quinta-feira, 30 de abril de 2009
A Minha Felicidade
Aprendi a encontrar.
Depois de um vento me ter feito frente
Navego com todos os ventos."
Friedrich Nietzsche
quarta-feira, 29 de abril de 2009
Otimismo
(Carlos Nelson Coutinho em A democracia na batalha das idéias e nas lutas políticas do Brasil de hoje. Fávero & Semeraro (orgs). Democracia e Construção do Público na Pensamento Educacional Brasileiro. Ed. Vozes, 2002)
Ainda adoro Stereolab!
terça-feira, 28 de abril de 2009
masurca fogo
Eu quero ser possuída por você, pelo seu corpo, pela sua proteção, pelo seu sangue. Me ama! Eu quero que você me ame e fique eternamente me amando dentro de mim. Com sua carne e o seu amor. Eternamente, infinitamente dentro de mim me envolvendo, me decifrando, me consumindo, me revelando... Como uma tarde dentro do elevador , no verão, voltando da praia e você me abraçou e eu te abracei... E quanto mais eu me entregava, mais nascia o meu desejo, mais sobrava só o desejo, e mais eu te queria sem palavras, sem pensamentos... A vida inteira resumida só no desejo da tua boca dizendo o meu nome, da tua mão conduzindo a minha mão, do teu corpo revelando o meu corpo, como se o mundo fosse pela primeira vez, você o meu ponto de referência nessa cidade.
[Os Convalescentes . José Vicente] + [Hain't it Strange . K. D. Lang]
eu acho assim
você pode. você tem essa escolha. mas toda toda TODA escolha tem conseqüências. tudo tem dois (mil) lados. existem infinitas escolhas e cada escolha gera suas conseqüências, pro bem ou pro mal. o que eu acho é que quando se reclama da falta de escolhas, no fundo no fundo, está-se reclamando das conseqüências das escolhas que se queria escolher. que escolher o dia é perder a noite, que escolher trabalho é perder lazer, que escolher ter coisas é perder dinheiro.
daí entra com uma coisa que geisy disse: ninguém tem todas as escolhas, claro. minhas possíveis escolhas não são as suas. você pode achar que minhas opções são melhores, que as opções de um são melhores que as de outro e talvez você tenha razão.
pois que fique bem entendido: eu não acho que todos somos iguais, não acho que a minha vida é tão fácil e tão difícil quanto a da maioria. acho sim que nós aqui somos privilegiados, todos nós. que qualquer um que tenha possibilidade de ler isso é privilegiado. mas acho também que, nós privilegiados temos opções muito parecidas.
por outro lado, confesso que tenho uma puta tendência a pensar em eras geológicas, pensar o tempo em séculos, pensar a humanidade como um todo e não individualmente. daí que sou otimista pra caralho...
quinta-feira, 23 de abril de 2009
A cabeça rasa 2
Li um livro lá da editora (ainda não lançado) que fala um pouco sobre o capitalismo tardio, que seria uma fase que não se basearia mais na produção de bens de consumo, porque os ricos não têm mais necessidade disso e os pobres não têm dinheiro para comprá-los. Então, o que se produz hoje em dia é a própria necessidade. E, como grandes exemplos disso, ele cita IPhone e Ipod.
Para sustentar a criação de necessidades e o consumismo subseqüente (só uso a nova grafia quando sou obrigada), diretores e CEO's associaram suas mercadorias supérfluas à imagem de "vencedores". Você não compra porque precisa, compra porque quer passar uma imagem. E aí Debord (pre)viu a sociedade do espetáculo, a sociedade dos que parecem ser e/ou parecem ter.
A "fastfoodização" da teoria, dos relacionamentos e da forma de ver a vida em geral então não é uma escolha. É uma conseqüência do sistema econômico. Não é que todas as pessoas sejam assim, mas todas as pessoas recebem a mesma mensagem das mídias (que são as mensagens das empresas): "você não precisa nem pode perder tempo para ser algo, você só precisa parecer que é e pra isso compre logo os produtos que podem te fazer parecer." E eu queria deixar claro que, mesmo entendendo a realidade da mensagem, eu caio nela e tenho dificuldade de me aprofundar. Em tudo. Mas não é um problema pessoal, é social.
Esse é o cerne da questão, da minha questão: vivemos em uma suposta liberdade, mas numa manipulação asfixiante e até mesmo nossas relações mais pessoais sofrem pressão do mercado. Como li um dia, "as patologias da liberdade podem ser tão perigosas quanto as patologias da tirania; e muito mais dificilmente identificadas ou remediadas." (tenho que confirmar o autor)
Podemos nos aprofundar nas coisas, o ser humano tem essa capacidade, muitos já provaram isso, graças a deus. É possível que vivamos bastante sozinhos, sem tomar álcool ou drogas, concentrados em uma mesma questão por anos, sem termos amigos ou família, sem fazer sexo, sem ir a festas ou bares. Não estou dizendo que essa é a forma "correta" de viver, só estou querendo lembrar que temos mais capacidade e possibilidade do que o sistema nos faz crer que temos. O modelo de "vida feliz" ou "vida normal" que nos é imposto, e cria ansiedade, medo e padronização de desejos e pensamentos e sentimentos (o que é ótimo para o consumo), é nada mais que uma ilusão criada pelos filhos da puta detentores da patente da matrix.
(Na verdade, venho acreditando que tudo-tudo-tudo é ilusório – ou metafórico –, mas isso tá mais pra taoísmo e isso é outro post...)
quarta-feira, 22 de abril de 2009
A cabeça rasa
Fiquei feliz quando li o Maffesoli dizer sobre o "fast food teórico". Ok, já cansei de ouvir sobre isso, mas veio agora em um bom momento, em que eu tenho pensado muito sobre a vida fast food que colegas e família te cobram viver. Você tem que sair, encontrar amigos, visitar a família, ver todos os filmes, exposições, conhecer as bandas novas, saber tudo sobre o mercado em que atua, falar todas as línguas possíveis, ganhar mais dinheiro sempre, fazer sexo, beber álcool, estar em ambiente com barulhos... Você não pode parar e se concentrar calado, sozinho e em silêncio porque essa não é a imagem positiva, essa é a imagem do sofrimento, da solidão, do infeliz.
É um inferno. O positivo é estar desfocado, com muita gente falando ao mesmo tempo, fazendo muitas coisas ao mesmo tempo e, se possível, entorpecido de alguma maneira. Sua opinião tem que ser dada imediatamente, tem que ser curta e seguir a receita do que parece inteligente: ser irônico, parecer desinteressado, usar humor pra explorar possíveis absurdos de modo que tudo pareça absurdo e seja uma prova de que "nada faz sentido e por isso o lance é aproveitar a vida".
Se antes era só uma questão cultural fast food, agora é uma forma de levar a vida, o "eu não me estresso". As amizades fast food, os namoros fast food, as inimizades fast food, as relações cotidianas familiares ou não fast food... Isso me leva ao suicídio, acho, em até 3 meses. Isso é o que eu chamo de solidão, uma falta grave de concretude, de realidade interna, ou, mais bonito, de narrativa interna. Sempre que me perco em ilusões e gritarias e dentes expostos em sinal de felicidade, eu volto pro meu livro interno, que só devo acabar de ler e escrever quando eu morrer, ou nem aí. Daí eu volto a ler onde nasci, como foi a infância, o que eu queria naquela época, do que eu sempre gostei e tento novamente me ligar ao que eu sou pra me afastar dessa loucura triste.
E nada disso me salva de ser rasa. Só me salva do suicídio. Mas a dificuldade para ler mais de duas páginas ou só a introdução permanece. É um caralho de um esforço contínuo tentar pensar sempre na mesma coisa e fazer esse pensamento progredir, se aprofundar. Poucas vezes sinto minha mente realmente se aprofundando, tentando se ultrapassar. Acredito que preciso de um mestrado (engenharia de produção ou teoria da literatura, tanto faz) para me forçar, o que é uma vergonha para a humanidade, que já teve por exemplo a Civilização Grega e agora tem eu tentando manter um pensamento.
segunda-feira, 20 de abril de 2009
Valho mais morta :-/
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sexta-feira, 17 de abril de 2009
quarta-feira, 15 de abril de 2009
Tendinietzsche Astral
domingo, 12 de abril de 2009
Trash pour 4
Dica da Letícia Féres.
:)
quinta-feira, 9 de abril de 2009
Blondie featuring Lily Allen - Heart of Glass
=)
sábado, 4 de abril de 2009
=)
ps: por favor, leiam com bom humor.
quinta-feira, 2 de abril de 2009
Tem um sutiã vermelho batendo na minha cara
Agora eu acordei com o sutiã vermelho batendo na minha cara para me ensinar a tratar uma mulher direito.