sexta-feira, 9 de novembro de 2007

Eds

Edward Hopper - Summer Interior - 1909


A lista da Juli sobre pintores me fez pensar. Comecei a lembrar os artistas de quem gosto e o motivo de gostar. Reparei que me atraio pelas pinturas que me fazem sentir. Ok, esse é o motivo das artes, fazer sentir. Hum... as palavras não saem. Sorry.

Voltando, lembrei que dois dos meus pintores favoritos fazem obras impactantes. Cada um a sua maneira: um mais introspectivo, mais sutil e, talvez por isso, extremamente forte, e outro mais expressionista, visceral. São meus dois Eds. O Edward e o Edvard. O Hopper e o Munch. O nova-iorquino e o norueguês.

E sobre O Grito (de Munch):
“I was out walking with two friends - the sun began to set - suddenly the sky turned blood red - I paused, feeling exhausted, and leaned on the fence - there was blood and tongues of fire above the blue-black fjord and the city - my friends walked on, and I stood there trembling with anxiety - and I sensed an endless scream passing through nature.”

That’s it.

Edvard Munch - Madonna - 1893/94

6 comentários:

Rafiux disse...

O que eu acho interessante de observar é que estes dois são de épocas tidas como 'de transição' de movimentos artísticos. Não eram propriamente modernistas ainda... Os 'manifestos' ainda estavam sendo escritos... Baudelaire ainda andava por Paris enchendo a cara...
Muita coisa boa se perde nesse meio, no 'pré'-alguma-coisa.
++++
Hopper me deixa sempre com um certo gostinho de solidão, como aquele do café 'Philies'.
Essa eu não conhecia e é lindíssima, Marta. :***

marta disse...

Ah sim... épocas de transição...

Vc falou muito bem: pre´-alguma coisa. Não é nem lá nem cá. Quer dizer, na verdade é alguma coisa, mas pela obrigatoriedade de se nomear e regrar, o que acontece nesse espaço de tempo acaba meio que perdido, muitas vezes com grande injustiça.

ih.. viajei... rss... desculpe...=)

As pinturas de Hopper são de uma solidão incrível. Não consigo não ficar em silêncio vendo um trabalho dele. Mesmo que ele minimize essa característica, o que fez em algumas de suas entrevistas, não tem como não ver isso ou sentir isso.
Mesmo em quadros em que 2 pessoas estão sentadas, uma de frente para a outra num café, sentimos que elas estão solitárias.

:*

Juliana disse...

que coisas bonitas, meu deus. bonito tb vcs discutindo aqui em cima.:))

Rafiux disse...

Pode crer, Marta! Ele é quem melhor expressa essa "solidão de dois"... Lindo, lindo!

Rafiux disse...

ps: Não acho que vc tenha viajado... ;)

marta disse...

=D