quarta-feira, 30 de julho de 2008
Cloverfield
De qualquer forma, tenho que admitir que foi sobre Cloverfield o melhor resumo já feito sobre filmes:
http://speterdavis.com/mcomics_cloverfield.html
=P
segunda-feira, 28 de julho de 2008
Relaxa
Não há nada mais sem noção do ouvir “agora relaxa” no ginecologista. A gente fica lá, naquela situação constrangedora, com aquele jalequinho tenebroso (não é melhor ficar pelada logo? Pra que aquilo?), deitada naquela cama-aparelho-de-tortura e tem que ouvir “relaxa”.
Dá vontade de mandar a mãe relaxar.
E ainda tem testemunhas. Como meu ginecologista é homem, a secretária fica lá vendo tudo.
=)
domingo, 27 de julho de 2008
Manhattan
Enfim, aqui está a receita do manhattan:
1 dose de whisky (o original é com whiskey, o americano)
Colocar os ingredientes num copo misturador com gelo e coar para uma taça tipo martini decorando com uma cereja.
ps: rach, felipe (o amigo das sapas) e virpi, vocês se livraram de uma boa... eu estava de MUITO bom humor nesse dia!! Rssss....
=)
sábado, 26 de julho de 2008
Tô besta – depoimento
Quando uma coisa muda na vida, a percepção de todas as outras coisas da vida muda junto, né? Assim: você estuda e trabalha. Faz isso por um ano seguido pelo menos. No fim desse ano você acredita que a vida é do jeito que você a está sentindo naquele momento. Inclusive acha que sempre foi assim e não entende como você fazia antigamente tantas coisas que agora parecem tão sem sentido.
Ok.
Você começa a fazer academia antes de trabalhar e estudar e tudo muda. Você acha seu trabalho diferente, seu curso diferente, estabelece novas maneiras de se relacionar, sente fome em momentos diferentes, tem vontade de fazer coisas que antes não tinha, dorme em outros horários, passa a ver sua cidade em um horário mais cedo e tem uma nova visão dela etc. Tudo muda.
Sim, depois de mais ou menos um ano você acha de novo que a vida sempre foi assim e que você fazia coisas absolutamente sem sentido, mas aí você insere um curso de inglês, por exemplo, e pronto, uma "brand new" vida surge para você de novo e então até Deus parece mudar de personalidade.
Agora, experimente sair de um longo e profundo relacionamento e de seu exigentíssimo emprego quase ao mesmo tempo e iniciar outro profundo relacionamento e começar a trabalhar em uma empresa com prioridades quase opostas as da anterior também quase ao mesmo tempo. Chega a ser engraçado ver a quantidade de vezes em que te perguntam por dia "está tudo bem? como você está? me conta tudo?"...
Deus pra mim atualmente é Shiva, e realmente ela não sai da pista nunca, tá sempre na "jogação". Não sei nem se pára para ir ao banheiro ou comprar cerveja... Acredito profundamente que alterar a visão sobre a vida é uma das missões mais básicas que temos a cumprir na vida. Acho que isso é viver profundamente a estética da recepção, néam? (Linha professor doutor...) E acho que isso é envelhecer, afinal é necessário tempo para ver ciclos fechando e iniciando e é necessário estar prestando atenção ou "inteiro" ou "comprometido" ou "qualquer coisa do gênero".
Olha, eu tô precisando mesmo voltar a escrever ficção porque eu tô ficando muito auto-ajuda com esses depoimentos. A ficção disfarça a auto-ajuda, fica imbutida e camuflada na "vivência do personagem" e, assim, mais nobre. Tenho que parar com essa coisa "vida mística", com 30 anos não pega nada bem... Melhor tentar uma coisa Eça, algo tipo "Os Leopoldos" ou sei lá.
sexta-feira, 25 de julho de 2008
live me alone with my arrogance
Detalhe: ele canta também.
Além disso o cara é uma figura, os vídeos são toscos e bregas, ele se veste com um terno feito com uma cortina dourada do teatro municipal, tem um bigodinho-cafajeste, tem um estilo de cantar que eu adoro e uma dancinha muito fofa!!
Ou seja, foi ótimo!!! Muito legal mesmo!
quarta-feira, 23 de julho de 2008
Agora mais sério
Sorte
Ouvi pela zilésima vez a música abaixo hoje voltando de BH e olhando as paisagens insuportavelmente bucólicas das estradas, daí achei que poderia cantá-la por aí. Por sinal, gosto muito desse filme do John Waters... Eu gosto do John Waters não tem jeito.
Happy Go Lucky Me (Paul Evans)
Filme: Pecker ("Preço da fama")
Diretor: John Waters
Trailer do filme:
terça-feira, 22 de julho de 2008
Meu animalzinho de estimação
segunda-feira, 21 de julho de 2008
Engraçadinha
Há um tempinho Alanis fez uma versão para My Humps do Black Eyed Peas e jogou na internet.
Eu gostei da música, estilo Tori Amos, mas não entendi muito bem o que ela quis fazer. Não sei se foi pra sacanear ou outra coisa. De qualquer forma tá engraçado.
Quem não viu o original, está aqui: http://br.youtube.com/watch?v=aD_vJRatx-A
uma imagem
sábado, 19 de julho de 2008
Sobre as praias da Finlândia
Mar Báltico (Helsinki)
Rio Aura, no caminho à minha antiga faculdade (Turku)
O lago da casa dos meus pais no finzinho do verão (Siilinjärvi)
(OBS. a casinha branca é a sauna. Sauna na beira do lago = essência da Finlândia)
O mesmo lago, visto da varanda da sauna, alguns meses depois.
Orgulho
Chineses em férias ou curtindo um feriadão
quinta-feira, 17 de julho de 2008
What I need is a good defense
Então, não custa tentar com essa aqui também, né? Eu quero!
Se não me engano, foi quando ela começou:
quarta-feira, 16 de julho de 2008
Coisas que... continuação
Renew Ultimate Complexo Reparador para o Contorno dos Olhos
• Redefine o contorno e restaura a firmeza.
terça-feira, 15 de julho de 2008
Babel 2
Essa aqui se chama “Tyttöjen välisestä ystävyydestä”, ou seja, “Sobre a amizade entre meninas”.
Agora todas as manhãs compareço nas alturas do istmo de Corinto e a minha alma, tal como abelha entre flores, voa frequentemente num vaivém entre os mares, os que à direita e à esquerda refrescam o sopé dos meus montes ardentes.
Especialmente um dos dois golfos dever-me-ia ter alegrado, se eu tivesse estado aqui um milênio antes.
Como um semideus vitorioso flutuava entre a magnífica selva das serras do Hélicon e do Parnaso, onde o raiar da aurora brinca em torno de uma centena de cumes nevados e por entre as planícies paradisíacas de Sícion avança o golfo cintilante em direção à cidade da alegria, a juvenil Corinto, depondo aos pés da amada as riquezas capturadas em todas as zonas.
Mas de que me serve tudo isso? O grito do chacal, que canta o seu hino fúnebre selvagem sobre os escombros da Antigüidade, arranca-me aos meus sonhos com sobressalto.
Ditoso o homem a quem uma Pátria florescente alegra e fortalece o coração! Quanto a mim, é como se fosse atirado ao pântano, como se fechassem a tampa do caixão sobre mim, de cada vez que alguém me recorda a minha Pátria e, quando alguém me chama grego, é como se me apertassem a garganta com a coleira de um cão.
E olha, meu caro Belarmino! Quando por vezes me escaparam algumas destas expressões e também quando, com a fúria, me vinham lágrimas aos olhos, logo apareciam os sábios senhores que entre vós, alemães, tanto gostam de se fazer ouvir, os desgraçados para quem o sofrimento de uma alma não é senão pretexto para sentenças e, fazendo-se passar por bons, diziam-me condescendentemente: não te lamentes, age!
Oh, oxalá nunca tivesse agido! Como seria mais rico em esperança!
Sim, esquece que há pessoas, ó meu coração miserável, atacado, de mil modos ofendido! E regressa ao teu ponto de partida, aos braços da Natureza imutável, serena e bela!
Babel
Fica aí meu TOP 5 de bandas/artistas off inglês:
1- Pizzicato Five (japonês) *
2- Aterciopelados (espanhol)
3- Wolfsheim (alemão) *
4- Amadou & Mariam (dialeto francês)
5- Gorky's Zygotic Mynci (galês) *
*tá, eles às vezes gravam em inglês. Ninguém resiste.
segunda-feira, 14 de julho de 2008
Fim de semana
É uma cidade cheia de peculiaridades. Não sei se me acostumaria com o fato de não dar pra ir a pé pros lugares. Dá nervoso isso. E o sistema de ruas é esquisito. Quer dizer, esquisito pra mim, que estou acostumada com outro esquema. Uma surpresa agradabilíssima foi o frio! Fazia frio mesmo lá. De manhã e à noite então era uma beleza!! Outra surpresa foi a vegetação da cidade. Há muitas árvores, plantas diversas e gramados e mais gramados. Tudo bem, estava tudo marrom pela seca (não chove há mais de 4 meses) e o ar é extremamente seco (fiquei com a garganta irritada). Mas o tipo de vegetação do cerrado me fez ficar com muita vontade de conhecer o Pantanal.
Brasília me pareceu também uma cidade do interior de Minas. Tem uma terra vermelha por lá cobrindo tudo. Minha bota preta ficou marrom.
Quero compartilhar com vocês algumas fotos (é claro que tirei milhões, como não poderia deixar de ser):
Ponte JK
Congresso Nacional
Guarda Presidencial
ps: fui muito mimada lá em Brasília. fiquei mal acostumada!! rss...
=D
Oi, meu nome é Juliana também e eu tenho um problema a menos.
Porque eu sou absolutamente, radicalmente contra banco de esperma para futuras mamães lésbicas. Eu acho legal essa coisa toda de novas estruturas familiares, ampliar horizontes, urru, ser uma pessoa mais bacana com as diferenças e igualdades e blá. Mas tem que ter pai-e-mãe. Homem e mulher.
De onde tiraram a idéia de que pra ser pai e mãe de uma criança as pessoas têm de formar um casal? Não pode ser só um acordo afetivo e legalmente embasado? Ajudaria a acabar com o peso do 'fruto do nosso amor'.
Até mesmo entre casais heterossexuais deveria existir a naturalidade de se ter filho com uma pessoa escolhida pelo cônjuge, uma pessoa que ele julgue mais bacana, responsável, fofa, whatever!, pra ser pai/mãe do bebê.
Ou eu tô open-minded demais da conta? Porque não tô discutindo sexo; mas prudência na hora de resolver ter um filho.
Sonhos de Juliana
você chegava e era como se eu não tivesse contado nada. repetia tudo: 'sabe o caio?', aí vc falva 'ôôô, me conta como ele tá!', eu chorava muito e dizia 'ele não tá, ele morreu ontem'. você tinha vindo pra me dar apoio. de short e casaco. eu saí do quarto. e quando cheguei até o corredor veio ele todo faceiro, vivinho. eu tinha sonhado com tudo. e voltava pro quarto com ele, feliz, mas muito envergonhada. e você ia embora brava comigo. muito brava. sem entender que eu não tinha inventado tudo. e que pra mim era real até a certificação de que ele estava morto.
Der Walkampf
I woke up bathed in sweat
After a nightmare
I never dreamed anything so stupid
I was justified in my having panic
It was like this: I stood on the shore
And before me lay a whale
He still lived; I was alone
It was such a quagmire
I'm not the strongest
The animal weighed a ton
And the waves called:
Push the whale back into the ocean!
Push the whale
Push the whale
Push the whale back into the ocean!
So I kept trying to do it
Still with all my strength
The seagulls cried above me
Again I couldn't do it
Then a Greenpeace ship went by
I thought, thank God!
I roared and waved like crazy
And then I saw that it sank
Push the whale
Push the whale
Push the whale back into the ocean!
The tears started pouring
Because I was so helpless
The whale lay there unchanged
and I went near the animal
I begged of him:
Make yourself not as heavy!
And the sun cried: Do it already!
Push the whale back into the ocean!
The next morning I had muscle aches
I schlepped into the bathroom
I turned on the shower
How much good that did me!
Then I heard my girlfriend
She screamed from seamingly nowhere:
"What are you doing in the shower?
Push the whale back into the ocean!"
Push the whale
Push the whale
Push the whale back into the ocean!
Push the whale
Push the whale
Push the fucking whale back into the ocean!
domingo, 13 de julho de 2008
Encomenda sapática
Fazer livros ou abandonar o que ama (trechos de algo que teria dito melhor outro dia qualquer, mas que só tenho tempo para escrever agora)
Estou sendo institucionalmente obrigada a pensar minha vida. Em ordem lógica. Uma monografia.
Por que diabos se envolver tanto com livros? E ainda se interessar pelo ponto cego da produção deles que é justamente o momento entre o autor e o leitor, que ninguém nem sabe que existe!? É o momento em que parece haver só uma maneira de proceder, mas é só alterar o cronograma que você arranja milhares de novos caminhos para fazer um livro. Nenhum ideal, mas ninguém nunca me apresentou uma medida de quanto nos afastamos do ideal com essas soluções incríveis.
Eu acho livro importante para o ser humano. Mas acho que estou errada. É importante por ser um arquivo, mas não pelo que contém. Analfabetismo é ruim pro nosso modo de vida, mas não me parece prejudicial ao homem pelo que é em si. Assim como a mãe do Lula, nós todos nascemos analfabetos e poderíamos viver com isso e fazer coisas úteis e fazer coisas lindas e fazer o que seria nossa missão na vida. (Ai, fodeu: Qual seria a razão de existirmos, cacete? Não consigo fingir muito tempo que não estou pensando nisso, acho mesmo que SÓ SÓ SÓ penso nisso e tudo que faço e falo é metáfora, mas ok... Ok, nada: Viver o todo-dia seria metáfora? De quê? Por favor, não respondam "a Matrix")
Voltando: Estranho se afastar do ideal ser um erro. Se tem uma coisa que eu juro que existe são as "diversas possibilidades". Diversas possibilidades de tudo dar certo (dar errado tb, mas isso todo mundo fala, tem lei de murphy e o caralh'a quatro)! Eu não sei se isso é fluoxetina de mais ou de menos no sangue, mas tenho facilidade de abandonar o bom, o que gosto, o que funciona, pra ver o-que-mais-se-pode-ter.
Estou falando isso por causa do meu atual pedido de demissão. Quarta não estou mais lá, não pertenço mais e isso sempre dói. Muita convivência, alguma grosseria, muitas piadas, muitos mal-entendidos, muita gravidez, muito casamento, muitíssimas surpresas, dois incêndios, muitos babacas, muito dinheiro passeando sempre longe da minha conta, infinitas ajudas.
Definitivamente, tudo tem limite, até mesmo samba, conforto e felicidade.
sexta-feira, 11 de julho de 2008
quarta-feira, 9 de julho de 2008
Pelo direito
=)
segunda-feira, 7 de julho de 2008
Muito melhor que a Califórnia
E tudo de bom pra você.
Mostra de cinema, TV e ciclo de debates: a homossexualidade na mídia – o que mudou...
No ano em que se comemoram os 200 anos da imprensa brasileira, uma mostracom o patrocínio da Caixa Econômica Federal pretende apresentar e discutir,na Caixa Cultural no Rio e em São Paulo, a presença da figura homossexualnos meios de comunicação em massa. Durante 12 dias, o público assistirágratuitamente a filmes e seriados de TV e, além disso, poderá participar deum ciclo de debates cuja proposta central é estimular a reflexão sobre ostemas exibidos.
Motivados pela crescente aceitação da homossexualidade pelo grande público,os curadores Ailton Franco Jr. e Paulo Roberto Jr. idealizaram o projeto "AHomossexualidade na Mídia – O que Mudou...". Na mostra audiovisual, oobjetivo é levar ao público geral um panorama do que foi produzido de maissignificativo sobre o tema, logo o foco não está em produções exclusivamentevoltadas para o público homossexual, e sim naquelas que inserem a figura dohomossexual em seu contexto. O ciclo de debates, em contrapartida, irácomplementar o que é exposto visualmente, dando um fundamento teórico não sóàs exibições, mas problematizando a presença do homossexual nos diversostipos de mídia: televisão, cinema, mídia impressa e publicidade.
Dentre os títulos a serem exibidos figuram clássicos do cinema mundial dediretores renomados, como "Teorema", de Pier Paolo Pasollini, e "Satyricon",de Frederico Fellini (ambos em 35mm), "Blockbusters" (O Segredo de BrokebackMountain, A Gaiola das Loucas), programas de TV (Sex and the City, The LWorld) e seleção especial de curtas metragens do Festival Mix Brasil e doFestival Internacional de Curtas do Rio de Janeiro – Curta Cinema.
Com a mostra de filmes e seriados, pretende-se compor um mosaico dereferências que possam ilustrar de forma significativa a amplitude do tema.As mesas serão compostas por personalidades com significativa inserção namídia, como os jornalistas João Ximenes Braga e Luiz Garcia, e acadêmicoscujo trabalho tem trazido grandes contribuições teóricas acerca do tema.
O evento é totalmente gratuito e acontecerá no período de 08 a 20 de julhono Rio de Janeiro e de 15 a 20 de julho em São Paulo. Além do patrocínio daCaixa Econômica Federal a mostra "Homossexualidade na Mídia – O queMudou..." conta com o apoio cultural do Grupo Estação, Filmes do Estação,Universal Home Pictures, Sony Home Entertraiment, Columbia Home Picture,Europa Filmes, e a emissora inglesa Channel 4.
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A programação completa está no site da Caixa Cultural: www.caixacultural.gov.br
Filmes que irão passar:
Teorema (Pasolini)
Garotos de Programa (Gus Van Sant)
Plata Queimada (Marcelo Piñeyro)
Priscila – A Rainha do Deserto (Stephan Elliott)
Banquete de Casamento (Hsi Yen)
Brokeback Mountain (Ang Lee)
Filadélfia (Jonathan Demme)
Madame Satã (Karim Ainouz)
A Gaiola das Loucas (Mike Nichols)
O Paciente Zero (John Greyson)
Paixão Selvagem (Serge Gainsbourg)
Traídos pelo Desejo (Neils Jordan)
Satyricon (Fellini)
A Lei do Desejo (Almodóvar)
Minha Adorável Lavanderia (Stephan Freas)
Aimeé e Jaguar (Max Farberböck)
Tudo sobre minha Mãe (Almodóvar)
Antes do Anoitecer (JulianSchnabel)
Minha Vida em Cor de Rosa (Alain Berliner)
domingo, 6 de julho de 2008
You've got your mother in a whirl / She's not sure if you're a boy or a girl
sexta-feira, 4 de julho de 2008
O fut dos domingos
Vou ficar quieta e continuar fazendo os meus bonecos de neve.
quarta-feira, 2 de julho de 2008
CTRL
Hoje é o segundo dia de julho, já entramos no segundo semestre e segundo minha mãe eu preciso organizar minha vida.
O método 5S foi criado no Japão e implantado na reestruturação de empresas e indústrias japonesas para serem compatíveis com o mercado mundial. O programa tem este nome por tratar-se de um sistema de cinco conceitos básicos e simples, porém essenciais e que fazem a diferença na busca de um Sistema da Qualidade Total e blá blá blá. São eles:
1.º S - SEIRI - SENSO DE UTILIZAÇÃO
CONCEITO: "separar o útil do inútil, eliminando o desnecessário".
Tem um monte de coisa inútil na minha vida. Coisas de ex que eu não consigo me desfazer, material da minha primeira graduação que eu guardo sei-lá-porquê, roupas que já não me servem mais, e por aí vai.
2.º S - SEITON - SENSO DE ARRUMAÇÃO
CONCEITO: "identificar e arrumar tudo, para que qualquer pessoa possa localizar facilmente".
Pois é, porque só eu localizo as coisas na minha bagunça. Meu monitor no trabalho parece uma árvore de post-it. São post-its coloridos brotando de tudo quanto é lugar. Minha amiga de trabalho quase me matou (se matou) nas minhas férias.
3.º S - SEISO - SENSO DE LIMPEZA
CONCEITO: "manter um ambiente sempre limpo, eliminando as causas da sujeira e aprendendo a não sujar".
Tenho que aprender a comer cream cracker sem deixar rastro pela casa. Ou melhor, tenho que começar a usar um prato.
4.º S - SEIKETSU - SENSO DE SAÚDE E HIGIENE
CONCEITO: "manter um ambiente de trabalho sempre favorável a saúde e higiene.
Acho que nesse ponto tá tudo certinho. Quer dizer, tenho que parar de fumar, né? Vou aproveitar pra tentar já que acabaram com o fumódromo.
5.º S - SHITSUKE - SENSO DE AUTO-DISCIPLINA
CONCEITO: "fazer dessas atitudes, ou seja, da metodologia, um hábito, transformando
os 5s's num modo de vida".
Será?
terça-feira, 1 de julho de 2008
Ser bicho.
Eu tava no ponto de ônibus semana passada e chegou um mendigão. Daqueles BEM sujos, de cabelão. Bem sujo. Pretinho de sujeira. Aí rolou aquela gradação de pensamentos de sempre: 'ih, que merda, será que o cara vai me assaltar?', 'ai, que cheiro péssimo...', 'ai, será que ele vai encostar em mim quando me assaltar? pq devem ter vários piolhos e , er.', 'ai, que merda, cara, esse cara não é cara, é bicho...', 'Como, o que acontece, como será que o cara transcendeu e perdeu totalmente a noção de higiene?', 'cara, que merda alguém virar uma coisa que não é 'alguém'; é 'isso'. Eu sempre penso as mesmas coisas. Acho incompreensível uma pessoa deixar de ser pessoa pra virar bichinho, vira-lata. Logo, acho que todas são malucas. E eu tenho medo de gente maluca. Esse tipo de gente maluca. Eu acho que a total falta de higiene - em que a pessoa faz xixi e cocô na roupa, que não toma banho há anos, que dorme no lixo e come o que dorme - é o que faz a pessoa deixar de ser pessoa pra ser bicho.
Tá, enfim. Daí eu tava lá no ponto, com medo do moço-bicho. E veio caminhando um moço-bicho-fodeu, falando com ódio com o chão. Falando sobre o demônio. O moço-bicho levantou, pegou as coisas e ficou olhando, de longe, com medo. O mesmo medo que eu tava sentindo, que as pessoas do ponto estavam sentindo. Ele esperou o moço-bicho-fodeu ir embora pra voltar pro lugar em que tava sentado.
Eu senti uma coisa tão 'uau, irmão' por ele, que tudo mudou. Eu olhei no olho dele com cara de 'ih, que merda, loucão'. E, cara, ele tinha olho. Tinha expressão, tinha medo. Era gente de novo. E era frágil, porque teve medo. Eu fui embora muito encucada, tentando entender como a minha percepção pôde mudar tão rápido e tão seriamente. Porque o moço-bicho é moço-bicho; mas é moço, só moço, quando aparece alguém mais bicho que ele. Como se existissem gradações para bichice.
Deu pra entender?