domingo, 30 de dezembro de 2007
Feliz 2008
"Feliz 2008! Que tudo seja lindo e paz. Que no próximo ano a gente coma menos miojo e tome mais picolé. Que a gente veja mais borboletas e ande descalço, que eu adoro andar descalça quando saio da praia nas pedrinhas portuguesas. Que a gente leia mais e vá mais ao cinema, teatro, praia. Que a gente tenha menos dor de cabeça. Que a gente tenha tempo pra ficar sem fazer nada. Que a gente tenha rede onde ficar sem fazer nada. Que a gente tenha um bigbrother com pessoas bacanas e que a gente não tenha vergonha de gostar de bigbrother. Que a gente faça coisas legais e que o ano seja bacana. É isso. :) "
quarta-feira, 26 de dezembro de 2007
terça-feira, 25 de dezembro de 2007
Marta e sua namorada
P.S.: Bem que a Marta (a minha, a sua, a nossa Marta, hehe) disse que tinha uma ligação forte com a Suécia... Agora eu entendo...
segunda-feira, 24 de dezembro de 2007
sábado, 22 de dezembro de 2007
sexta-feira, 21 de dezembro de 2007
Férias de quase tudo
- De quem é essa impressão?
- Conseguiu ler o trabalho? A gente tem que imprimir hoje pra levar pro professor amanhã.
- Vai almoçar aonde?
- Viu a wbs?
- PC1.
- Fecha a guarda.
- Viram o e-mail que recebemos?
- Vai na troca de kruang?
- Isso não tá no PMBoK nem em nenhum outro guia, isso é prática.
- Acha que entrega esse livro no prazo?
- Chapter one.
- Já enviou pro marketing?
- Base, guarda, movimentação.
- Me repassa esse e-mail?
- Chapter seven.
- Vai ser Tio Cotó mesmo?
- Puta merda, ele não devolve o capítulo!
- What composition??
- Bom dia, bom dia, bom dia, bom dia, bom dia, boa tarde, boa tarde, boa tarde, boa tarde...
- Esse não é o conteúdo desse módulo!
- Já liberou o miolo?
- Entra mais o quadril nesse chute.
- Vai pedir algum suco?
- Page one hundred five, grammar.
- No primeiro horário? Ok.
- Dois jabs, um cruzado de direita, um cruzado de esquerda, cotovelada de direita e pisão com a perna da frente, ok?
- Cindy. Meu nome é Cindy. Cin-dy, cê, i, ene, dê, ípisilon. Isso. Cindy.
Entrando:
- Que horas são? Cacete, dormi dez horas seguidas!
- Vai fazer alguma coisa hoje?
- Po, fiquei lendo atééé dormir.
- Tô indo aí.
- Mais cerveja? Ok.
- Tá vindo pra cá?
- Vamos dormir, bb?
- Em que altura vc tá?
- Posso pegar o snorkel?
- Tão jogando o quê?
- Vou dormir mais um pouco...
O Natal – Meu pânico
- Vontade de ser incomunicável
- Vontade de correr muito rápido sem parar chorando copiosamente até ficar livre novamente
- Vontade de chorar de medo abraçada às pernas
- Claustrofobia
- Vontade de me esconder embaixo da cama ou do edredon ou em qualquer escuro
- Vontade de fugir para um hotel
- Vontade de gritar até ficar livre novamente
Juro que não gosto, é o dia mais ansioso da minha vida. Depois vem o carnaval e o meu aniversário, mas nem se comparam.
quinta-feira, 20 de dezembro de 2007
Estou triste.
Merci pela força, pessoas queridas. Achei importante vir falar pra vcs.
Beijos, boas festas.:*
quarta-feira, 19 de dezembro de 2007
Mi muñeka me hablo
http://www.youtube.com/watch?v=BNXobzBI5Gc
(Não sei colocar pra aparecer que nem videozinho...)
terça-feira, 18 de dezembro de 2007
Pop ETECÉTERA!!!
www.3a1.com.br
Um moço barbudinho de óculos. Meio indiezinho assim assim. Dançando com uma guitarrinha despretensiosa. Low profile.
Mas isso não é nenhuma bandinha deprê!
Mocinha elegante no baixo. O nome é meio clichê, mas não tem outro: swing.
Mas isso não é nenhuma bandinha funk!
Bateria do inferno! MUITO! Um mocinho daqueles que toda mamãe do rock quer como genro!
Mas isso não é nenhuma bandinha rock-virtuose-lero-lero!
Jorge Ben crescido bem uns 40 centímetros. Assim como o cabelinho também crescido. Ah! E rejuvenecido! Com nome de russo! Violão e linha de frente!
Pop de primeiríssima. Desse tipo que alegra nossa vidinha, isso sim!
Ah, é! Tem também um mocinho que interpreta como ninguém e canta que é uma beleza!
CDzinho novo. Estão de parabéns.
No Youtube
No Trama Virtual
sábado, 15 de dezembro de 2007
Ê Brasil!!!
Impressionante! É só botar um ritmo brasileiro pra todo mundo ficar soltinho e cheio de graçolas!! rsss... Muito bom! =)
Gente feia
Festinha despretensiosa, tipo leve o que beber e pegue o de comer. Quem ali já não se conhecia era amigo do amigo, praticamente uma reunião de máfia, uma sessão de voto secreto no Senado, e tudo corria na santa paz da bebedeira coletiva até a chegada de um grupo de quatro rapazes esquisitíssimos.
- Que gente feia é essa? – sussurraram os outros assim que eles entraram.
E por que esquisitos? Porque não eram. Na verdade, eram os tipos mais comuns que se pode imaginar na Zona Sul do Rio. Playboys meio embrucutuzados, de camiseta regata de tecido sintético, do tipo que só deveria servir para malhar. Tinham uma certa pinta de pitboy que deixou muita gente desconfortável, embora eles não tenham esboçado qualquer reação explícita ao clima discretamente pansexual que os cercava. Seja como for, destoavam dos outros convivas, fina flor da boemia intelectual carioca. Traziam um quê de Nuth a um ambiente de freqüentadores de rodas de samba e/ou Dama de Ferro/Fosfobox. A dona da casa logo começou a reclamar:
- Eu que nunca fui na Nuth, nem na Baronetti, de repente me vejo disputando fila com quatro pitboys pra entrar no meu próprio banheiro!
Mas tudo correu sem maiores incidentes, só a frase lá de cima se repetia sem cessar, à meia voz, ao longo da noite:
-Que gente feia é essa?
Seguida de comentários tais como:
- Esses tipos já roubaram o Baixo Leblon da gente, depois o Baixo Gávea, depois o Coqueirão, agora nem em casa de amigos eles deixam a gente em paz?
- To dizendo que tem que cercar a Barra da Tijuca, to dizendo...
- O Leblon também, o Leblon também!
- Cês tão nostálgicos, os playbas já tomaram conta da cidade inteira, pra escapar deles só mudando pra Santa Teresa.
- Ou pro subúrbio...
- Que subúrbio? Pros lados de lá ta pior. A única diferença é que playboy de subúrbio faz a sobrancelha, usa wax no cabelo e calça jeans cheia de penduricalhos, de resto é tudo igual.
- Metrossexuais?
- Não, cafonas mesmo.
- Peraí, esse não é o figurino do Cine Ideal?
- Pois é, em Madureira não há gaydar que funcione!
- Mas afinal, quem é essa gente feia que chegou agora?
Ninguém sabia, nem ia lá perguntar. De interação real, só um dos playbas que se encantou por uma nativa da festa – uma advogada de cabelo black power que trabalha com direitos humanos em comunidades carentes. Sem saber como chegar nela, ele pediu auxílio à dona da casa.
- Pó, aí, to amarradão na tua amiga, que que eu tenho que fazer pra dar um beijo nela?
- Fala de milícia – respondeu a outra, com um fio de veneno escorrendo pelo canto da boca.
Tempinho depois as duas se reencontram.
- Eu não entendi nada. O playba sentou do meu lado e disse: “Pó, aí, ta sabendo que eu sou totalmente contra qualquer forma de exploração das classes menos favorecidas? Tipo assim, milícia, acho milícia nada a ver”.
Como já disse, fora esses pequenos momentos de interação, os tais pitboys não agiram como tais e saíram da festa sem causar imbróglio algum, só os sussurros de “que gente feia é essa?”.
Dias depois, encontro algumas pessoas da festa e uma menina me confessa que era a culpada pela presença dos “pitboys”.
- Um deles é meu amigão, muito gente boa, apesar de ser professor de academia na Barra. O problema é que ele só anda com esses caras esquisitos. Mas sabe o que me deixou uma fera? Encontrei com ele no dia seguinte e comentei que ele tinha ficado pouco tempo na festa. Ele respondeu: “Pó, aí, é que lá só tinha gente feia”.
---
Corolário: contabilizando a opinião de cada submáfia carioca, o Rio é a cidade com mais gente feia do mundo.
sexta-feira, 14 de dezembro de 2007
quarta-feira, 12 de dezembro de 2007
Lista: 10 filmes "deprês"
terça-feira, 11 de dezembro de 2007
1,2 Step
Pra vcs, felicidade igual a que eu tô sentindo.
Ciara e Missy Elliott.
(tem tantos ts e ls assim?)
The princess is here! Yé!
segunda-feira, 10 de dezembro de 2007
Bizarrices do dia-a-dia
P.S. Pra quem não sabe, a dança do siri é uma dança inventada por dois personagens de um programa de 'comédia' que passa aos sábados pela noite na Globo. Eles fazem movimentos pra um lado e pro outro e mexem as mãos... cara, não sei descrever. O lance é que eu não faço ideia de pra que isso serve, nem o que significa ou como surgiu. PQP ninguem tem mais o que inventar. Daqui a pouco fundam a igreja do deus 'Siri'. Me desculpem, mas eu TIVE que compartilhar isso.
domingo, 9 de dezembro de 2007
War in Rio - O Jogo
"O objetivo do projeto é gerar uma discussão através de uma proposta cínica de diversão.
Pegando carona no fenômeno de massa 'A Tropa da Elite', a idéia é perguntar ao cidadão carioca se ele acha que esse tipo de entretenimento combina com pipoca ou com uma reflexão profunda sobre a realidade de sua cidade.
Por outro lado é também um jogo bem planejado e realizado: uma paródia irresistível para os amantes do clássico e politicamente incorreto passatempo de guerra. No lugar de invadir Moscou, conquistar a África ou aniquilar os exércitos brancos, que tal invadir a Cidade de Deus, conquistar a Baixada ou eliminar o Comando Vermelho?
Desenvolvido pelo designer Fábio Lopez, ele traz no tabuleiro a geografia da região metropolitana da cidade, capital e Baixada Fluminense, e tem suas peças representando seis tipos de grupos armados: a PM, o Bope, as milícias e três quadrilhas de facções criminosas.
War in Rio é reflexão e entretenimento canalha."
sábado, 8 de dezembro de 2007
Meu querido diário,
Eu tava pensando que minhas escolhas profissionais-não-amadurecidas e ter dinheiro não são coisas compatíveis, e agora?
Eu adoro desligar a TV da minha mãe quando ela dorme. Viremexe ela tá acordada e eu falo pra ela dormir logo, só pra eu voltar e desligar. Me sinto super cuidadosa, porque desligo só pra luz verdinha não ficar no olho dela.
Eu quero que a segunda-feira chegue, porque vou me formar. :)
sexta-feira, 7 de dezembro de 2007
Diálogo com 'Cenas'
Então, comprei um livro recentemente que fala de intertextualidade, leitura, citação e afins.
Comecei a ler e a viajar sobre o assunto e, como gosto de fazer analogias, estava relacionando isso a imagens, pinturas e fotografias. O post “Cenas” foi um prato cheio pros meus devaneios e resolvi postar em vez de comentar nele. Bom, antes de embarcar na viagem, coloco aí um trecho do livro...
Quando cito, extraio, mutilo, desenraízo. Há um objeto primeiro, colocado diante de mim, um texto que li, que leio; e o curso de minha leitura se interrompe numa frase. Volto atrás: re-leio. A frase relida torna-se fórmula autônoma dentro do texto. A releitura a desliga do que lhe é anterior e do que lhe é posterior. O fragmento escolhido converte-se ele mesmo em texto, não mais fragmento de texto, membro de frase ou de discurso, mas trecho escolhido, membro amputado; ainda não enxerto, mas já órgão recortado e posto em reserva. Porque minha leitura não é monótona nem unificadora; ela faz explodir o texto, desmonta-o, dispersa-o. É por isso que, mesmo quando não sublinho alguma frase nem a transcrevo na minha caderneta, minha leitura já procede de um ato de citação que desagrega o texto e o destaca do contexto.
(...)
O grifo na leitura é a prova preliminar da citação (e da escrita), uma localização visual, material, que institui o direito do meu olhar sobre o texto. (...) o grifo coloca marcas, localizadores sobrecarregados de sentido, ou de valor; ele superpõe ao texto uma nova pontuação, feita ao ritmo da minha leitura: são os pontilhados sobre os quais mais tarde farei recortes. Toda citação é primeiro uma leitura.
(...)
COMPAGNON, Antoine. O trabalho da citação. Tradução de Cleonice P.B. Mourão. Belo Horizonte: UFMG, 1996.
Fiquei pensando no mundo, no nosso olhar e nas formas que encontramos para representá-lo – o olhar. Penso que capturar uma imagem é tb fazê-la explodir para fora de seu contexto. Retratá-la numa pintura é desmontá-la toda, inevitavelmente, porque nosso olhar não é capaz de ver o todo. Comparo o olhar nosso ao grifo. Nós focamos as partes do que vemos e as absorvemos aos pedaços, cada um a seu modo. Uma pintura do Picasso me faz pensar especialmente nisso. (tá ai em cima, é que eu não sei colocar no lugar certo)
Quanto à fotografia, se por um lado ‘perdemos’ o barulho de um rio fotografado, se transformamos em imagem estática algo cheio de vida e movimento, também quem fotografa acrescenta vida à imagem, já que a impregna de valores do seu recorte. O grifo coloca marcas, localizadores sobrecarregados de sentido, ou de valor; ele superpõe ao texto uma nova pontuação, feita ao ritmo da minha leitura. Recortar, citar – seja falando, escrevendo, fotografando, pintanto etc – é também um processo de construção porque minha leitura não é monótona nem unificadora, logo o recorte tampouco será. Assim, na escolha da cena, do ângulo, da luminosidade, da distância – na fotografia – como na escolha do material, das cores, das formas, no jeito da pincelada – na pintura – transparece o processo de construção do olhar de cada um de seus autores.
Por isso, vejo as ‘Cenas’ da Marta como citações que ela faz do mundo que vê. Portanto, Julinha, acho que não importa o barulho do rio, já que as fotos dizem muito mais do que quando vc olha pra ela e não tem a vaga idéia do que ela está pensando, hehe. Sem, é claro, cair naquela história de “fulano quis dizer isso quando retratou tal coisa dessa forma”, he. Essa foi minha viagem! Beijos pra vcs!
Campanha Natal em Julho
Foi aí que me veio o pensamento: não é justo que passemos o Natal no inferno! por que não podemos comemorar em julho?
Então resolvi fazer essa campanha e, para os que acham isso uma loucura, aqui vão algumas vantagens do Natal em Julho:
- nesta época, teremos condições normais de temperatura e pressão, próprias para a vida humana;
- poderemos comer nozes, avelãs e castanhas e beber vinho sem sofrimento;
- vamos economizar dinheiro, pois não precisaremos comprar uma garrafa de água a cada esquina em dias de compras de Natal para não morrermos desidratados;
- não será uma tortura abominável sair para fazer compras de Natal, será apenas um sacrifício aceitável;
- poderemos abraçar mais as pessoas, conforme prega o espírito natalino;
- por conseguinte, as pessoas serão mais felizes e haverá menos barracos familiares no dia de Natal.
Assim, espero a adesão de todos!
Obrigada!
=)
quinta-feira, 6 de dezembro de 2007
Ana Cristina Cesar
Mas olha que coisa à toa e bonita, versos de uma poesia:
Não tenho muitas palavras como pensei.
"Coisa ínfima, quero ficar perto de ti".
Te levo para a avenida Atlântica beber de tarde
e digo: está lindo, mas não sei ser engraçada.
"A crueldade é seu diadema..."
O meu embaraço te deseja, quem não vê?
quarta-feira, 5 de dezembro de 2007
Não vá ao cinema esperando um happy end!
terça-feira, 4 de dezembro de 2007
Pra não causar uma falsa impressão de sujeito sério...
Sobre não existir
Entrei na intimidade dela como se ela não existisse mais. Mas ela existe.
Conversamos com a pequena e choramos todas. Ela não sabia de fato o que estava acontecendo. E ela também não tinha chorado, porque, na cabecinha dela, é feio. Aí falamos aquelas coisas todas de papai do céu, de chorar ser normal, porque estamos tristes e gostamos da mãe dela, de perguntar tudo o que quiser saber, de que os médicos estavam fazendo tudo o que sabem para ajudar a mãe dela, mas que nem sempre tudo o que os médicos sabem conseguem ajudar a pessoa que está doente.
O Caio, meu cachorro, toda hora vai lá fora e olha pra nossa cara, como quem diz 'Cadê?'. E a gente fica triste de novo.
Tá ruim.
Eu escrevi aqui pra legitimar a importância disso tudo pra mim, eu acho.
Quem acreditar, rezaí. Quem não acreditar, manda boas vibraçôes. E quem não acreditar em nada, faz as duas coisas por mim.
Minha pequena coleção de esquisitices 2
segunda-feira, 3 de dezembro de 2007
Achei interessante
Não sou contra e nem a favor, muito pelo contrário...
Food for thought...
Por que Chávez? Artigo publicado no jornal O Globo, no dia 24/11/2007Cristovam Buarque * www.cristovam.com.br
Talvez nenhum outro líder político latino-americano tenha recebido tanta atenção de jornalistas e de políticos brasileiros quanto o presidente Chávez. As análises e críticas são sempre sobre "o que é" e "como age Chávez". Ninguém pergunta "por que Chávez?" - o que levou a Venezuela, depois de 50 anos de democracia, a optar, por meio do voto, eleição após eleição, por um governo com características autocratas.
* Professor da Universidade de Brasília, Senador pelo PDT / DF.
domingo, 2 de dezembro de 2007
Patolino contra os nazistas
Desenho proibido do Patolino: é ótimo ele voando com bandeirinhas americanas e depois batendo no Hitler!
Preciso de duas explicações:
No YouTube o título é "British Army".
1 - Por que esse homem me lembra a Flávia?
2 - Que porra é essa exatamente??
Obrigada.
Blogs alheios
Texto 3: Clara
Trocou as horas dos meus dias por minutos. Trocou meu tédio por vendaval. Trocou os livros na estante por acontecimentos. Trocou os móveis, os tapetes e meu coração de lugar. Trocou meu cheiro. Trocou minha saliva pela sua. Trocou o sono pelo sonho. Trocou um Beatles 1968 por um Mombojo 2006. Trocou a lâmpada do céu da minha boca. Trocou de blusa e saiu pelada. Trocou de signo e mudou o humor. Me trocou.
sábado, 1 de dezembro de 2007
Fantasia
O esconderijo podia ser embaixo da mesa na sala – eu me considerava invisível atrás da toalha comprida, de franjas; sob a escrivaninha de meu pai; dentro de um armário; entre arbustos no jardim.
Era uma forma de ficar tranqüila para ruminar coisas apenas adivinhadas, ou respirar no mesmo ritmo do mundo: dos insetos, dos talos de capim.
Era um jeito de ter uma intimidade que pouco me permitiam: criança que demais quieta podia estar doente, demais isolada devia andar triste, demais sonhadora precisava de atividades e ocupações. Disciplina sobretudo, disciplina para compensar aqueles devaneios e a dificuldade de me enquadrar.
Então às vezes eu arranjava uma imaginária concha onde me sentia livre. Eu tentava nem respirar, para que não se desfizesse a magia.
Era também um proteger-me não sabia bem de quê. Ali nenhum aborrecimento cotidiano, nenhum mal me alcançaria. Eu não sabia bem que ameaça era aquela, mas era onipresente, onipotente e perturbadora.
Rodeando a casa havia hortênsias de tonalidades azul-pálido, azul-cobalto, arroxeadas, lilases ou totalmente violeta, em vários tons de rosa, do brilhante ao quase branco. Eram o meu castelo verde-escuro de onde brotava o inexplicado das cores.
Mas a castelã de trancinhas finas não agüentava muito tempo, logo emergia coberta de pó, e corria para a certeza do que era familiar.
Outras vezes, audaciosa, eu me afastava mais da casa e me deitava de costas na terra morna no meio de uns pés de milho no pomar. Ver o céu daquele prisma, recortado entre as folhas como espadas, era espiar por muitas portas. A perspectiva diferente que dali, deitada, eu tinha do mundo e de mim mesma era como balançar na borda de um penhasco bem alto, acima do mar.
Depois vinha o susto: o real era este aqui debaixo ou aquele, móvel e livre?
Antes que a mãe chamasse, antes que o jardineiro viesse me buscar, eu me assustava e queria de novo o simples e o familiar. Fantasia demais seria uma viagem sem volta?
Ninguém – nem eu mesma – me encontraria, nunca mais?
Levanta a mão quem passou (e/ou ainda passa) por isso!!! \0_
=)
sexta-feira, 30 de novembro de 2007
Poesia bonita
A formosura do teu rosto obriga-me
e não ouso em tua presença
ou à tua simples lembrança
recusar-me ao esmero de permanecer contemplável.
Quisera olhar fixamente a tua cara,
como fazem comigo soldados e choferes de ônibus.
Mas não tenho coragem,
olho só a tua mão,
a unha polida olho, olho, olho e é quanto basta
pra alimentar fogo, mel e veneno deste amor incansável
que tudo rói e banha e torna apetecível:
caieiras, desembocaduras de esgotos,
idéias de morte, gripe, vestido, sapatos,
aquela tarde de sábado,
esta que morre agora antes da mesa pacífica:
ovos cozidos, tomates,
fome dos ângulos duros de tua cara de estátua.
Recolho tamancos, flauta, molho de flores, resinas,
rispidez de teu lábio que suporto com dor
e mais retábulos, faca, tudo serve e é estilete,
lâmina encostada em teu peito. Fala.
Fala sem orgulho ou medo
que à força de pensar em mim sonhou comigo
e passou um dia esquisito, o coração em sobressaltos à campainha da porta,
disposto à benignidade, ao ridículo, à doçura. Fala.
Nem é preciso que amor seja a palavra.
'Penso em você' - me diz e estancarei os féretros,
tão grande é minha paixão.
quinta-feira, 29 de novembro de 2007
O amor está no ar
Depois disso, vou passar um tempo sem postar vídeo.
Enjoy it.
(Note a progressão do clipe)
Gogol Bordello - start wearing purple
Tenho ouvido falar nessa banda constantemente, de diferentes pessoas. Demorei pra ouvir. E qdo ouvi, eu ja tinha ouvido!! É trilha sonora do lindo filme Everything is Illuminated.
Eu adoro essa música!
A banda tem 10 membros de países diferentes: Ucrânia, Russia, Israel, Etiopia, EUA, Equador, China-Escócia, Thailândia-EUA, Japão-Romênia.
Espero que gostem!
Little Dragon
Cara! Alguém pode me dizer o que é esse clipe? E a fumaça? E as figuras mascaradas fazendo coreografias (medo)? E os caras da banda mexendo com a cabeça?
Eu tinha dito no comentário do post aqui embaixo, que o clipe era tosco. Mas tosco é muito light pra definir isso. rsss...
=)
quarta-feira, 28 de novembro de 2007
Teresa, minha empregada há 25 anos.
Vai todo mundo tomar no cu.
Eu quero muito que ela fique boa logo. E quero que quem acredite mande umas good vibes. Brigada.
terça-feira, 27 de novembro de 2007
A língua portuguesa e o papel higiênico de tras os montes
segunda-feira, 26 de novembro de 2007
António Lobo Antunes de novo
A solidão das mulheres divorciadas
"Aos fins-de-semana, quando não saio com a minha prima Bé, fico em casa a ver televisão. Ver televisão quer dizer regar as plantas da marquise, ler o meu horóscopo nas revistas, desfazer o tricot do domingo anterior, mudar de canal de vinte em vinte segundos a pensar em matar-me. O problema é que assim que me levanto para tomar os lexotans todos de uma vez a minha mãe telefona-me de Alcobaça a saber como estou, oiço-lhe os gritos no atendedor de chamadas (a minha mãe, que tem um medo danado dos telefones, sempre falou aos gritos) e como não é possível a gente suicidar-se e conversar com a mãe ao mesmo tempo desisto das pastilhas e garanto-lhe que estou óptima, que não tenho febre, que fumo no máximo três cigarros por dia, que como bem, que não emagreci
(- De certeza que não emagreceste?)
que para a semana a visito em Alcobaça sem falta e que qualquer dia, palavra, encontro um rapaz como deve ser
(- Não acredito que não haja um rapaz como deve ser no teu emprego, filha)
e me torno a casar, e desligo o telefone com um tal cansaço e uma tal dor de cabeça que a única coisa de que tenho vontade é de um aspegic e silêncio, e deixei de ter ganas de me suicidar visto que uma pessoa não consegue matar-se se estiver maldisposta.
Nos fins-de-semana em que saio com a minha prima Bé, vamos à Loja das Meias e à Escada sonhar com blazers de cachemira
(- Pode ser que com o subsídio de Natal lá chegue)
e casacos compridos, chateamo-nos como nos peruas nos filmes de que os jornais gostam, encontramo-nos num bar com colegas da escola dela que descobriram na semana passada, um restaurante italiano baratíssimo em Alcântara, e já me sucedeu acordar, aos domingos de manhã num apartamento de Campo de Ourique ou do Beato ao lado de professores de Matemática com iogurtes fora do prazo no congelador, um chinelo esquecido no bidé e um cinzeiro de folha a transbordar beatas no soalho, junto de uma chávena de café quebrada. Incapaz de tomar banho num chuveiro em que faltam sabonete e a água para além de se achar ocupado por um montão de jornais velhos, volto a toque de caixa para o Lumiar sem me despedir do barbudo que ressona de queixo na almofada
(- Não acredito que a Bé não conheça um rapaz como deve ser)
com um ombro fora do pijama descosido, e adormeço até que os gritos de Alcobaça me acordam, de coração aos pulos para inquirirem, ansiosos, no atendedor de chamadas, se tenho abusado dos fritos.
Não abuso dos fritos, não abuso do tabaco, não abuso do álcool, não abuso do sexo, não abuso de nada, mãe: oiço crescer o pêlo da alcatifa, mudo de vinte em vinte segundos de canal e leio o meu horóscopo na penúltima página dos magazines femininos, a seguir ao caderno da moda e a um artigo que explica como um cinto de ligas e uns sapatos vermelhos poderiam mudar a minha vida afectiva. Com um cinto de ligas os iogurtes fora do prazo desapareceriam do congelador? Com sapatos vermelhos encontraria chuveiros sem jornais? O meu horóscopo para esta semana, dividido como sempre em três partes, Saúde (cuidado com o fígado!), Finanças (atenção às despesas excessivas!) e Amor, prevê para quarta-feira, no que respeita às paixões, um encontro inesperado que me alterará para sempre a existência. Quarta-feira foi ontem e o encontro inesperado que tive consistiu em esbarrar com o meu ex-marido no metropolitano: deixou crescer o bigode, vinha acompanhado por uma mulata com metade da idade dele e nem sequer me viu. Ter-me-á visto alguma vez? Em todos os canais de televisão só passam novelas brasileiras. Oiço a chuva de Outubro contra os vidros e o casal do andar de cima a gemer ao ritmo da cama. Se me levantar para tomar os lexotans todos a minha mãe vai desatar aos gritos no atendedor de chamadas, de modo que o melhor é ficar quietinha no sofá a olhar as plantas e o retrato do meu sobrinho bebé sem pensar no suicídio. Para quê? Durante seis meses poupo nos almoços (uma bica, um croissant e um pastel de bacalhau comidos em pé ali no Centro) compro o blazer da Escada e uns sapatos vermelhos, a colega que vende ouro no escritório prometeu baixar-me as prestações do anel, e passo o serão sozinha, de blazer, sapatos e cachucho, lindíssima, a mudar de canal e a ouvir o pêlo da alcatifa crescer."
Lista: os piores clipes de Madonna
2- Gambler (o que foi isso?)
3- Holiday (o original)
4- La Isla Bonita
5- Like a Virgin (o original - tem um cara com uma máscara de tigre ou leão ou algo parecido)
6- Material Girl
7- Bad Girl (mais pela música do que propriamente pelo clipe)
8- Who’s that Girl
9- You’ll See (restos de Take a Bow)
10- Fever (ok... muita gente vai querer me matar, mas, neste caso, nenhum outro critério foi utilizado a não ser meu gosto pessoal – não gosto desse clipe, ok?)
ps: Juli, não briga comigo!!!!!
=)
domingo, 25 de novembro de 2007
La Oreja de Van Gogh
LODVG é uma banda espanhola de música pop que lançou seu primeiro disco em 1998 (Dile al sol).
Essa música do vídeo se chama Rosas e faz parte do cd "Lo que te conté mientras te hacías la dormida". É uma música muito fofa.
Tudo bem... as músicas da banda são bem popzinhas, grudentas, meio breguinhas e tal. Eu ADORO!! rss... É muito bom de se cantar!
E, gente, eu adoro o sotaque espanhol!!!
=)
ps: eu quero um casaco amarelo igual ao da Amaia Montero.
sábado, 24 de novembro de 2007
António Lobo Antunes
Ele fala muito da solidão das gentes que vivem, sem querer, no lugar comum.
A propósito de ti
"Somos felizes. Acabámos de pagar a casa em Outubro, fechámos a marquise, substituímos a alcatifa por tacos, nenhum de nós foi despedido, as prestações do Opel estão no fim. Somos felizes: preferimos a mesma novela, nunca discutimos por causa do comando, quando compras a TV Guia sublinhas a encarnado os programas que me interessam, lembras-te sempre da hora daquela série policial que eu gosto tanto, com o preto cheio de anéis a dar cabo dos Italianos da Máfia.
Somos felizes: aos domingos vamos ao Feijó visitar a tua mãe, ficas a conversar com ela na cozinha e eu passeio com o Indiano, filho de uma senhora que mora lá no pátio; assistimos ao basquete dos sobrinhos dele no pavilhão polivalente, comemos uma salada de polvo no café durante os resumos do futebol, e voltamos para Almada à noite, com o jantar que a tua mãe nos deu numa marmita embrulhada no Record, a tempo de assistir às perguntas sobre factos e personalidades do concurso em que a apresentadora se parece com a tua prima Beatriz, a que montou um pronto-a-vestir no centro comercial do Prior Velho.
Somos felizes. A prova de que somos felizes é que compramos o cão no mês passado e foi por causa do cão que tiramos a alcatifa, que as unhas do animalzinho rasparam de tal forma que já se notava o cimento do construtor por baixo. Andamos a ensiná-lo a não estragar as cortinas, pusemos-lhe uma coleira contra as pulgas depois de uma semana inteira a coçarmo-nos sem entender porquê, passados dois dias o Fernando começou a coçar-se também e a acusar-me de cheirar a cachorro e levar pulgas para a repartição, o chefe avisou-me do fundo
- Veja-me lá isso, Antunes
de modo que pus também uma coleira contra as pulgas debaixo da camisa. e o Dionísio, espantado
- Deste em cónego ou quê?
E eu, envergonhado, a abotoar o colarinho
- É uma coisa chinesa para o reumatismo, a Jóia Magnética Vitafor é uma porcaria ao pé disto.
e como nas Finanças se respeitam o reumatismo e as coisas chinesas, nunca mais me maçaram.
Às segundas, quartas e sextas sou eu que vou lá abaixo levar o cão a fazer chichi contra a palmeira, às terças, quintas e sábados é a tua vez, e o que não vai lá abaixo fica à janela a olhar o bichinho a cheirar os pneus dos automóveis, com um ar sério de quem resolve problemas de palavras cruzadas que os cães têm sempre que farejam postes e Unos.
Somos felizes. Por isso não me preocupei no sábado com o animal, muito entretido na praceta, e tu atrás dele, de trela enrolada na mão, sem olhares para cima nem dizeres adeus, a nadares devagarinho até desapareceres na travessa para a estação dos barcos. Foi anteontem. Às onze horas tirei o cozido do forno e comi sozinho. Ontem também. Hoje também. Não levaste roupa, nem pinturas, nem a fotografia do teu pai, nada.
Ainda há bocadinho acabei de gravar o episódio da novela para ti. A tua mãe telefonou, a saber porque é que não fomos ao Feijó, e eu disse-lhe que daqui a nada lhe ligavas. Porque tenho a certeza de que tu não te foste embora, visto sermos felizes. Tão felizes que um dia destes vou comprar um microondas para, se chegares a casa, teres a comida quente à tua espera."
sexta-feira, 23 de novembro de 2007
Meus vizinhos mandando mal...
Sob a influência de Saturno
Melancolia (do grego μέλας "negro" e χολή "bilis") é um estado psíquico de depressão sem causa específica. Se caracteriza pela falta de entusiasmo e predisposição para atividades em geral.
No Século V a.C., Hipócrates classificou melancolia como doença. Hipócrates criou a teoria dos 4 humores corporais (sangue, fleugma ou pituíta, bílis amarela e bílis negra) sendo o equilíbrio ou o desequilíbrio responsáveis pela saúde. Um indivíduo sob influência de Saturno levava o baço a secretar mais bílis negra, alterando o humor do indivíduo, escurecendo seu humor, levando ao estado de melancolia.
quinta-feira, 22 de novembro de 2007
Pão de batata
Mas algumas coisas gosto de fazer e, dentre elas, estão os pães. Creio que isso se deve ao fato de trabalhar a massa, de sovar... isso desestressa.
Essa receita é especial, pois eu sempre fazia lá em casa, em Niterói, quando dividia apartamento com Yeso e Andrea. Eu adorava fazer! E depois de pronto sempre nos divertíamos: os 3 ou com amigos.
E depois, não há nada melhor do que comer com requeijão um pão de batata que acabou de sair do forno e está soltando fumacinha!!!
Ingredientes:
250g de batata cozida e passada no espremedor;
100g de margarina;
2 ovos;
30g de fermento para pão (2 tabletes);
2colheres de sopa de açúcar;
um pouco de sal;
farinha de trigo até desgrudar das mãos (+/- 400g).
Preparo:
Colocar numa tigela o açúcar e o fermento; amassar com uma colher até ficar uma pasta bem mole. Juntar a batata, a margarina, o sal e os ovos. Misturar bem. Adicionar a farinha aos poucos até desprender das mãos. Fazer bolinhas arredondadas e colocar em tabuleiro untado e polvilhado. Deixar descansar até dobrar de tamanho, coberto com um pano. Pincelar com gema e levar ao forno até dourar.
=)
Gente Desconhecida
Viu essa menina, me mostrou e eu achei que vcs podiam gostar também.
É muito estranho procurar gente que não existe pra gente, eu acho.
The Crash
terça-feira, 20 de novembro de 2007
Minha pequena colecão de esquisitices 1
Scissor Sisters
This used to be the life but I don’t need another one.
Good luck cuttin’ nothin’, carrying on, you wear them gowns.
So how come I feel so lonely when you’re up getting down?
segunda-feira, 19 de novembro de 2007
Primeira neve
Todas as manhãs escuras: calcinha, sutiã, meia de algodão, meia-calça de lã, meia de lã, camisete de lã, camiseta de algodão de manga longa, cardigã, suéter, calça jeans, cachecol, luvas, gorro e casaco wind-breaker com capuz. Há duas semanas foi o primeiro dia de neve. Eu nunca vou me acostumar, sempre acharei incrivelmente lindo essas bolinhas caindo do céu tão de leve e cobrindo tudo de branco em minutos. Lembro da primeira vez que vi a neve. Quando olhei pela janela e vi tudo embranquecendo, desci correndo cinco lances de escada e fiquei parada na calçada da rua movimentada, hora do rush. Todo mundo passando sem notar nada, ou reclamando no frio. Quando olhei pra manga do meu casaco, tinha uma floco de neve igualzinho aqueles que a gente vê desenhado, sabe? Uma estrelinha. Sim, é verdade! Os flocos têm mesmo aquele formato. E eu tive a sorte de ver um assim, de cara, na minha primeira neve. Nunca mais aconteceu.
(Abstraia o video, só ouça a música)
domingo, 18 de novembro de 2007
A pedidos - Cirilo!
Meus vizinhos mandando bem (as always...)
Adorei essa música & vídeo. É de Sigur Rós, uma banda islandesa. O nome da música vem da frase de um weatherman islandês (o que será weatherman em português?) fazendo previsão de tempo na época da guerra de Kosovo: "í dag viðrar vel til loftárása" (“hoje é um bom dia para ataques aéreas”).
Rua dos Andradas, 36-D
Centro do Rio.
Mais especificamente, Saara.
Saara é um nome ótimo por duas razões - no mínimo:
1º O varejo famosíssimo do Saara tem ascendência árabe no temperamento. Comércio de rua, tudo baratinho, montão de contrabando.
2º O nome quer efetivamente dizer alguma coisa: Sociedade de Amigos das Adjacências da Rua da Alfândega e, portanto, SAARA.
Mas esse post é mesmo pra contar sobre uma pastelaria ali na Saara. O nome é 'Pastelaria Chic's'.
Tenho alguns argumentos: o pastel é delicioso, sempre quentinho, o povo come tanto que não dá tempo de esfriar; é baratinho, dá pra comer pastel e laranjada (especialidade da casa) por R$2,00; os copos são de papel (super ecológico e decoradinhos com laranjinhas); os atendentes são sempre sorridentes!!!
Mas o melhor é a decoração!
sábado, 17 de novembro de 2007
Clarice Lispector
Mas ela é boa mesmo. E sempre que leio faço anotações de canto de página, meus livros são rabiscados e cheios de datas. É impressionante como sempre é uma referência pra alguma alegria ou problema.
Deixo dois trechos de duas crônicas, da compilação de crônicas Aprendendo a Viver.
:. Você tem um dinamismo interno que é um pouco violento e impulsivo. "Que eu seria até capaz de fazer coisas mas eu mesma as arrasaria depois. E que só existe uma lei: a da causa e do efeito .:
:. E, apesar de admirar a inteligência pura, acho mais importatepara viver e entender os outros, essa sensibilidade inteligente. Inteligentes são quase que a maioria das pessoas que conheço. E sensíveis também, capazes de sentir e de se comover. O que, suponho, eu uso quando escrevo, e nas minhas relações com amigos, é esse tipo de sensibilidade, uso-a mesmo em ligeiros contatos com pessoas, cuja atmosfera tantas vezes capto imediatamente .:
quinta-feira, 15 de novembro de 2007
Interpol no Brasil
Eis o fenômeno, recebido em forma de newsletter no meu e-mail:
"Tickets are on sale now for February shows in Australia and New Zealand:
- 14 February - Auckland NZ, The Logan Cambell Centre Tickets
17 February - Perth, Metro City Tickets Tickets
19 February - Brisbane, Convention Centre Tickets
21 February - Sydney, Hordern Pavilion Tickets
25 February - Melbourne, Festival Hall Tickets
26 February - Adelaide, Thebarton Theatre Tickets
Interpol have announced shows in South America for March.
11 March - Sao Paulo, Via Funchal - Tickets coming soon!
13 March - Rio, Findicao Progresso - Tickets coming soon! (sim, escrito bem errado... mas quem se importa? :D)
15 March - Belo Hoizonte, Chevrolet Hall - Tickets coming soon!'
INTERPOL VEM EM MARÇO NO BRASIL, SIM, TOCAR EM TRÊS LUGARES SEM SER EM FESTIVAIS COMPARTILHADOS COM OUTRAS BANDAS!!!
Ingressos pra apresentação já estão à venda no Via Funchal....o preço tá bem bacana: R$ 100,00 a inteira - portanto, R$ 50,00 a meia! (Que o Interpol possa colocar vergonha na cara do Tim $$$ Festival...)
E aí, algum outro mega fã topa fazer uma maratona em março também? ;)
quarta-feira, 14 de novembro de 2007
Whip it
DEVO - Festival Planeta Terra - São Paulo, dia 10/11
http://www.youtube.com/watch?v=tHfFQRTG0nM&feature=related
Gostaria que os festivais de música que acontecem no Rio fossem tão bons quanto os que rolam em São Paulo. Os produtores e organizadores daqui deveriam ter uma aulinha com os manus e as minas de lá.
VII MOSTRA DE TEATRO DA UFRJ - INFORMAÇÕES TÉCNICAS
A entrada é franca e sincera, mas é necessário chegar com uma hora de antecedência para obter a senha.
Antes de passar a programação, informo que este é apenas um post técnico e que minhas impressões sobre os espetáculos da mostra virão em posts seguintes.
13, 14 e 15 de novembro, às 20h
Amém - a roleta russa dos salmos, de Felipe Barenco
Maria decorou o livro dos salmos e quer vingança. Bia fugiu do rebanho e foi pra Índia. Clara tem mania de limpeza e arrasta uma máquina de lavar. Lola é uma noiva destruída. Vera leva choques de Deus. Gilda é uma prostituta assassinada. Todas elas presas numa igreja.
Direção: Felipe Barenco
16, 17 e 18 de novembro, às 20h
Alice e o que ela encontrou por Ali, de Gabriel Tupinambá, livremente inspirado em Lewis Carroll e Jan Svankmajer
Montagem inspirada no texto de Lewis Carroll, apoiada na perspectiva sombria do diretor de cinema Jan Svankmajer, Alice e o que ela encontrou por Ali é uma pesquisa sobre o espaço, a simplicidade e sobre o medo que temos em relação aos sonhos que se repetem. Para ver Alice, é necessário usar os olhos.
Direção: Nathalia Caetano
20, 21 e 22 de novembro, às 20h
O veredicto, uma história para a Senhorita Felice B., numa livre inspiração, ironicamente sombria, em Kafka, adaptação de Liliane Xavier, Márcio Newlands e Marise Nogueira da obra de Franz Kafka
George Bandemann, um jovem comerciante, alimenta seu mais íntimo interesse escrevendo cartas para um amigo refugiado na Rússia.
Dúvidas sobre o que dizer e respostas que nunca chegam são interrompidas por uma pergunta pertubadora de seu velho pai: “...você realmente tem esse amigo em São Petesburgo?”. Ao receber sua sentença de morte, Georg tenta escapar do terror que o assombra saltando sobre o rio. O que é ficção, o que é realidade para alguém condenado a escrever para seu próprio fantasma?
Direção: Liliane Xavier
23, 24 e 25 de novembro, às 20h
Dias Felizes, de Samuel Beckett
Um deserto causticante - um casal - Winnie (ela) - Willie (ele) - ela enterrada num monte de areia - em meio a palavras - ele atrás do monte - ela fala - algumas pausas - perguntas - ele quase nunca responde - a campainha toca para acordar e dormir - ações - uma sacola e alguns
objetos para passar o dia - O belo dia que este ainda vai ser !
Direção: Dani Lossant
27, 28 e 29 de novembro, às 20h
Judite, de Theo Fellows
Inspirado na história bíblica de Judite, o espetáculo propõe uma reflexão sobre as origens dos nossos atos, sobre a origem das nossas próprias origens. Uma viúva sem filhos, segregada em sua cidade, abandona seu lugar de silêncio e preces para salvar seu povo da morte. Sua única arma é o seu corpo, e talvez haja um deus, talvez não. Talvez ela fale somente com o vento.
Direção: Theo Fellows
30 de novembro, 01 e 02 de dezembro, às 20h
Dos tais laços humanos, baseado nos contos: Natal na barca, Apenas um saxofone e Uma branca sombra pálida, de Lygia Fagundes Telles, adaptação do Grupo 6 Marias e meia
Cinco mulheres. Três histórias. Já: fuga, escolha, cores. Fé, flores, força, fumo. Amor. Perda, memória. Teia. Borboleta, peito, quente. Dor, gozo. Morte. Vazio, só...
Direção: Luciana Barboza
04, 05 e 06 de dezembro, às 20h
Senhora dos Afogados, de Nelson Rodrigues
O mar! Quer levar toda a família principalmente as mulheres. Basta ser uma Drummond que ele quer logo afogar. E depois das mulheres será a vez dos homens. E quando não existir mais família, a casa! Então o mar levará a casa, os retratos, os espelhos, tudo.
Direção: Sunshine Pessanha
07, 08 e 09 de dezembro, às 20h
Uma temporada no inferno, de Arthur Rimbaud, adaptação de Débora Paganni e Marcos Bassine
Arthur Rimbaud, gênio maldito da poesia do século dezenove: um relâmpago verdejante cortando o horizonte negro. Alguns chamam o seu brilho de “celestial”, outros de “mau e pesaroso”. Sua poesia tornou-se inspiração eterna. Sua vida, exemplo de desapego. Aqui no Cabaret Verde, o encontro de Rimbaud com sua obra cria um novo universo, onde tudo é permitido.
Então, respire fundo e mergulhe...
Direção: Débora Paganni
11, 12 e 13 de dezembro, às 20h
Sarapalha, de João Guimarães Rosa, adaptação de José Ferro
Embrenhados nos confins de Minas Gerais, dois primos são acometidos pela malária e encontram-se em fase terminal da doença. Isolados, entre delírios e calafrios, relembram, com particular poesia, os dias passados e transitam pelo universo do imaginário.
Direção: Luciana Brumm
14, 15 e 16 de dezembro, às 20h
Mundo Grampeado - Uma Ópera Tecno-Tosca, de Marcus Galinha
É hoje. É agora. É o Brasil. É o teatro. É maluquice e verdade. É Realismo Repugnante. A primeira novela radiofônica de Realismo Telefônico. Entrem... e não desliguem os seus celulares.
O show polifônico vai começar!
Direção: Marcus Galinha
terça-feira, 13 de novembro de 2007
This Heart is a Stone
Adoro esse ping-pong. :)
segunda-feira, 12 de novembro de 2007
Pianices 2
George Shearing e Peggy Lee 59
Moço qualquer tocando Guns'n Roses no piano desafinado.
Pra Cindy. David Bowie.
Pianices aleatórias.
domingo, 11 de novembro de 2007
Dona Izabel
Dirty Dancing
A história é basicamente a seguinte: uma família riquinha vai pra um resort. A irmã feia se apaixona pelo professor de dança legal e rebelde. A dançarina que se apresentava com ele faz um aborto e precisa de alguém para substituí-la. Quem se oferece? Babe, a irmã feia e dura como um pau. Ela é apaixonada por ele, ele acha ela uma loser, eles ensaiam o dia todo, começa a rolar um clima e tchum. Mil coisas dão errado.
Mas o final é esse aí embaixo. =D
sábado, 10 de novembro de 2007
Saindo da moita
Quando conseguir organizar meu tempo um pouquinho eu saio de vez da moita e passo a escrever alguma coisa aqui.
Beijos a todos. Meninas, saudades.
Simples (ou não)
sexta-feira, 9 de novembro de 2007
Eds
A lista da Juli sobre pintores me fez pensar. Comecei a lembrar os artistas de quem gosto e o motivo de gostar. Reparei que me atraio pelas pinturas que me fazem sentir. Ok, esse é o motivo das artes, fazer sentir. Hum... as palavras não saem. Sorry.
Voltando, lembrei que dois dos meus pintores favoritos fazem obras impactantes. Cada um a sua maneira: um mais introspectivo, mais sutil e, talvez por isso, extremamente forte, e outro mais expressionista, visceral. São meus dois Eds. O Edward e o Edvard. O Hopper e o Munch. O nova-iorquino e o norueguês.
E sobre O Grito (de Munch):
“I was out walking with two friends - the sun began to set - suddenly the sky turned blood red - I paused, feeling exhausted, and leaned on the fence - there was blood and tongues of fire above the blue-black fjord and the city - my friends walked on, and I stood there trembling with anxiety - and I sensed an endless scream passing through nature.”
That’s it.
quinta-feira, 8 de novembro de 2007
Palavra Cantada :: O Rato
quarta-feira, 7 de novembro de 2007
5+ Frescuras Nasobucais
2. Bafo de cigarro + boca seca.
3. Cheiro de espirro.
4. Não beber na garrafa do outro porque tem nojinho.
5. Lavar a louça duas vezes: uma depois de usar, outra antes de usar.
Pianica
Música-tema do meu namoro com Ana Rachel.
Em homenagem à compra da minha escaleta, mais conhecida como pianica.
Ótima música...
E se o assunto é listas, essa estaria na da Marta também. Bossa gringa é ótima! Eles têm aquele charminho de quem não vai conseguir sambar nunca e muito menos sacar perfeitamente a sincopada da gente.
Devo observar que adoro samba.
Por isso a pianica que, inclusive, é o instrumento que a Ana Rachel sempre quis.
Ó: