Colada à tua boca a minha desordem.
O meu vasto querer.
O incompossível se fazendo ordem.
Colada à tua boca, mas descomedida
Árdua
Construtor de ilusões examino-te sôfrega
Como se fosses morrer colado à minha boca.
Como se fosse nascer
E tu fosses o dia magnânimo
Eu te sorvo extremada à luz do amanhecer.
(Hilda Hilst)
9 comentários:
Marta, Marta sempre com textos de calar a boca, ficar quieta...
ah, a hilda! mas de desejos nenhuma me fala melhor que essa. são nossas opções e falta de percepção.:)
Porque há desejo em mim, é tudo cintilância.
Antes, o cotidiano era um pensar alturas
Buscando Aquele Outro decantado
Surdo à minha humana ladradura.
Visgo e suor, pois nunca se faziam.
Hoje, de carne e osso, laborioso, lascivo
Tomas-me o corpo. E que descanso me dás
Depois das lidas. Sonhei penhascos
Quando havia o jardim aqui ao lado.
Pensei subidas onde não havia rastros.
Extasiada, fodo contigo
Ao invés de ganir diante do Nada.
o outro decantado! sou eu!
outro, vc tá em londres!:) que divertido! como c chegou no nosso bloguinho?
Muito bom, Juli! Esse também é ótimo.
Mas o que acho mais legal é como cada poema mexe de forma diferente nas pessoas. Adoro essa diferença. =)
Outro, vc tá em Londres?
Anônimo, não precisa ficar quieta, pode comentar à vontade no nosso blog.
so kill me with love...
MEDO do anônimo!
I'll kill you with my love!
Marta, não sabia que meu desejo ia mexer tanto com vc. Só de reler, sinto tonturas... E vontades... E desejo.
Dani, vc fica me provocando... depois, quando eu escrevo scrap expressando meus sentimentos e desejos vc censura!!
Postar um comentário