;)

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Gran Ganga, Gran Ganga, él es de Teherán

Quem gosta do Almodóvar levanta a mão!

Esse filme é o Laberinto de Pasiones, de 1982. Historinha engraçadinha e meio sem pé nem cabeça: um herdeiro do governo de algum país muçulmano resolve soltar a franga e vai pra Madrid. Lá tem uma gente terrorista - com direito a foto da cara do Arafat grudada na parede - querendo matá-lo. Dentre esses, está o Antonio Banderas bebezinho, que transa com o assassinável sem saber...

Laberinto é um quase manifesto da Movida Madrileña, momento cultural espanhol que se inicia nos primeiros anos após a morte do Franco. O povo quis tanto comemorar que passou a se drogar loucamente, pela primeira vez o visual bicha espanhola colorida foi possível... Enfim, como todos podem imaginar, liberação total.

O que nem todo mundo sabe é que pouco cinema foi produzido na época. A grande agitação era mesmo musical. Daí eu mostrar a vocês música de Almodóvar e McNamara, em clipe retirado do segundo filme do Almodóvar, cantada pelo próprio e dublada pelo ator que eu não sei o nome.



Outra marca especialíssima da Movida é uma senhora chamada Alaska. Alguém aí conhece a Alaska? É tipo a Madonna espanhola, com a cota de breguice que lhe cabe, é claro!

A Movida deu à luz, inclusive, um programa infantil! O melhor que eu já vi na minha vida, diga-se de passagem. As crianças espanholas da década de 80 acabaram se tornando os espanhóis que, por exemplo, são a favor do casamento gay e de outras muitas coisinhas pra frentex nos dias de hoje...

Aí vai também a abertura da Bola de Cristal:

domingo, 28 de outubro de 2007

Sobre não saber nada

Postado originalmente no meu ex-blog "Memórias dum átomo" (Homenagem a João da Ega)
Thursday, December 29, 2005


Não tinha um meteoro entrando na órbita da Terra?

Procurei hoje ler sobre esse meteoro e só encontrei falando sobre um que cairia por aqui em 2019. Mas não havia outro para 2038 / 2048?

Esse de 2019, segundo o Observatório Nacional, não deve mais vir pra cá. Mas sei lá...

Pensei tanto sobre isso. Fiquei com tanto medo de morrer. Me deu tanta pena do mundo construindo e construindo coisinhas, todo dia o dia todo, pra acabar tudo num só momento. Porque uma coisa é você morrer sozinho, mas saber que tudo morre com você deve ser duro. Isso é coisa pra deuses suportarem, não eu.

Mas, se o mundo acaba e eu sobro com uns poucos, aí realmente eu vou ter um problema. Não haverá papel, lápis ou caneta, livros, cinema ou dvds, não haverá pcs ou internet. Na verdade, não vai ter muita gente, provavelmente, nenhuma lojinha. Ah, claro, acho que não vai ter muita comida. Nem Rivotril.

Devo ser estuprada diversas vezes por dia e certamente engravidarei. Como criarei meu serzinho das cavernas? Vou falar pra ele de como a vida era e não vou poder reproduzir nada pra ele porque tudo que sei parte de alguma outra coisa que surgiu de alguma coisa que um dia foi retirada da natureza. Eu sou usuária da terra mas não sei fazer nada diretamente dela. Não sei fazer papel, não sei fazer panela, não sei arranjar sal, não sei fazer máquina que faz carro, não sei fazer máquina que faz cd, não sei onde arranjar cada pecinha da tevê nem de que ela é feita. Não sei fazer nada pro meu filhote das cavernas, não sei nem como impedi-lo de nascer sem me matar junto.

É incrível como ando pelas ruas e eu não sei fazer nada do que tem em volta. Acho que isso deve ser ignorância.

Outdoor - tenho idéia de como se imprime, como se faz o suporte de madeira, mas não sei sobre as tintas, a cola e a maneira de colar. Além do mais, normalmente não sei muito sobre o que está sendo anunciado.

Carro - sei que anda com gasolina, com álcool ou com gás. Mas por que ele anda com isso eu não sei.

Rua - Não sei como fazer asfalto nem como fazer as máquinas que jogam asfalto nem as máquinas que colocam ele liso.

Céu - Não sei por que é azul. Já me explicaram, mas foi tão vago que eu acabei esquecendo.

Mar - Fico profundamente impressionada com o mundo subaquático. E, inclusive, tenho muito medo dele. Acho tudo absurdo, desde as ondas até a ligação da lua com a marés.


É triste, mas a verdade é que, se eu sobrar na Terra, vai ser um desperdício de pulmão, olhos, pernas, dentes... Certamente, seriam melhor aproveitados em outra pessoa.

Reactable – Uma das muitas coisas que nunca entenderei e vai me parecer místico

This instrument is being developed by a team of digital luthiers (Sergi Jordà , Martin Kaltenbrunner, Günter Geiger and Marcos Alonso), at the Music Technology Group within the Universitat Pompeu Fabra in Barcelona, Spain.

Introdução 1

Introdução 2

Live performance at Transmediale (Berlin, February 2007)

Amo quando a universidade se mostra interessada na sociedade. Professores no palco, nas empresas, na política. Mais legal é quando a sociedade se mostra aberta para as embasadas experimentações acadêmicas no palco, nas empresas, na política. Tão bonito isso, ai ai...

Campanha



Essa campanha foi feita pelo governo de Toscana e, claro, criou polêmica pelo uso de um bebê (foi descrita como fascista). Bom, se não fosse o bebê, seria qualquer outro motivo para se criticar e destilar preconceitos e intolerância. Particularmente achei a campanha maravilhosa.

Aproveito para postar um vídeo de outra campanha FOFÍSSIMA!!!

sábado, 27 de outubro de 2007

Gente Maluca 1 - Chris Crocker.

Ok a pessoa gostar da Britney, mas fazer a vozinha da cidade do interior não poder mais nem sair pra igreja é sacanagem.

Björk

Nem sei por onde começar.

Cara, há mais de dez anos acho que Björk é um dos maiores gênios da música de todos os tempos e, por mais que eu não goste muito dos 4 ou 5 últimos cds dela, a cada novo clipe tenho cada vez mais certeza disso.



Deve ser absurdo trabalhar com ela, porque ela parece dominar tudo, mas é impressionante acompanhar a carreira de alguém tão especial que graças a deus está até vivendo bastante para os parâmetros de um superstar. Faz 42 em breve, né, Marina?



Acho que posso considerá-la com facilidade o maior gênio da música da nossa época porque ela junta o mais experimental da música acadêmica com o maior sucesso de público. Chegando, em termos de "celebridade", perto de ícones do pop como Madonna ou U2, mas "soltinha das patas" a ponto de fazer um cd apenas vocal, de se apresentar com um sexteto de cordas e um dj, agora com a banda de trompas, bateria e djs e já ter se apresentado com uma banda enorme e cheia de instrumentos exóticos (como copos de água). Ela realmente experimenta qualquer coisa, até ganso. E consegue traduzir a música dela para qualquer instrumento, público ou mídia (porque os clipes dela costumam ser tão fantásticos quanto as muúsicas).

Exemplo:

Hyper-ballad Original

Hyper-ballad ao vivo com sexteto de cordas (o percussionista é o Naná??)

Hyper-ballad com instrumentos de sopro, da atual turnê, Volta (ontem no Rio foi surto coletivo meeeeeesmo, não foi essa coisa morna do Glastonbury ou do Coachella)

O show de ontem foi FANTÁSTICO. Melhor, creio, impossível... Tenho críticas à produção do Tim Festival, mas o show da "Bibi" superou minhas melhores expectativas. É um show bastante eletrônico, com maluquices ótimas (tipo chuva de papel picado, seres lourinhos uniformizados no palco levantando bandeirinhas e dançando como nerds e a dona do show vestida, segundo Juli e Marina, de Ferrero Rocher amassado fazendo dancinhas das mais surtadas; e fofas), iluminação maravilhosa e imagens ótimas produzidas por aquelas mesas-intrumentos.

Abaixo, vídeos de uma versão instrumental de "Earth intruders" e a enlouquecedora "Declare independence" (ao vivo com o morno público do Coachella), respectivamente, primeira e última músicas do show de ontem:

O início do delírio

O auge do delírio

Mais sobre o TIM Festival

Fui muito feliz ontem. :)

Marta e Rafa já disseram muito sobre os shows da Cat Power e do Antony... Bom, as melhores histórias que tenho pra contar são de bastidores, afinal, antes de chegar à Marina da Glória, eu e Marina já começamos a criar caso.

Estávamos tentando pegar a van que saía do Hotel Glória, mas ninguém sabia nos informar nada... Então avistamos uma van cinza onde estava escrito "Tim Festival Especial". Bom, a história é um pouco longa, mas o fato é que pegamos uma carona com o dono da empresa que transporta os artistas e durante o trajeto, é claro, ele nos falou um pouco sobre a antipatia da Björk, sobre o carro especial para transportar o cozinheiro dela e sobre a filhinha de 5 anos que havia chegado com a babá no dia anterior. Ah, gente, mas isso não interessa pra vocês, né? Bobeira...

Já na fila pra entrar, depois do nosso motorista particular ter furado fila de muitos carros, afinal ele pode, começamos a ouvir uma voz familiar vindo de trás... Uma voz feminina, carioca, bem marrenta e com a língua presa. Ah, sim, é a Jaqueline do vôlei de praia!! Na nossa frente, a acompanhante da Tamima, ex-percussionista da Cássia Eller, chamou a Jackie pra furar fila. Enquanto ela passava do meu lado, não sei porque, mas me deu uma vontade de falar... Aí eu fui e falei: "Ih, a Jaqueline tá furando fila!". Tadinha, deixei ela tão sem graça que nem era a intenção... Até insisti pra ela passar a minha frente, mas aí ela já nem queria mais...

Sim, aí entramos e tava no show do Antony, que foi muito bonito e tal... Ele é gordo, engraçado, feminino e canta muito bem. Aí começou o show da Björk, que foi foooooda, muuuuuito bommm, ela praticamente tocou a coletânea dela. E nós gravamos uns videozinhos bem amadores, mas que talvez proporcionem boas lembranças a quem foi. O problema é que nós vamos ter que editar, porque esse blog invejoso não deixa a gente colocar um vídeo inteiro com mais de 200mb... ¬¬

Portanto, por enquanto fiquem só com umas fotos mais ou menos:




Bom, e o restante a gente vai contando nos comentários dos outros, hehe... Tipo, alguém deu de cara com a Marina Lima e achou ela horrível? ;)

Tenho que falar

(abrindo os comentários sobre Tim Festival 2007)

O que é essa mulher, meu Deus!!!

Pediu pra ser linda, gostosa, simpática, carismática, fofa e doidinha e entrou na fila 354 vezes!!!!

Comecei o show lá atrás. Daí, assim que ela entrou e eu a vi com aquela gravatinha, senti que algo mexeu. Cheguei um pouco mais para frente. Ela começa a cantar e a dançar (gente... o que é a dancinha da Cat???). Cheguei mais para frente. Então ela se mexe de um lado para o outro do palco, olhando nos olhos do público, apontando o dedo, mandando beijinhos... fui mais para frente. Até que fiquei com medo de mim mesma e me segurei. Estava prestes a invadir o palco pra agarrar essa mulher!!

Geisy, ela te mandou beijinho???

A música? Ah... sim... boa música!

(foto tirada do site do Globo)

Impressões do Tim - parte 1

Caríssimas(os)!

Eu me atrevo a ser a primeira a compartilhar minhas impressões dos shows do Antony e da Björk, na expectativa de que as senhoras postem logo suas respectivas opiniões.

Antes de qualquer coisa, vamos combinar que os dois shows foram sensacionais por vários motivos.

Por exemplo, o Sr. Antony canta lindamente DE VERDADE! Não é o estúdio que faz aquilo,é ele mesmo! Eu nunca fiquei tão extasiada com uma voz em toda a minha vida - sim, as impressões dos shows serão todas muito exageradas.

Faz muitos anos que eu não ia a algum show sabendo cantar as músicas do artista. Passei bem uns anos de arroz de show de banda indie... Eu até gostava, mas nunca era REALMENTE fã...

Passada a minha fase sambística, passei a redescobrir as bandinhas sob outra perspectiva completamente diferente. Não precisava mais ir pras festinhas olhar praquela gente blasé mal-humorada: o eMule entrou na minha vida :D

Mas isso não tem nadinha a ver com os shows de ontem.

Vamos por partes:
O Antony estava lindo com aquela carinha de senhora! Amei as músicas! Abracei todo mundo ao meu redor e repeti algumas vezes que estava emocionada e que precisava de abracinhos pra expressar minha profunda alegria.

Mas poxa! 40 minutos de show? Me disseram que ele ia cantar 'I Will Survive': cadê? E o tal dueto com a islandesa?

Foi lindo, maravilhoso, mas deixou várias músicas lindas de fora.

E, senhor TIM, cadê o ar condicionado? A Virpi deve ter derretido muito mais que eu! E os artistas? Eu juro que os violinos estavam escorregando das mãos deles... Enfim.

Björk foi um acontecimento na minha vida!

Antes de qualquer coisa: música eletrônica é música!

Essa afirmação não é assim tão redundante e bocó como parece...

Björk foi MUITO feliz ao colocar aqueles telões mostrando os músicos trabalhando. Ela provou pra muita gente - eu acho que não era só eu que pensava assim - que música eletrônica é feita de instrumentos e não de simples botõezinhos sem vida...

E ainda juntou aquele corinho de mocinhas escandinavas tocando TROMPAS! Trompa é o instrumento sinfônico mais lindo, na minha opinião. Tem um som tão bonito e encorpado.

Eu li no jornal que o show teve direito a momento 'sai do chão'.

Fiquem vocês imaginando Björk-Ivete!

Aguardo as próximas postagens! Té

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Antony & The Jonhsons

O cara é bom, eu disse, eu disse.
Bird Gerhl.

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Se não tem Feist, vai de Cat Power

Esse post tem como objetivo central convencer a Rafa a não vender o ingresso do TIM. Olha só, a Cat Power tem até um clipe com senhoras lésbicas! Eu não sei se é oficial, mas eu gostei tanto... ;) --- o nome da música é The Greatest e eu chuto que vai abrir o show amanhã.



Agora olha esse... Vê só como ela dança legal!! :) --- essa é Cross Bones Style



E, por fim esse, de He War, que é uma das músicas mais legais! :D



Uma listinha de músicas bonitas pra quem quiser conhecer melhor:

1- Wild is the Wind (é uma versão de uma música da Nina Simone... Embora nem todos os covers dela sejam aceitáveis, nesse eu acho que ela foi perfeeeeita)
2- Metal Heart (ah, eu gosto muito!)
3- Nude as the News (foi a primeira que eu conheci e as pessoas geralmente gostam, hehe)
4- I Found a Reason (ah, eu tb gosto tanto...!)
5- Free (animadinha), Rockets (uma das primeiras) e He Turns Down (ai...)

Pronto! Todo mundo devia ir nesse show, principalmente agora que vão sobrar os ingressos dos fãs da Feist. :)

Vai fotografar a mãe!

A rebelde


(O Globo de hoje)

Em homenagem à mais nova desertora do Tim Festival

Eu ainda não acredito que a Feist cancelou o show do Tim Festival...
Eu esperava ansiosamente desde agosto.

Só nos resta lamentar e pegar o dinheiro de volta...

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Genealogia

O pai

A mãe

A filhita

A filhota

A filha

A filhaça

O netinho

O neto

O netão

A neta

O ganso

Top 10 de coisas e pessoas que a gente não sabe ou esquece que são dinamarquesas.

1. Skype. Criado por um sueco e um dinamarquês, o Janus Friis. O mesmo cara que criou o KaZaA.

2. Niels Bohr. Lembram do átomo de Bohr nas aulas física? Pois eu não, só lembro do nome.

3. Hans Christian Andersen. Autor de O Patinho feio, A Pequena Sereia, entre outros. Tenho lido os contos dele em versão original e não estou achando nada infantil. Bem assustador, na verdade. A Pequena Sereia morre no final e vira espuma no mar.

4. Lego. O nome deriva de leg godt (lai got), significando "brinque bem".

5. Hamlet. Shakespeare baseou sua peça nos escritos medievais do dinamarquês Saxo Grammaticus, autor da estória supostamente verídica.

6. Søren Kierkegaard. Sim, o chamado pai do existencialismo. O sobrenome dele significa cemitério. Irônico, não?

7. Dogma 95. Criado pelos diretores dinamarqueses Lars von Trier e Thomas Vinterberg.

8. Nordisk Film. Produtora de um monte de filme bom, prestem atencão nos créditos. Foi a primeira companhia de filmes do mundo.

9. Connie Nielsen. Uma atriz bonitona que estrelou em vários filmes. O mais conhecido é Gladiador.

10. Aqua. Era disso que eu estava falando quando disse que a cena musical aqui é muito estranha.

Desabafo

Caramba!!! O túnel Rebouças pode ficar fechado até sábado, segundo as previsões dos técnicos! Como eu moro do lado de cá do túnel, na terra de Noel, minha vida acaba sem ele. Levo 20 minutos de ônibus para chegar ao Parque Lage (onde estudo) e agora levarei o quádruplo do tempo, no mínimo!

Mas esse acontecimento me fez lembrar de como gosto do Rebouças. Tenho uma ligação afetiva com ele, pois desde pequena o utilizo constantemente para ir a Ipanema. Quando eu era criança, adorava passar pela segunda galeria (primeira de quem vem da zona sul) pela sua extensão. Eu viajava...

Bom, alguns dados do caos de hoje no Rio de Janeiro: cerca de 5 mil toneladas de terra fecharam o Rebouças; em uma manhã, choveu o equivalente ao normal para 45 dias; a previsão é que só pare de chover na sexta (será que Bjork trouxe barquinho?); a prefeitura recomenda que as pessoas só saiam de casa quando o túnel for liberado (então tá).


Músicas que combinam com chuva

Adorei a idéia! :D

Foi tão difícil escolher a minha... Fiz uma lista das melhores músicas pra um dia diluviano como esse e aconselho fortemente, pois acabei lembrando das músicas mais bonitas do mundo. Eu não sou uma moça deprimida, mas minhas músicas preferidas são!

5- Portishead - Roads
4- Beth Gibbons - Sand River
3- Cure - Lovesong
2- Interpol - Hands Away
1- Goldfrapp - Paperbag (é essa aí embaixo, na versão live, com a Alison na versão sexy)



Agora não vejo a hora de fazer sol pra eu poder postar minha nova lista! :)

Para este lindo dia de chuva (e caos total no Rio)

terça-feira, 23 de outubro de 2007

Lado C

A cena musical de Copenhague é uma coisa estranhíssima. Só fica grande e conhecido quem é uma merda. Tem um monte de gente que faz música boa, mas está todo mundo morrendo de fome, sem nem um videozinho no youtube. Conheço alguns desses talentosos famintos e estão todos no myspace. Animam dar uma olhadinha?

Ramble. Esses são os meus ex-vizinhos, a Isa e o Rasmus, que pararam com esse negócio de música porque tiveram um filhinho recentemente e , como eu já disse, música boa aqui não enche barriga. Ouçam "Ramble".

Youish. É uma dupla. O Mika, metade dinamarquês e metade judeu americano. O Igor nasceu aqui, mas os pais são Iugoslavos. São só violões, mas o Niko contribuiu com o baixo em algumas faixas. Ouçam a música Diamonds.

Jazirkus. O tecladista, Kristoffer, é um amigo que conheci ainda no Brasil. A vocalista é a mulher dele, a Sophie. Eles gravaram a primeira demo como presente de natal para os pais e não conseguiram parar por aí. Ouçam a música Underground, que é a melhor.

Clara Sofie. A voz dela é muito boa. Ela canta um outro estilo, um pouco mais pra black music, que é bem comum aqui. E o Niko faz parte da banda. Ouçam "Hvor gik alting galt".

Olha a Björk aí, gente!


Bem que a Marina me chamou pra ir na estréia do filme "O Passado" ontem, no Odeon... Além de eu estar doente, não poderia imaginar que ia rolar uma participação especial simplesmente da Björk! :-|

Pra quem não mora mais no Brasil (né?), explico: sexta-feira ela vai se apresentar no TIM Festival, e no mesmo dia a gente vai poder ver Feist, Cat Power e Antony and the Johnsons. Eu vou ver todos! E dá-lhe antibiótico! :)

Chico

Eu não tenho qualquer ligação íntima com o espiritismo nem com qualquer outra religião/doutrina/filosofia. Acontece que, passeando pelo Youtube, achei alguns vídeos dum programa chamado Pinga Fogo, de 1971, e parei pra ver o Chico Xavier falando. Eu pensava, na minha santa ignorância, que ele fosse um Zé Bonzinho. Mas ele pensava, articulava e argumentava de uma forma incrível. Ah. Ele não tinha o 2o grau, 'a título de informação'.
Fiquei pensando, cá com my bottons, que podiam descobrir que tudo isso é verdade, que é cientificamente comprovado. Seria manêro.

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Outro Comercial dinamarquês

Um dos meus prediletos!
Traducão: lembre-se do poder das flores.

Oremos

sábado, 20 de outubro de 2007

Meu divertidíssimo trabalho

Como alguns sabem, eu trabalho de garçonete em um restaurante, o Spiseloppen. Mas não é qualquer restaurante, é um lugar muito especial e estranho.
Já ouviram falar na Christiania? Em curtos termos, Christiania é uma sociedade semi-independente, em caráter experiemental há mais de 30 anos. O território que eles ocupam era uma base militar murada na área central de Copenhague. É um lugar incrível, com muita história, gente de todo tipo, ruas de terra onde só pedestres, bicicletas e cavalos circulam, bares, cafés, casas de música, muito cachorro solto, muito haxixe e maconha, muito hippie velho estranho e outras coisas estranhas.
Eu trabalho no restaurante principal da comunidade, onde eles servem um tipo de prato do dia pros locais por um preço bem razoável. Mas é um restaurante fino: a comida é cara, muito boa e o lugar é uma atração na cidade. Eu adoro trabalhar lá porque o clima é ótimo e porque é uma cooperativa, eu não tenho patrão. É, tem uma ex-modelo bêbada maluca que trabalha lá há uns 20 anos e é responsável pelo salão. Mas ela não manda na gente. Ela só grita com todo mundo, bebe mais, grita de novo, manda todo mundo se fuder, cheira um pouco, fuma um pouco e fica neurótica, achando que todo mundo está falando mal dela. O que não é de todo neurose. Ela é ótima, me mata de stress e de rir depois. Mas hoje ela não estava lá e a atração foi uma outra senhora, uma freguesa.
Ela chegou com cara de problema. Imunda, um machucado no nariz já com casquinha, sua própria taça de vinho, uma suposta filha a tira-colo e muito, mas muito bêbada. Sentou, claro, na sessão dos Christianites, pediu o prato do dia, comeu. Como eu atendo a área dos forasteiros (os não locais, as famílias e turistas), eu não tinha prestado tanta atenção nela, até que eu vejo um certo fuzuê, um senta-e-levanta, e meu colega, o Berthel, desorientado, abrindo e fechando o caderninho de contas. É claro, é óbvio que ela não tinha dinheiro para pagar. Como sempre. Disse que não precisava porque é amiga da tal ex-modelo. Então ela volta pro seu lugar, ouve um pouco de música, bate muita palma e relaxa. Um pouco depois o Berthel chega no meu ouvido e diz: "Eu acho que ela mijou no chão, ai. Olha lá." Havia uma poça misteriosa imensa saindo da cadeira dela e escorrendo em direção às mesas dos turistas! Xixi, cerveja, xixi, cerveja?? Então ela levanta, o cheiro levanta junto e a gente vê as calças dela completamente molhadas. Meu colega entrou em desespero, mas ainda morrendo de rir, porque lá é assim. Depois ela começa a trocar de cadeira, molhando todas, uma coisa sem conexão com a realidade. Ai, Jesus, isso só acontece no Spiseloppen... O Berthel pegou umas luvas de borracha, um monte de pano de chão e quando ele estava agachado, limpando o xixi alheio, a velha olha pra baixo e diz: "Enche meu copo de vinho!"
De graça, claro.

Tegan and Sara - Living Room

Postei esse vídeo influenciada pelo último post da Marta e a vozinha muuuito doce da Joanna Newsom (que eu gostei muito!!!)
Essas gêmeas são Tegan and Sara. Elas são canadenses e fazem parte da minha recém descoberta paixão pelos Canadá.:)
Eu adoro essa música justamente porque ela é muito folk e porque eu acho que apesar desse sonzinho de fazenda-floresta (banjo???), dá pra ouvir que elas têm um certo something-edgy-going-on.
Outra música boa é Walking with a Ghost, que o White Stripes regravou.

Joanna Newsom



Joanna Newsom é uma harpista norte-americana cuja música vem sendo rotulada como psych folk, seja lá o que isso queira dizer (o importante é ter um rótulo não é mesmo?). Ela fez um show aqui no Brasil no início de outubro em - adivinhem onde? - São Paulo, num evento chamado Solitude-Vozes Femininas (a inteira custou 25,00!!!!!).
---
É, eu gosto de coisas estranhas: música, filmes, pessoas. Ainda postarei algumas estranhezas da terra onde eu deveria ter nascido: a Suécia.

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Mp3?

Eu não sei se acontece com todo mundo ou só comigo.

É mais provável que aconteça com todo mundo.

Depois do advento Emule, RapidShare (e genéricos), eu nunca mais baixei Mp3.

Nunca mais tive o trabalhinho de baixar faixa por faixa!

Agora só baixo .rar!

Tem disco de todo mundo inteirinho...

O problema é que a nova moda é baixar discografias.

Se você quer baixar Manu Chao, por exemplo, você não vai baixar um Mp3, muito menos um disco: você baixar TODA a discografia!

E sabe no que dá?

Você NUNCA vai conseguir ouvir tudo que baixou! Aquelas 133 horas de Smiths? Inúteis!
Aquelas 85 horas de Jorge Drexler? Lixo!

Enfim... Pra quem ainda não conhece: Discografias no Orkut

ps: Quem tiver senha do RapidShare, favor compartilhar discretamente...

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Sabe o que é ukulele?

Então, essa é a Ukulele Orchestra of Great Britain (DVD Anarchy in the Ukulele).

Minha preferida deles (Satellite of love - Lou Reed):


Preferida da Ju (Life on Mars - David Bowie)


Preferida de mamãe (Quando ela viu, ao mesmo tempo, cada integrante cantando uma música, ficou tão ensandecida que me fez escrever um e-mail para César [Maia, prefeito do Rio] pedindo que ele trouxesse essa turnê pro Brasil...)

Este blog me dá coisas... (Dr. Chapatim, é isso?)

Quero expor que estou apaixonada por este blog, tenho vontade de postar tudo que me vem a mente e ficar respondendo eternamente os comentários todos, mas não tenho tempo nem pras "top 5". É duro admitir que é um péssimo "gerenciador de tempo", mas é o que eu sou... Quero fazer tudo ao mesmo tempo, não termino nada e fico culpada até dormir.

Bem, o que faço para me safar dessa angústia é "no dia seguinte" produzir 3 vezes mais do que eu precisava ou me achava capaz, mas tenho certeza de que esse esforço é coisa de burro que fica tentando compensar uma bobagem se martirizando.

Cu.

O fato é que agora tenho curso de inglês e amanhã volto a trabalhar.

(Obs: a Você S/A que eu comprei era sobre gerenciamento do tempo. To tentando de tudo, só falta a macumba...)

Peter, Bjorn and John - Young Folks (Suécia)

Eu adoro essa banda e quero saber se chegou ao Brasil, se vocês gostam, se acham irritante, ou o quê. É porque aqui estava tocando bastante em uns lugares bacanas, e ninguém do Brasil comentou sobre eles comigo..
Obrigada. :)

Holophonics

É pra ouvir com headphone.
O Pink Floyd (e mais uma gente) já usou essa técnica em músicas.
Barbearia: http://media.noob.us/virtualbarbershop.mp3

Indexed

Quando a Cindy convidou pra escrever no blog, eu me animei! Li a descrição do blog e achei ótimo. "Finalmente vou ter um jeito de compartilhar o lot of coisas geniais (e as não tão geniais assim) que eu encontro na internet", pensei.

Uma dessas coisas geniais é um blog de uma moça que não escreve praticamente nada, ainda que faça algumas ótimas e irônicas reflexões. É o seguinte: ela resume seus dilemas existenciais a diagramas matemáticos.
Sabe conjuntos? Gráficos, eixo x e y... ?
Pois é assim!
Ela faz ótimas considerações desenhando retas e conjuntos. Tão ótimas que ela tá até famosa. Começou a vender camisas, essas coisas que blogueiro famoso faz...

Com vocês, INDEXED!

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Qualquer coisa: Vipar

Já chego com gracinhas... para descontrair.

Reparem nas frases "A temperatura ideal no local certo" e "instalador autorizado".

Enfim...

Gossip do bom

Vocês acordam quando ouvem música boa no mp3 player?

Que que faz a gente despertar quando ouve música boa? Faz tipo TIN! e a gente acorda.

Achei só um trechinho da música sobre a qual tô falando. O nome é Coal to Diamonds, do Gossip.

Comercial dinamarquês antigo

Ih, fudi tudo. Aqui está o link para o vídeo. Postar direto do youtube ainda é um processo muito complicado pra mim...

http://www.youtube.com/watch?v=20RghvogSDM

Essa era uma das referências que eu tinha daqui antes de vir. Ai...

Nota: Ekstra Bladet é o nome do jornal. E a frase do final significa: Que bom que existe Ekstra Bladet!

Obrigatório!!!

Vitalic - Poney Part 1

terça-feira, 16 de outubro de 2007

A direita e a esquerda de mim – volume 1

Caso eu não fosse uma pessoa "hmmmmmm complexa", acho que eu diria que essa é uma das crises mais recorrentes que tenho. Ela ficou mais forte quando comecei a trabalhar em uma grande empresa, mas, na verdade, desde que comecei a trabalhar ela já se insinuava.

Digamos que tudo na minha vida foi arquitetado de forma a me fazer não ganhar dinheiro e, principalmente, a achar que não tinha MESMO como ganhar dinheiro de maneira honesta (coisa com que todo pobre deve se preocupar). Percebam: minha criação foi toda na Baixada Fluminense (isto é, nem eu nem toda a minha família temos "altos contatos" no mercado, em nenhum mercado), não tenho o inglês fluente até hoje e quando tive a oportunidade de mudar essa situação escolhi fazer Letras na "marxista" UFRJ. Tempos depois, vi essa decisão como uma espécie de "tiro de misericórdia" do tipo "já que é pra me foder, vou me foder T-O-D-I-N-H-A".

Agora, porém, tenho uma visão mais positiva de minhas escolhas: acho que fiz a faculdade certa na universidade certa, pois lugar nenhum no Brasil, e talvez no mundo, poderia me preparar para ser editora de livros. Mas o que ainda me perturba bastante é essa minha falta de preparo para o chamado "mercado". Sei que é pecado dizer isso, mas eu não posso mais esconder que não me sinto à vontade com margens de lucro altas, produtos que causem riscos à saúde ou que sejam feitos a partir da degradação da natureza. Sendo mais direta, eu não me sinto à vontade com o modelo de empresa lucrativa que temos hoje e desconfio de tudo que tenha as palavras "sustentável" e "sustentabilidade"!

Só que essa mesma alma, eu, porém, comprou hoje a Você S/A por pura e espontânea vontade (e já fez isso outras vezes e tb comprou livros sobre estratégias de negócios, "desenvolvimento pessoal", liderança, gerenciamento de pessoas, tempo, qualidade...), faz mba em gerenciamento de projetos e busca construir uma carreira sólida e "brilhante" dentro do mercado editorial. Pensa também em como atingir a excelência nos processos, em como mensurar qualidade editorial e em como gerenciar o tempo de forma que possa realizar nos próximos 15 anos tudo que anotou em uma planilha devidamente guardada e atualizada.

Fico brincando de metonímia, fingindo que a parte não faz o todo, mas, minha esquerda faz questão de desmascarar isso dizendo que, porra, é óbvio que a parte já é o todo em essência. Eu sou um gene da empresa, eu contribuo para que ela seja como se apresenta. Mas minha direita acha que eu sou comunista e acha que se o todo tem uma parte como eu é porque esse todo já foi contaminado por pensamentos subversivos.

(A ser continuado...)


Papo(s) de mulherzinha(s)

Vindo de mim, não espere coisa que preste.

Bom, esse post é meio pessoal, mas talvez alguém se identifique... Só queria dizer que descobri que tenho TPM. Não, gente, desculpa, eu não descobri finalmente porque sou grossa... Eu só descobri porque tenho mais vontade de brigar e bater pelo menos 3 dias por mês. Hoje fui discutir a estrutura da minha dissertação com meu orientador. Voltei cheia de idéias, foi realmente muito bom. Estava pensando justamente nisso quando ela chegou. Não sei como começou, mas enquanto fritava um bife lembrei de uma de minhas discussões de 5 ou 6 anos atrás e senti meu rosto ficando vermelho. Eu sei que isso não é normal, mas só conseguia pensar que minha crueldade foi pouca naquele dia. "E como você sabe que é TPM, se você já é assim normalmente?" Aí é que tá a novidade (pelo menos pra mim, novata na descoberta do fenômeno): quando passa a explosão, tudo volta ao normal, a raiva passa, os pensamentos rendem de novo... Enfim, é foda se dar conta de que sua vida é regulada por hormônios. Não tem essa de "alma evoluída" e "natureza ruim". São só genes, que sintetizam proteínas, que vão agir em algum lugar e te provocar alguma reação. Tem gente que chora, tem gente que briga e tem gente que continua a mesma coisa. Pra mim, só o que mudou foi a receita da sopinha hormonal e a combinação com os receptores de membrana. ¬¬

Talvez alguém me entenda... (entonação de beagle carente)

+

Agora um toque prar lérbica:

Passou no Festival do Rio um filme chamado "Ninféias". Apesar do nome, eu fui ver e, por mais incrível que possa parecer, o filme é muito legal. Pra quem gostou de "Amigas de Colégio", vale muito a pena. Pra quem não mora mais no Brasil (né?), o filme no original se chama "Naissance des Pieuvres" e teve críticas boas na França (oh!).

Falei sobre ele só pra poder postar um videozinho também. :)



Eu gosto tanto dessa musiquinha... Tô cafona??? Pode falar!!! :-|

Amy Winehouse - Fuck Me Pumps



"Without girls like you, there's no nightlife... All those men just go home to their wives..."

Como eu dizia, Amy Winehouse antes de ficar magrela drogada tatuada esquisita sinistra. Acho ela uma graça assim, com carne.

***

Tava hoje vendo um filme. O nome da atriz é Anna Magnani, eu acho.
Parece parente da Amy.
Alguém além de mim nota a semelhança?



Don´t

Sleeping in public is for homeless junkies and dead people.

De cu é rola

Alguém sabe donde veio essa expressão?

Dois dias

25/07/06
A luz das velas formam no teto dois círculos cheios em constante movimento. Brigando entre si. Parecem duas luas cheias. Como a que o mar refletia hoje quando eu fui dar um mergulho rápido. Três ou quatro, na verdade. Depois eu fiquei sentada na areia do fundo do mar. Sentada mesmo, de pernas cruzadas e tudo, com a água até o pescoço. O mar aqui é muito tranquilo: sem ondas, sem correntes, sem profundidade, sem buracos inesperados, sem animais ameaçadores. Às vezes aparece umas águas-vivas de cor vermelha. Queimam. Vira um acontecimento. Sai nos jornais, os vizinhos comentam, os banhistas se cagam de medo.
Mesmo sendo tudo calmo e constante, os cidadãos são medrosos. Têm medo de cachorro, de salmonela, de ir muito longe quando no mar, de pegar gripe por causa de janela aberta, de nadar à noite, de doença, de morte. Gente frágil...
Águas-vivas são acontecimento, mas alguém que se matou pulando nos trilhos do trem nem ganha nota no jornal. Isso já aconteceu duas vezes desde que cheguei aqui. O tráfego ferroviário se embaraça, os trens atrasam e os alto-falantes só dizem que houve um acidente na estação tal. Ninguém comenta, mas todos sabem que foi suicídio. Mas eu não consigo esquecer. Quero saber se era um corpo que me fazia chegar atrasada ao trabalho, se o maquinista viu a cara do suicida, quem era?

26/07/06
Hoje eu fui queimada por uma água-viva. O Niko, que mora aqui desde que nasceu, disse que nunca conheceu alguém que foi queimado por uma água-viva.

Antes de viajar...

... certifique-se de que você conseguirá completar suas horas, fechar seu dia com o que o lugar escolhido tem a oferecer.

Sobre Ilha Grande e a ansiedade que fez nascer o blog.

Fomos eu, Cindy e nossos equipamentos para mergulho. O plano era bom: a gente acorda, toma café, pega um barco, conhece os lugares lindos, vê peixe e estrela-do-mar, volta, toma banho, come e dorme. Só que a soma dessas horas resulta em algo por volta de 10h/dia, acabando às 20h. A gente não dorme esse horário. E a ilha não oferece mais nada além de barco e meia dúzia de restaurantes que fecham cedo. Somos pessoas ansiosas, mas que ainda riem da ansiedade. Rola daqui, rola de lá e já era hora de pegar outro barco e continuar saculejando pela ilha. Lá a gente saculeja pra andar, pra fazer trilha, pra entrar no barco, dentro do barco, com as ondas no mar, na areia da praia. Que vontade de estabilidade, de bolinha de gude paradinha na tabuinha.
Passamos nove horas dentro de uma lancha para nove pessoas. Um casal quase morreu de tanto vomitar. E, convenhamos, não dava para ignorar o fato de duas pessoas estarem MUITO mal do nosso lado. Meu sistema empático, simpático e até o antipático nunca tinha visto uma pessoa descolorida. Eu sabia que ainda saculejaríamos por pelo menos mais seis horas.
Me pirdi no texto. Mas, ahn.
Acho que queria era contar que a viagem não foi como queríamos, apesar de tudo ter acontecido da forma que planejamos. Porque muita gente quis saber. E porque eu não sei mais como dizer 'gente, não vale a pena', quando tudo diz o contrário do que eu queria dizer.

Amy Winehouse

Estava toda animada no meu vício (Youtube) tentando descobrir qual seria o melhor vídeo da Björk dessa turnê que chega ao Rio daqui a duas semanas, Volta, e então eu clico na imagenzinha errada e finalmente vejo Amy Winehouse cantando!

Nunca tinha visto! Já tinha visto sem dente, com a mão pingando sangue, com a cara toda borrada, toda arranhada, com cara de vampira insana saída diretamente das trevas sem nem mesmo pentear o cabelo ou escovar os dentes que ainda tem e até o pai da futura defunta eu já vi, mas ela cantando foi a primeira vez; e achei bom mesmo, Rafa!

Caso exista alguém na mesma situação que eu, veja o vídeo da premiada música "Rehab" do premiado último álbum "Back to Black" da premiada pobre alma de 24 anos que daqui a pouco só poderá ser encontrada por meio do jogo do compasso:

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

The Organ - Brother

"Sou burra mas tô na moda"

Foi a última frase que ouvi de Giselle, a aluna mais popular do colégio. O ano era 1996, estávamos então na 8ª série.

Aos 18 anos, ainda sem conseguir terminar o ensino fundamental, desistiu e foi buscar emprego. Giselle tornou-se promoter de um salão de beleza. Ganhava pouco, mas o suficiente para comprar seus cremes. A pintura no cabelo saía de graça, o que considerava a grande vantagem do novo trabalho. Loira e quase sem celulites, logo foi descoberta por um olheiro da Nielly, que a convidou para posar em um catálogo de tintas. Semanas depois, fotografava pela primeira vez como modelo. As fotos foram feitas em Muriqui, local que ela sonhava conhecer desde a infância. O trabalho lhe rendeu quase o dobro do que ganhava por mês no salão. Assim, resolveu apostar na nova profissão.

Durante cinco anos, a vida teimou em sorrir para Giselle. Como modelo, conseguiu poucos trabalhos: uma figuração em A Praça é Nossa, um folder de banco divulgando o novo programa de empréstimos para as classes D e E e algumas bulas de cosmésticos foram seus momentos de maior sucesso. Com pouco dinheiro e as dívidas se acumulando, Giselle finalmente se deu conta de que havia seguido o caminho errado da vida. Pensou no passado e na falta que os estudos hoje lhe faziam. Com uma boa formação, dizia, eu poderia ter um bom emprego, juntar algum dinheiro e, quem sabe, abrir um negócio próprio no futuro. Giselle pensava e sonhava, enquanto seus olhos amendoados brilhavam só com a possibilidade de, um dia, ter sua própria agência. Não se sabia se de modelos, viagens ou grupos musicais, mas isso ainda não importava. O que importava era a decisão tomada: se matricularia em um supletivo e, em no máximo um ano e meio, estaria pronta para ingressar na faculdade de Administração de Empresas.

Felicíssima com a decisão tomada, tratou de se preparar para virar inteligente. Os cabelos voltaram a ser castanhos e crespos, as roupas assumiram tons pastéis, a revista Caras foi trocada pela Veja ("indispensável", repetia) e até um óculos de grau foi providenciado. Tudo exatamente como diziam os filmes, sem esquecer os cuidados com a alimentação: passou a consumir peixes, pois descobrira que seu grande ídolo, Chico Anísio ("simplesmente um gênio!"), se destacou da maioria dos nordestinos por este hábito cultivado desde a infância.

Com sua obstinação peculiar, mergulhou nos livros para recuperar o tempo perdido. Acordava todos os dias às 6 horas da manhã e só ia dormir de madrugada, depois do Programa do Jô. Uma maratona que conseguia seguir à risca por ter uma meta: o sucesso. Não perdia um só capítulo de O Aprendiz e chegava a tremer quando via na TV o sorriso de Roberto Justus, para ela dono dos dentes mais bonitos do Brasil. Justus, por sinal, era seu maior objeto de desejo. Se Diogo Mainardi concorria com ele em termos de inteligência, não se podia dizer o mesmo em relação ao charme. Para Giselle, Roberto Justus (ou apenas Roberto, como gostava de chamá-lo) era um sonho de homem, uma maravilha de ser humano, um exemplo de cidadão e, acima de tudo, um alvo a ser fisgado.

O tempo passou rápido e Giselle, em agosto de 2003, pôs as mãos no comemorado diploma de ensino médio. No sábado seguinte, fez um vestibular e, uma semana depois, via o resultado: 7º lugar, entre 21 candidatos ao curso de Administração na maior universidade privada de Belford Roxo! Um resultado que a fez chorar de emoção, como nunca, pois sabia que ali começaria a se concretizar seu sonho. Sim, tinha sido aceita em um grupo seleto que reunia a nata da sociedade belforroxense!

Na aula inaugural, o reitor da universidade, senhor de reputação inabalável mesmo após a injusta cassação do mandato de vereador ("pura inveja"), tratou de inflar ainda mais sua auto-estima quando disse à turma que ingressava: "Parabéns! Vocês foram aceitos em uma das melhores universidades do país! É um orgulho, para mim, dar as boas-vindas àqueles que formarão a elite intelectual da sociedade brasileira!". Olhos marejados, Giselle aplaudiu de pé ao fim do discurso de 4 minutos. Naquele momento, parecia que sua vida toda passava rapidamente em sua cabeça, como em um filme: a infância conturbada, a adolescência precoce, as paixões fugazes, o abandono da escola, a aposta na carreira de modelo... Tudo tão veloz, veloz, veloz...

Foi emoção demais para Giselle. Não se sabe ainda o que houve ao certo, mas naquele momento seu coração parou de bater. Aos 23 anos, morreu Giselle, "uma heroína", disse sua melhor amiga, "exemplo maior de perseverança", disse sua tia, "uma mente privilegiada", disse o pastor da igreja onde foi velada.

Ganhou nota de falecimento em O Dia.

Apresentação

Tive a idéia de criar um blog na sexta passada (12/10/2007) quando estava na praia de Lopes Mendes (em Ilha Grande – RJ) com a Ju e estávamos achando tudo uma merda. Combinamos que tentaríamos ver tudo com "olhar de jornalista" para poder contar para os outros o que fazer e o que não fazer em Ilha Grande, afinal precisávamos de um razão para estarmos fazendo algo que não estava nos agradando muito...

Bem, agora, criando de fato o blog, decidi convidar todo mundo que sei que gosta de escrever para compartilhar nossa válvula de escape. Não há limite para tamanho ou quantidade de posts ou tipos de assunto, escrevam quando, como e sobre o que quiserem. Acredito que isso nos trará o caos, mas estou predisposta a pensar nisso só depois.

Espero que assim tenhamos um modo de nos aproximar ainda mais, apesar de já sermos quase todos amigos "de longa data", mas espero ainda mais que possamos trocar informações úteis e engraçadas com maior freqüência do que podemos fazer em noss cotidiano "não-virtual".

Espero que funcione. Mas, se não funcionar, ainda seremos amigos! :D