quarta-feira, 30 de julho de 2008

Cloverfield

Alguém aqui viu esse filme? Eu não vi e nem me interessei por ele. Pra mim, é uma mistura de Bruxa de Blair com Godzilla, com câmera tremendo e jovens gritando o tempo inteiro. Foi uma promessa de sensação antes do lançamento (por ser dos mesmos caras de Lost), mas, na verdade, é uma bomba!

De qualquer forma, tenho que admitir que foi sobre Cloverfield o melhor resumo já feito sobre filmes:

http://speterdavis.com/mcomics_cloverfield.html

=P

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Relaxa


Não há nada mais sem noção do ouvir “agora relaxa” no ginecologista. A gente fica lá, naquela situação constrangedora, com aquele jalequinho tenebroso (não é melhor ficar pelada logo? Pra que aquilo?), deitada naquela cama-aparelho-de-tortura e tem que ouvir “relaxa”.

Dá vontade de mandar a mãe relaxar.

E ainda tem testemunhas. Como meu ginecologista é homem, a secretária fica lá vendo tudo.

=)


domingo, 27 de julho de 2008

Manhattan


Outro dia fui num bar e pedi um drink que sempre pedia lá: o manhattan. Só que ele veio TODO errado: num copo que não era o correto, cheio de gelo (??), com espuma (??????), além do gosto ruim. Das duas uma: ou o barman tinha faltado ou estava de sacanagem. E eu ainda tive que ouvir gozação de garçom quando pedi pra devolver: “ah, acho esse drink muito forte pra você”.

Enfim, aqui está a receita do manhattan:

1 dose de whisky (o original é com whiskey, o americano)
1 dose de vermute tinto (seco)
3 gotas de angostura

Colocar os ingredientes num copo misturador com gelo e coar para uma taça tipo martini decorando com uma cereja.

ps: rach, felipe (o amigo das sapas) e virpi, vocês se livraram de uma boa... eu estava de MUITO bom humor nesse dia!! Rssss....

=)

sábado, 26 de julho de 2008

Tô besta – depoimento

Deixa o vídeo baixando e vai lendo. Depois, se quiser a letra, acompanhe aqui: Teardrop


Quando uma coisa muda na vida, a percepção de todas as outras coisas da vida muda junto, né? Assim: você estuda e trabalha. Faz isso por um ano seguido pelo menos. No fim desse ano você acredita que a vida é do jeito que você a está sentindo naquele momento. Inclusive acha que sempre foi assim e não entende como você fazia antigamente tantas coisas que agora parecem tão sem sentido.

Ok.

Você começa a fazer academia antes de trabalhar e estudar e tudo muda. Você acha seu trabalho diferente, seu curso diferente, estabelece novas maneiras de se relacionar, sente fome em momentos diferentes, tem vontade de fazer coisas que antes não tinha, dorme em outros horários, passa a ver sua cidade em um horário mais cedo e tem uma nova visão dela etc. Tudo muda.

Sim, depois de mais ou menos um ano você acha de novo que a vida sempre foi assim e que você fazia coisas absolutamente sem sentido, mas aí você insere um curso de inglês, por exemplo, e pronto, uma "brand new" vida surge para você de novo e então até Deus parece mudar de personalidade.

Agora, experimente sair de um longo e profundo relacionamento e de seu exigentíssimo emprego quase ao mesmo tempo e iniciar outro profundo relacionamento e começar a trabalhar em uma empresa com prioridades quase opostas as da anterior também quase ao mesmo tempo. Chega a ser engraçado ver a quantidade de vezes em que te perguntam por dia "está tudo bem? como você está? me conta tudo?"...

Deus pra mim atualmente é Shiva, e realmente ela não sai da pista nunca, tá sempre na "jogação". Não sei nem se pára para ir ao banheiro ou comprar cerveja... Acredito profundamente que alterar a visão sobre a vida é uma das missões mais básicas que temos a cumprir na vida. Acho que isso é viver profundamente a estética da recepção, néam? (Linha professor doutor...) E acho que isso é envelhecer, afinal é necessário tempo para ver ciclos fechando e iniciando e é necessário estar prestando atenção ou "inteiro" ou "comprometido" ou "qualquer coisa do gênero".

Olha, eu tô precisando mesmo voltar a escrever ficção porque eu tô ficando muito auto-ajuda com esses depoimentos. A ficção disfarça a auto-ajuda, fica imbutida e camuflada na "vivência do personagem" e, assim, mais nobre. Tenho que parar com essa coisa "vida mística", com 30 anos não pega nada bem... Melhor tentar uma coisa Eça, algo tipo "Os Leopoldos" ou sei lá.

sexta-feira, 25 de julho de 2008

live me alone with my arrogance



Hoje fui num evento no Oi Futuro chamado Multiplicidade. Assisti à apresentação de um dinamarquês chamado Prins Nitram (vc conhece, Fer?) que é um one man band, um multi-instrumentista (com ou sem hífen?), que faz o show sozinho, com ajuda de vídeos que o mostram tocando os instrumentos, como se fossem clones e, ao vivo, ele toca guitarra, baixo, bateria e usa sintetizador (bom, não sei se o nome é esse).

E toca baixo e bateria ao mesmo tempo (não preciso dizer que quero fazer isso, né?).

Detalhe: ele canta também.

Além disso o cara é uma figura, os vídeos são toscos e bregas, ele se veste com um terno feito com uma cortina dourada do teatro municipal, tem um bigodinho-cafajeste, tem um estilo de cantar que eu adoro e uma dancinha muito fofa!!

Ou seja, foi ótimo!!! Muito legal mesmo!

=D

Lisa Loeb



You say I only here what I want to.

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Agora mais sério


Não me ouve mais, nem sente, nem sonha
.
.
.
Não preciso de palavras (para ouvir ou dizer)
Preciso de presença (física ou energética)
Para viver
.
.
.
Vivo de pessoas
.
.
.
NÃO IMPORTA

Primeiro a bobeira...

Sorte

Eu realmente acho que, no geral, eu sou muito sortuda. Vocês também acham que são?

Ouvi pela zilésima vez a música abaixo hoje voltando de BH e olhando as paisagens insuportavelmente bucólicas das estradas, daí achei que poderia cantá-la por aí. Por sinal, gosto muito desse filme do John Waters... Eu gosto do John Waters não tem jeito.


Happy Go Lucky Me (Paul Evans)




Filme: Pecker ("Preço da fama")
Diretor: John Waters
Trailer do filme:

terça-feira, 22 de julho de 2008

Meu animalzinho de estimação

Faz 13 anos que eu crio um verdade demônio da tasmânia em casa. Ela baba pelos cantos da boca, rosna sem parar, não permite que cortem suas unhas, tem os dentes afiados e pesa 1 tonelada.

Eis meu anjinho:

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Engraçadinha



Há um tempinho Alanis fez uma versão para My Humps do Black Eyed Peas e jogou na internet.

Eu gostei da música, estilo Tori Amos, mas não entendi muito bem o que ela quis fazer. Não sei se foi pra sacanear ou outra coisa. De qualquer forma tá engraçado.

Quem não viu o original, está aqui: http://br.youtube.com/watch?v=aD_vJRatx-A

uma imagem


ps: fiquei com vontade de colocar umas palavras também, que caberiam perfeitamente aqui, mas... enfim... não.

sábado, 19 de julho de 2008

Sobre as praias da Finlândia

Respondendo às perguntas da Juliana que vai nos trazer alfajores (oba!):

Fiordes, infelizmente, só os metidos dos Noruegueses têm. Mas, em compensação, nós, os metidos Finlandeses, temos 187 888 lagos e 647 rios, há! Ah, e o mar Báltico. Então água não falta lá, só que são praias pequeninhas e nada dessas imensas faixas de área branca como tem aqui. Como a foto diz mais do que tantas e tantas palavras, apresento-lhes algumas das minhas praias:

Mar Báltico (Helsinki)

Rio Aura, no caminho à minha antiga faculdade (Turku)

O lago da casa dos meus pais no finzinho do verão (Siilinjärvi)

(OBS. a casinha branca é a sauna. Sauna na beira do lago = essência da Finlândia)

O mesmo lago, visto da varanda da sauna, alguns meses depois.

Orgulho

Orgulho é um coisa engraçada, né? É estranho ter orgulho de ser negro ou branco, de ser homo ou hétero ou bi ou tri ou tetra (?!). É estranho se vc pensa que não é uma escolha, é que nem ter orgulho de ter olho azul. Vocês já viram aquele documentário da moça que divide as pessoas entre as de olho claro e as de olho escuro? É bem interessante. E ter orgulho da sua família então? Taí outra coisa que a gente não escolhe. Mas então você pode ter orgulho do seu filho desde que ele seja adotado, já que vc escolheu? Mas aí então vc tá sentindo orgulho de ter feito uma escolha legal, que vc escolheu um filho legal, e o orgulho é de vc mesmo, não? Como a gente sente orgulho dos outros? Como funciona isso? Como funciona eu ter tanto orgulho, ficar tão feliz que o cachorro passeou tão bonito hoje no Aterro? Que ele brincou com os outros direitinho, e correu, e eu soltei a guia e ele não fugiu, e andou junto comigo, e vinha quando eu chamava, e tudo?

Chineses em férias ou curtindo um feriadão

Sei que muita gente aqui lê o Page Not Found, mas tive que colocar essa foto, que saiu neste blog do Globo, aqui. Vocês se imaginam num lugar assim? E o que é pior, se divertir assim?

quinta-feira, 17 de julho de 2008

What I need is a good defense

Deu certo com KT Tunstall; eu disse que a queria e ela vem ao meu encontro, dia 16/10.

Então, não custa tentar com essa aqui também, né? Eu quero!

Se não me engano, foi quando ela começou:

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Coisas que... continuação


Continuando minha lista de coisas que quero / necessito, preciso deste produto. Ou então, que se diminua a luz nos banheiros de shoppings!!


Renew Ultimate Complexo Reparador para o Contorno dos Olhos


• Redefine o contorno e restaura a firmeza.

• Suaviza o inchaço das pálpebras inferiores.

• Reduz rugas.

• Pele mais clara e uniforme.


=)

terça-feira, 15 de julho de 2008

Babel 2

Depois da lista da Rá! não tenho como não postar alguma música em finlandês para as Julianas se desesperarem... Para a minha alegria achei montes de vídeos no youtube da banda que mais marcou os meus anos 1990: Ultra Bra. É muito engraçado ver esses clipes agora, uma década ou mais depois (alias eu não tinha visto quase nenhum na época, o que será que fazia da minha vida naquela época). Enfim. É uma banda com um conceito completamente diferente de todas as outras daquela época (e de agora): montes de vozes, montes de instrumentos de sopro, letras com sacações ótimas, às vezes super-políticas e às vezes completamente sem sentido. Eles sempre foram muito estranhos e muito adoráveis. E sempre que acabo bêbada com a minha amiga Anne em algum karaokê trash de algum bar trash, fazemos questão de cantar o repertório inteiro deles. Acho que isso é sinal que estou velha. E trash.

Essa aqui se chama “Tyttöjen välisestä ystävyydestä”, ou seja, “Sobre a amizade entre meninas”.


O amado solo da Pátria de novo me enche de alegria e de sofrimento.

Agora todas as manhãs compareço nas alturas do istmo de Corinto e a minha alma, tal como abelha entre flores, voa frequentemente num vaivém entre os mares, os que à direita e à esquerda refrescam o sopé dos meus montes ardentes.

Especialmente um dos dois golfos dever-me-ia ter alegrado, se eu tivesse estado aqui um milênio antes.

Como um semideus vitorioso flutuava entre a magnífica selva das serras do Hélicon e do Parnaso, onde o raiar da aurora brinca em torno de uma centena de cumes nevados e por entre as planícies paradisíacas de Sícion avança o golfo cintilante em direção à cidade da alegria, a juvenil Corinto, depondo aos pés da amada as riquezas capturadas em todas as zonas.

Mas de que me serve tudo isso? O grito do chacal, que canta o seu hino fúnebre selvagem sobre os escombros da Antigüidade, arranca-me aos meus sonhos com sobressalto.

Ditoso o homem a quem uma Pátria florescente alegra e fortalece o coração! Quanto a mim, é como se fosse atirado ao pântano, como se fechassem a tampa do caixão sobre mim, de cada vez que alguém me recorda a minha Pátria e, quando alguém me chama grego, é como se me apertassem a garganta com a coleira de um cão.

E olha, meu caro Belarmino! Quando por vezes me escaparam algumas destas expressões e também quando, com a fúria, me vinham lágrimas aos olhos, logo apareciam os sábios senhores que entre vós, alemães, tanto gostam de se fazer ouvir, os desgraçados para quem o sofrimento de uma alma não é senão pretexto para sentenças e, fazendo-se passar por bons, diziam-me condescendentemente: não te lamentes, age!

Oh, oxalá nunca tivesse agido! Como seria mais rico em esperança!

Sim, esquece que há pessoas, ó meu coração miserável, atacado, de mil modos ofendido! E regressa ao teu ponto de partida, aos braços da Natureza imutável, serena e bela!
(Friedrich Hölderlin - Hipérion ou O Eremita da Grécia)

Babel

No último post da Ju Coelho ela mencionou que tinha gostado de uma música do Die Toten Hosen. Acho ótimo que as pessoas tenham superado preconceitos ou apenas velhos hábitos de ouvir e/ou gostar somente de músicas em inglês ou português. E é engraçado porque eu era uma dessas pessoas. Na verdade, eu SÓ tinha essa birra com música brasileira. Mas como assim? Eu gostava de Khaled cantando em árabe! Mas eu juro que não conseguia gostar de nada daqui e achava tudo um porre. Daí fui catequizada e passei a gostar de um monte coisa nacional, e hoje em dia sinto falta de ouvir coisas no nosso idioma. Saca aquela coisa de cantar junto, na nossa língua, realmente entendendo o que o fulaninho tá dizendo? Tá, é lógico que às vezes as pessoas precisam 'traduzir' alguns funks pra mim, mas aí são outros quinhentos.

Fica aí meu TOP 5 de bandas/artistas off inglês:

1- Pizzicato Five (japonês) *
2- Aterciopelados (espanhol)
3- Wolfsheim (alemão) *
4- Amadou & Mariam (dialeto francês)

5- Gorky's Zygotic Mynci (galês) *

*tá, eles às vezes gravam em inglês. Ninguém resiste.

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Fim de semana

Passei o final de semana em Brasília. Fui visitar 2 amigas, de quem estava com saudades, e conhecer a cidade. Não fazia idéia de como era. Sempre tentei imaginar, mas realmente não conseguia chegar a uma imagem.

É uma cidade cheia de peculiaridades. Não sei se me acostumaria com o fato de não dar pra ir a pé pros lugares. Dá nervoso isso. E o sistema de ruas é esquisito. Quer dizer, esquisito pra mim, que estou acostumada com outro esquema. Uma surpresa agradabilíssima foi o frio! Fazia frio mesmo lá. De manhã e à noite então era uma beleza!! Outra surpresa foi a vegetação da cidade. Há muitas árvores, plantas diversas e gramados e mais gramados. Tudo bem, estava tudo marrom pela seca (não chove há mais de 4 meses) e o ar é extremamente seco (fiquei com a garganta irritada). Mas o tipo de vegetação do cerrado me fez ficar com muita vontade de conhecer o Pantanal.

Brasília me pareceu também uma cidade do interior de Minas. Tem uma terra vermelha por lá cobrindo tudo. Minha bota preta ficou marrom.

Também dei uma volta em Pirenópolis, cidade tombada pelo patrimônio histórico nacional que fica a uns 150 km de Brasília e fiz uma trilha muito legal com 6 cachoeiras pelo percurso. Só não fui pra Chapada dos Veadeiros porque não tenho vacina contra febre amarela e não quis arriscar tanto assim.

Quero compartilhar com vocês algumas fotos (é claro que tirei milhões, como não poderia deixar de ser):




rsss... tá... vou colocar tb algumas típicas de Brasília, pra vcs não dizerem que não estive lá:



Ponte JK

Congresso Nacional

Guarda Presidencial

ps: fui muito mimada lá em Brasília. fiquei mal acostumada!! rss...

=D

Oi, meu nome é Juliana também e eu tenho um problema a menos.

Dia desses, entre as portas abertas de Santa Teresa, ouvi um amigo gay dizendo que queria ter um filho. Meu amigo quase-nada viado. O mais interessante, bonito, inteligente. De onde estava, eu, intrometida assumida, gritei 'Eu também quero, mas minha filha não tem pai. O nome dela vai ser Cora, você gosta?'. Ele arregalou os olhos e perguntou se eu falava sério. Eu não estava, assim, declaradamente, falando sério. Desceu uma nuvem de seriedade sobre nós, no meio da muvuca. Tivemos um brevíssimo papo. E, uau!, de repente descobri que existe a possibilidade, sim, de eu ter um filho, uma filha, a Cora, com um cara legal.
Porque eu sou absolutamente, radicalmente contra banco de esperma para futuras mamães lésbicas. Eu acho legal essa coisa toda de novas estruturas familiares, ampliar horizontes, urru, ser uma pessoa mais bacana com as diferenças e igualdades e blá. Mas tem que ter pai-e-mãe. Homem e mulher.
De onde tiraram a idéia de que pra ser pai e mãe de uma criança as pessoas têm de formar um casal? Não pode ser só um acordo afetivo e legalmente embasado? Ajudaria a acabar com o peso do 'fruto do nosso amor'.
Até mesmo entre casais heterossexuais deveria existir a naturalidade de se ter filho com uma pessoa escolhida pelo cônjuge, uma pessoa que ele julgue mais bacana, responsável, fofa, whatever!, pra ser pai/mãe do bebê.
Ou eu tô open-minded demais da conta? Porque não tô discutindo sexo; mas prudência na hora de resolver ter um filho.

Sonhos de Juliana

sonhei que o meu cachorro tinha sido engolido por um peixe que tava na parede por descuido meu. e eu te ligava quando acordava, da cama, com uma voz péssima. eu falava 'sabe o caio?', aí vc falava 'ôôô, me conta como ele tá!', eu chorava muito e dizia 'ele não tá, ele morreu ontem'. e vc vinha desesperada pra cá. e eu achava absolutamente surreal ele ter morrido daquela forma. engolido por um peixe que ficava fixado na parede. um peixe laranja. desses que tem em qualquer portaria de prédio com laguinho. eu tirava ele de dentro da boca do peixe - ele nao tinha sido mastigado, tinha só caído dentro da boca dele -, e ele tava totalmente murcho, desidratado. a explicação que me deram era que o peixe tinha sugado todos os nutrientes dele, já que estava fora da água. eu colocava ele na mesa (ah, ele era pequeno) e jogava várias agüinhas, esperando que ele fosse ressuscitar. e nada. meu pai dissecava ele, eu ficava com ódio porque tinha esperanças sinceras de que ele ia acordar.
você chegava e era como se eu não tivesse contado nada. repetia tudo: 'sabe o caio?', aí vc falva 'ôôô, me conta como ele tá!', eu chorava muito e dizia 'ele não tá, ele morreu ontem'. você tinha vindo pra me dar apoio. de short e casaco. eu saí do quarto. e quando cheguei até o corredor veio ele todo faceiro, vivinho. eu tinha sonhado com tudo. e voltava pro quarto com ele, feliz, mas muito envergonhada. e você ia embora brava comigo. muito brava. sem entender que eu não tinha inventado tudo. e que pra mim era real até a certificação de que ele estava morto.

Der Walkampf

Eu vi uma sessão do Anima Mundi ontem, super vazia, até passei no Estação antes pra comprar o ingresso, nem precisava. Era a sessão com alguns curtas do Andreas Hykade, que eu nunca tinha ouvido falar, mas era às 8 e olhando na página do Anima Mundi, pareceu legal. E foi muito legal. E uma das animações é um clipe de uma banda alemã, Die Toten Hosen, que eu também nunca tinha ouvido falar. É um cara contando um pesadelo que ele teve, que ele tava na praia e apareceu uma baleia. Tô botando aqui embaixo o clipe e a tradução que achei da música pro inglês.



I woke up bathed in sweat
After a nightmare
I never dreamed anything so stupid
I was justified in my having panic
It was like this: I stood on the shore
And before me lay a whale
He still lived; I was alone
It was such a quagmire
I'm not the strongest
The animal weighed a ton
And the waves called:
Push the whale back into the ocean!

Push the whale
Push the whale
Push the whale back into the ocean!

So I kept trying to do it
Still with all my strength
The seagulls cried above me
Again I couldn't do it
Then a Greenpeace ship went by
I thought, thank God!
I roared and waved like crazy
And then I saw that it sank

Push the whale
Push the whale
Push the whale back into the ocean!

The tears started pouring
Because I was so helpless
The whale lay there unchanged
and I went near the animal
I begged of him:
Make yourself not as heavy!
And the sun cried: Do it already!
Push the whale back into the ocean!

The next morning I had muscle aches
I schlepped into the bathroom
I turned on the shower
How much good that did me!
Then I heard my girlfriend
She screamed from seamingly nowhere:
"What are you doing in the shower?
Push the whale back into the ocean!"

Push the whale
Push the whale
Push the whale back into the ocean!
Push the whale
Push the whale
Push the fucking whale back into the ocean!

domingo, 13 de julho de 2008

Encomenda sapática

Atendendo a pedidos de minha cara irmã, apresento às doces meninas deste blog um momento romântico protagonizado por Maria Bethânia e Adriana Calcanhotto, com direito até a um beijinho no final. É meio brega e um pouco constrangedor, mas até que.. ah, gente... ;)

Fazer livros ou abandonar o que ama (trechos de algo que teria dito melhor outro dia qualquer, mas que só tenho tempo para escrever agora)

Tenho pensado tanto tanto tanto que em volta tem ficado uma bagunça. Acho isso um problema, mas não estou podendo parar de pensar. Ou não estou conseguindo. Ou não estou mesmo podendo.

Estou sendo institucionalmente obrigada a pensar minha vida. Em ordem lógica. Uma monografia.

Por que diabos se envolver tanto com livros? E ainda se interessar pelo ponto cego da produção deles que é justamente o momento entre o autor e o leitor, que ninguém nem sabe que existe!? É o momento em que parece haver só uma maneira de proceder, mas é só alterar o cronograma que você arranja milhares de novos caminhos para fazer um livro. Nenhum ideal, mas ninguém nunca me apresentou uma medida de quanto nos afastamos do ideal com essas soluções incríveis.

Eu acho livro importante para o ser humano. Mas acho que estou errada. É importante por ser um arquivo, mas não pelo que contém. Analfabetismo é ruim pro nosso modo de vida, mas não me parece prejudicial ao homem pelo que é em si. Assim como a mãe do Lula, nós todos nascemos analfabetos e poderíamos viver com isso e fazer coisas úteis e fazer coisas lindas e fazer o que seria nossa missão na vida. (Ai, fodeu: Qual seria a razão de existirmos, cacete? Não consigo fingir muito tempo que não estou pensando nisso, acho mesmo que SÓ SÓ SÓ penso nisso e tudo que faço e falo é metáfora, mas ok... Ok, nada: Viver o todo-dia seria metáfora? De quê? Por favor, não respondam "a Matrix")

Voltando: Estranho se afastar do ideal ser um erro. Se tem uma coisa que eu juro que existe são as "diversas possibilidades". Diversas possibilidades de tudo dar certo (dar errado tb, mas isso todo mundo fala, tem lei de murphy e o caralh'a quatro)! Eu não sei se isso é fluoxetina de mais ou de menos no sangue, mas tenho facilidade de abandonar o bom, o que gosto, o que funciona, pra ver o-que-mais-se-pode-ter.

Estou falando isso por causa do meu atual pedido de demissão. Quarta não estou mais lá, não pertenço mais e isso sempre dói. Muita convivência, alguma grosseria, muitas piadas, muitos mal-entendidos, muita gravidez, muito casamento, muitíssimas surpresas, dois incêndios, muitos babacas, muito dinheiro passeando sempre longe da minha conta, infinitas ajudas.

Definitivamente, tudo tem limite, até mesmo samba, conforto e felicidade.

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Pelo direito

Aproveitando o momento, aqui está um comercial que achei MUITO legal, que vem lá da terrinha. Lembrei dele depois do post da Juliana.



=)

Comercial do Nebacetin



Alguém já tinha visto?

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Muito melhor que a Califórnia

Ladies & Gentleman: o Arnold ficou louco pela bunda, bunda, bunda das mulatas!



E tudo de bom pra você.

Mostra de cinema, TV e ciclo de debates: a homossexualidade na mídia – o que mudou...

O evento começa dia 08 de julho com debates, filmes e seriados sobre o tema.

No ano em que se comemoram os 200 anos da imprensa brasileira, uma mostracom o patrocínio da Caixa Econômica Federal pretende apresentar e discutir,na Caixa Cultural no Rio e em São Paulo, a presença da figura homossexualnos meios de comunicação em massa. Durante 12 dias, o público assistirágratuitamente a filmes e seriados de TV e, além disso, poderá participar deum ciclo de debates cuja proposta central é estimular a reflexão sobre ostemas exibidos.

Motivados pela crescente aceitação da homossexualidade pelo grande público,os curadores Ailton Franco Jr. e Paulo Roberto Jr. idealizaram o projeto "AHomossexualidade na Mídia – O que Mudou...". Na mostra audiovisual, oobjetivo é levar ao público geral um panorama do que foi produzido de maissignificativo sobre o tema, logo o foco não está em produções exclusivamentevoltadas para o público homossexual, e sim naquelas que inserem a figura dohomossexual em seu contexto. O ciclo de debates, em contrapartida, irácomplementar o que é exposto visualmente, dando um fundamento teórico não sóàs exibições, mas problematizando a presença do homossexual nos diversostipos de mídia: televisão, cinema, mídia impressa e publicidade.

Dentre os títulos a serem exibidos figuram clássicos do cinema mundial dediretores renomados, como "Teorema", de Pier Paolo Pasollini, e "Satyricon",de Frederico Fellini (ambos em 35mm), "Blockbusters" (O Segredo de BrokebackMountain, A Gaiola das Loucas), programas de TV (Sex and the City, The LWorld) e seleção especial de curtas metragens do Festival Mix Brasil e doFestival Internacional de Curtas do Rio de Janeiro – Curta Cinema.

Com a mostra de filmes e seriados, pretende-se compor um mosaico dereferências que possam ilustrar de forma significativa a amplitude do tema.As mesas serão compostas por personalidades com significativa inserção namídia, como os jornalistas João Ximenes Braga e Luiz Garcia, e acadêmicoscujo trabalho tem trazido grandes contribuições teóricas acerca do tema.

O evento é totalmente gratuito e acontecerá no período de 08 a 20 de julhono Rio de Janeiro e de 15 a 20 de julho em São Paulo. Além do patrocínio daCaixa Econômica Federal a mostra "Homossexualidade na Mídia – O queMudou..." conta com o apoio cultural do Grupo Estação, Filmes do Estação,Universal Home Pictures, Sony Home Entertraiment, Columbia Home Picture,Europa Filmes, e a emissora inglesa Channel 4.

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A programação completa está no site da Caixa Cultural: www.caixacultural.gov.br

Filmes que irão passar:

Teorema (Pasolini)
Garotos de Programa (Gus Van Sant)
Plata Queimada (Marcelo Piñeyro)
Priscila – A Rainha do Deserto (Stephan Elliott)
Banquete de Casamento (Hsi Yen)
Brokeback Mountain (Ang Lee)
Filadélfia (Jonathan Demme)
Madame Satã (Karim Ainouz)
A Gaiola das Loucas (Mike Nichols)
O Paciente Zero (John Greyson)
Paixão Selvagem (Serge Gainsbourg)
Traídos pelo Desejo (Neils Jordan)
Satyricon (Fellini)
A Lei do Desejo (Almodóvar)
Minha Adorável Lavanderia (Stephan Freas)
Aimeé e Jaguar (Max Farberböck)
Tudo sobre minha Mãe (Almodóvar)
Antes do Anoitecer (JulianSchnabel)
Minha Vida em Cor de Rosa (Alain Berliner)

fui



(foto tirada pela Juli e manipulada por mim)

domingo, 6 de julho de 2008

You've got your mother in a whirl / She's not sure if you're a boy or a girl

Oi, meu nome é Cindy e sou infinitamente gay:






Abriria a porta do carro e enviaria rosas vermelhas para todos. Homem tem que ser tratado assim...

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Sofia

O fut dos domingos

Eu fui lá um domingo desses porque a Martinha me convenceu (não sei como conseguiu) que não precisava “saber jogar” para entrar e que o astral era super relax e que qualquer uma poderia entrar etc etc. Ai pensei: oba, vou lá, já que estou no Brasil, aproveito para aprender a jogar um pouco e tal. Só que esqueci de um detalhe: aqui é o Brasil. BRASIL. Aquele futebol dos domingos, para “brincar com as amigas”, era mais ou menos assim:



Vou ficar quieta e continuar fazendo os meus bonecos de neve.

quarta-feira, 2 de julho de 2008

CTRL

Ouvindo Sade - "By Your Side" ( Sade é minha musa nos momentos 'o amor é fudido'. E em outros também... hihihi)

Hoje é o segundo dia de julho, já entramos no segundo semestre e segundo minha mãe eu preciso organizar minha vida.
Lá no meu curso de B*%#teconomia fiz uma matéria uó chamada Gestão de Documentos. Um porre! A única coisa que prestou foi aprender um método de organização que agora vou tentar aplicar no gerenciamento da minha vida, tanto profissional quanto pessoal.
O método 5S foi criado no Japão e implantado na reestruturação de empresas e indústrias japonesas para serem compatíveis com o mercado mundial. O programa tem este nome por tratar-se de um sistema de cinco conceitos básicos e simples, porém essenciais e que fazem a diferença na busca de um Sistema da Qualidade Total e blá blá blá. São eles:

1.º S - SEIRI - SENSO DE UTILIZAÇÃO
CONCEITO: "separar o útil do inútil, eliminando o desnecessário".
Tem um monte de coisa inútil na minha vida. Coisas de ex que eu não consigo me desfazer, material da minha primeira graduação que eu guardo sei-lá-porquê, roupas que já não me servem mais, e por aí vai.

2.º S - SEITON - SENSO DE ARRUMAÇÃO
CONCEITO: "identificar e arrumar tudo, para que qualquer pessoa possa localizar facilmente".
Pois é, porque só eu localizo as coisas na minha bagunça. Meu monitor no trabalho parece uma árvore de post-it. São post-its coloridos brotando de tudo quanto é lugar. Minha amiga de trabalho quase me matou (se matou) nas minhas férias.

3.º S - SEISO - SENSO DE LIMPEZA
CONCEITO: "manter um ambiente sempre limpo, eliminando as causas da sujeira e aprendendo a não sujar".
Tenho que aprender a comer cream cracker sem deixar rastro pela casa. Ou melhor, tenho que começar a usar um prato.

4.º S - SEIKETSU - SENSO DE SAÚDE E HIGIENE
CONCEITO: "manter um ambiente de trabalho sempre favorável a saúde e higiene.
Acho que nesse ponto tá tudo certinho. Quer dizer, tenho que parar de fumar, né? Vou aproveitar pra tentar já que acabaram com o fumódromo.

5.º S - SHITSUKE - SENSO DE AUTO-DISCIPLINA
CONCEITO: "fazer dessas atitudes, ou seja, da metodologia, um hábito, transformando
os 5s's num modo de vida".
Será?

terça-feira, 1 de julho de 2008

Ser bicho.

Eu tô há dias pensando em escrever o que vou escrever, mas sem tempo, porque eu tô trabalhando muito, organizando minha vida financeira e com moderada sensação de que não vou conseguir dizer exatamente o que quero dizer.
Eu tava no ponto de ônibus semana passada e chegou um mendigão. Daqueles BEM sujos, de cabelão. Bem sujo. Pretinho de sujeira. Aí rolou aquela gradação de pensamentos de sempre: 'ih, que merda, será que o cara vai me assaltar?', 'ai, que cheiro péssimo...', 'ai, será que ele vai encostar em mim quando me assaltar? pq devem ter vários piolhos e , er.', 'ai, que merda, cara, esse cara não é cara, é bicho...', 'Como, o que acontece, como será que o cara transcendeu e perdeu totalmente a noção de higiene?', 'cara, que merda alguém virar uma coisa que não é 'alguém'; é 'isso'. Eu sempre penso as mesmas coisas. Acho incompreensível uma pessoa deixar de ser pessoa pra virar bichinho, vira-lata. Logo, acho que todas são malucas. E eu tenho medo de gente maluca. Esse tipo de gente maluca. Eu acho que a total falta de higiene - em que a pessoa faz xixi e cocô na roupa, que não toma banho há anos, que dorme no lixo e come o que dorme - é o que faz a pessoa deixar de ser pessoa pra ser bicho.
Tá, enfim. Daí eu tava lá no ponto, com medo do moço-bicho. E veio caminhando um moço-bicho-fodeu, falando com ódio com o chão. Falando sobre o demônio. O moço-bicho levantou, pegou as coisas e ficou olhando, de longe, com medo. O mesmo medo que eu tava sentindo, que as pessoas do ponto estavam sentindo. Ele esperou o moço-bicho-fodeu ir embora pra voltar pro lugar em que tava sentado.
Eu senti uma coisa tão 'uau, irmão' por ele, que tudo mudou. Eu olhei no olho dele com cara de 'ih, que merda, loucão'. E, cara, ele tinha olho. Tinha expressão, tinha medo. Era gente de novo. E era frágil, porque teve medo. Eu fui embora muito encucada, tentando entender como a minha percepção pôde mudar tão rápido e tão seriamente. Porque o moço-bicho é moço-bicho; mas é moço, só moço, quando aparece alguém mais bicho que ele. Como se existissem gradações para bichice.
Deu pra entender?