quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Kaká, a taça, os bispos, Deus e coisa e tal.

Vou postar o último post do Miguel Paiva, o moço da Radical Chic. Mais conhecido, por algumas moças que gostam de moças, como o marido da gostosa da Ângela Vieira.
Ele falou coisas que penso em relação ao retardado do Kaká, que ganhou a taça de melhor jogador do mundo e doou pro cu da Renascer. Eu não me conformo.
Tenho críticas, mas gostei do texto.

'Mesmo sabendo que a consciência da morte e o mistério da vida é o que nos faz acreditar em Deus, a fé é sempre uma coisa inexplicável. Tão inexplicável como a própria vida. É um mistério grande demais para ser entendido como uma história contada num livro. A ciência tenta, a Bíblia relata e as religiões dogmatizam de uma maneira ou de outra. Eu, pessoalmente, não entendo, mas me coloco junto à ciência para entender e satisfazer minha lógica materialista. Aceito as energias cósmicas, o ilimitado poder da mente humana e a força do amor, o que já é muito se se manifestarem ao mesmo tempo. Essa introdução metafísica de mesa de botequim é para tentar entender a atitude do grande Kaká, o craque do Milan que deposita não só todo o seu mérito nas mãos de Jesus, como literalmente a taça de melhor jogador do mundo nas mãos do bispo Hernandez e sua Igreja Evangélica. Nas mãos é uma figura de linguagem visto que o bispo e a bispa sua esposa estão em cana nos Estados Unidos. Não é possível que uma pessoa como o Kaká não veja o desatino de sua atitude. Não quero nem entrar no mérito do casal de bispos. Prefiro questionar essa mania que os atletas têm de creditar a Deus ou a Jesus todos os seus feitos inigualáveis. Será que eles não se sentem capazes de realizar o que realizaram por conta própria? Será que não acreditam na própria força? Será que é preciso sempre colocar em algo que não se explica a explicação para feitos tão notáveis? É preciso acreditar mais na força do ser humano, mesmo que essa força seja a de driblar dois, enganar o goleiro e chutar no cantinho. Essa mesma força de poderia ser determinante para não mais se acreditar em religiões ou deuses que precisam matar para sobreviver. Usa-se cada vez mais o nome de Deus em vão, enquanto os seres humanos se sentem sempre mais oprimidos pelo fanatismo e pelo uso indevido dos mistérios da existência. Nós somos a explicação de tudo. Nós somos a força, a capacidade, o mistério e o amor. Creditar a nós mesmos os grandes feitos da humanidade não nos torna mais frios ou desumanos. Pelo contrário nos enche de confiança e de amor e certamente dedicaríamos mais do nosso tempo tentando entender o próximo do que explicar o inexplicável. Gostaria muito que Kaká acordasse um dia e se desse conta do enorme talento que tem. Se Deus fosse convocado por Dunga e marcasse um gol de placa a quem ele agradeceria?'

7 comentários:

marta disse...

Cara... jogador de futebol, né? Não me surpreendo não. Dá uma tristezinha, mas, bom, enfim. Que vá todo mundo pro inferno!! rss...

Eu não gosto de ouvir esses caras falando de Jesus e com blusas dizendo que Deus é pai e apontando os dedos pra cima e chorando.

Pô, que legal que eles têm fé e acreditam em algo, mas precisa disso tudo? Me incomoda, pois parece que todo mundo tem que seguir isso. E tem até um grupo chamado Atletas de Cristo. Deu polêmica na época de uma Copa pois estavam querendo "catequisar" à força os jogadores que não eram evangélicos.

Uma vez ouvi o Marcelinho Carioca dizendo, depois de uma entrada violentíssima num jogador, que faz essas coisas mas depois pede perdão e Jesus perdoa.

Vai à merda, né?

prontofalei! rsss... =)

marta disse...

que críticas vc tem, juli?

Juliana disse...

eu acho o início e o fim do texto ótimos.
mas acho que ele se perde no meio. e tem umas cafonices, como 'Nós somos a explicação de tudo. Nós somos a força, a capacidade, o mistério e o amor'.

marta disse...

huahuahhuahuaa...

Sinceramente eu não achei muito bem escrito não. Apenas concordei com o desabafo dele.

Clarissa disse...

"Homem é homem, menino é menino, viado é viado e baitola é baitola"

(Na sábia voz de Falcão –o do girassol na lapela, hehe)

Falei e disse.

Juliana disse...

esclarecendo às coleguinhas de blog: caguei pro kaká, pros bispos e tal. e tb não acho o texto do miguel paiva brilhante, como disse, pelo contrário. mas levanta uma bola pra essa coisa que fico pensando, de 'como alguém pode ser tão burro?'. e isso é tão freqüente no futebol. mais ainda nas gentes do futebol que são boas.
eu não entendo, juro.
blé.

Clarissa disse...

Eu compartilho da sua indignação Juju. E eu nem sabia q os bispos do kaka eram aqueles que fugiram pros states. Pior ainda... q coisa. Beijusss.