domingo, 31 de maio de 2009

If you wanna be happy

O dia esta absurdamente bonito hoje em Londres. Esses videos sao uma tentativa de agradar os deuses pra que o tempo nao mude tao cedo.

These songs are 'as good as it gets' and they are making my day even brighter! Best wishes for everybody today! Jurula, te amo e tenho saudade.


http://www.youtube.com/watch?v=xu8tdXBkQhY&feature=PlayList&p=E89D51F9A868CA21&index=0



sábado, 30 de maio de 2009

Banner parte 2

Caras mentes pensantes,

Segui mais ou menos o que a Juli sugeriu.

Vejam o que acham, clicando aqui.

Não deixem de comentar!

domingo, 24 de maio de 2009

continuando no tema...

A - Não ouso querer não o ouvir... Mas tenho medo...

2º - O nosso amor é parecido com o sonho porque não é senão a superfície do amor: O meu amor é impossível como realidade, possível só com amor. Cada um de nós, no nosso amor, não ama senão a si, no amor; sonha em voz alta e é ouvida. Sonha com o corpo, com os beijos, com os braços.

1º - Dir-lhe-ei que o não amo. Que melhor amante que tu? És mulher como eu e amando-te é a mim que me posso amar.

2º - Realizar o amor é desiludir-se. Quanto não é desiludir-se é acostumar-se. Acostumar-se é morrer. Por mim só amei na minha vida, e amo, a um estrangeiro de quem não vi mais do que o perfil, a um cair de tarde, quando estávamos numa multidão.

1º - Mas ele sabe que o amas? Se ele não sabe que tu o amas de que serve amá-lo?

2º O meu amor é o meu e está em mim e não nele. Que tem ele comigo senão que o amo? Se eu o conhecesse a nossa primeira palavra seria a nossa primeira desilusão... Valerá a pena amar o que podemos ter? Amar é querer e não ter. Amar é não ter. O que temos, temos, não amamos.

A - Se, apesar de tudo, nós nos amássemos!

B - Não, agora já não pode ser. Descobrimos num momento o que os felizes atravessaram a vida sem descobrir, e os mais infelizes levam muito tempo a achar. Descobrimos que somos dois e que por isso não nos podemos amar, Descobrimos que não se pode amar mas só supor que se ama.

A - Ah mas eu amo-te tanto, tanto! Tu se dizes isso é porque não imaginas quanto eu te amo.

B - Não, é porque eu sei quanto tu me não podes amar... Escuta-me. O nosso erro foi pensar no amor. Devíamos ter pensado apenas um no outro. Assim, descobrimo-nos, despimo-nos da ilusão para vermos bem como éramos e vimos que éramos apenas como a ilusão nos fizera. No fundo não somos nada senão Dois. No fundo somos uma epopeia eterna - o Homem e a Mulher...

A - Oh, meu amor, não pensemos mais, não pensemos mais. Amemos sem pensar. Maldito seja o pensamento! Se não pensássemos seríamos sempre felizes... Que tem quem ama com o saber que ama, com pensar amor, com o que é o amor?

B - Não podemos deixar de querer compreender. Quanto mais penso em tudo, mais tudo se me resolve em oposições, em divisões, em conflitos! Mataste de todo a minha felicidade! Agora mesmo que eu quisesse sonhar, nem isso podia fazer. O mundo é absurdo como um quarto sem porta nenhuma... Que alegria se não pensássemos, e que horror o havermos pensado!

A - Agora podemos sonhar... Vem. E não penses mais, não olhes mais para o amor.

B - Não... Agora é impossível. Podemos não pensar, mas não esquecer que pensámos... Sejamos fortes e separemo-nos agora para sempre. Oxalá nos possamos esquecer e esquecer que sonhámos o amor e vimos que ele era uma estátua vã... Olha, tolda-se o céu... Levanta-se o vento. Vai chover...

A - Já não ouso dizer-te que te amo, mas amar-te-ei sempre. Tu não me devias ter amado... Tu...

B - Nada devia ser comigo é... Fomos infelizes, mais nada. A curva desta estrada foi tal que dela vimos o amor e não pudemos amar mais.

A - Tu não me amaste nunca. Se tu me tivesses amado, tu não podias dizer isso. Se tu me tivesses amado tu não pensavas no amor, pensavas em mim. Sim, agora está tudo acabado, mas porque entre nós nunca houve senão o meu amor. Amaste-me talvez porque pensaste que eu te amava ou que te devia amar. Não sei porque me amaste, mas não foi por me teres amor... Porque me olhas assim tão diferente e alheado?

B - Porque reparo agora em quão pouco sabemos do que somos, do que pensamos, do que nos levas. Subiu-me agora à compreensão o que tudo isto é de complexo e absurdo. Não nos podemos compreender. Entre alma e alma há um abismo enorme. O que nós descobrimos afinal foi isso: eu vejo-o e tu não o queres ver. Mas eu descobri mais, ao reparar que não sei o que devo fazer - é que entre nós e mim próprio se abre um abismo também. Andamos como sonâmbulos numa terra de abismo.

A - Adeus, sê feliz e esquece-me. Não te demores que chove mais. Na curva da estrada há uma árvore grande onde te abrigares. Vai depressa, vai depressa. Chove mais.

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Trecho de 'Diálogo no jardim do palácio', um dos textos da peça Pessoas. Hoje foi o último dia no SESC e a partir do dia 05/06 estará no Sérgio Porto.

Vale a pena, mas aviso: são 4 textos acontecendo ao mesmo tempo, com 4 atores que se revezam fazendo os textos. Podemos acompanhar um texto de cada vez e ir mudando a cada ciclo ou ver o mesmo texto com atores diferentes (as interpretações mudam) ou ver tudo ao mesmo tempo \o/. É meio enlouquecedor.

=)

quinta-feira, 21 de maio de 2009

ilustrando Ah! a paixão



Bachianas nº 4 - Prelúdio
Villa-Lobos

quarta-feira, 20 de maio de 2009

ah, a paixão!




ontem no aeroporto li uma entrevista com o caetano. ele falava sobre tudo. coisas de caetano que tagarela e dá uns pitacos às vezes nada a ver com nada. mas sobre paixão ele foi no meu ponto.

a gente se apaixona. se apaixona e ponto. paixão é um sentimento independente de outra pessoa. é um estado de espírito absolutamente pessoal, só que transferível. a gente primeiro se apaixona. depois se apaixona por. porque a gente já está apaixonado. aí a paixão se desloca, se projeta no que nos encanta, nos excita. basta mexer um pouquinho com a química e voilá!
acho que isso explica por que a gente se prende a uma paixão 'errada', por que não se apaixona pel'A Pessoa que tem tudo a ver, por que se apaixona por uma pessoa que nunca nem tchum.
paixão não depende de ninguém. o outro, perfeito ou imperfeito, não é motivador. nem nós somos conscientemente motiváveis.
o lance é estar apaixonado. pra começar a se apaixonar por.

ai, ai.

terça-feira, 19 de maio de 2009

Artaud e Van Gogh

Campos de Trigo com Corvos (1890)

Esses corvos pintados dois dias antes de sua morte não lhe abriram, mais que suas outras telas, a porta de uma certa glória póstuma, mas abrem à pintura pintada, ou melhor, à natureza não-pintada, a porta oculta de um além possível, de uma realidade permanente possível através da porta aberta por Van Gogh de um enigmático e sinistro além.

Não é comum ver um homem, com o tiro que o matou no ventre, cobrir uma tela de corvos negros, tendo abaixo uma espécie de planície lívida talvez, vazia, de qualquer forma, onde a cor de borra de vinho da terra se confronta violentamente com o amarelo sujo do trigo.

Mas nenhum outro pintor, a não ser Van Gogh, saberia encontrar, para pintar seus corvos, esse negro de trufas, esse negro de “ricofestim” e, ao mesmo tempo, como que excremencial das asas dos corvos surpreendidos pelo clarão descendente do crepúsculo.

E, embaixo, de que se queixa a terra sob as asas dos corvos faustos, faustos apenas para Van Gogh, sem dúvida e, por outro lado, faustoso augúrio de um mal que já não o atingira?

Pois ninguém, até então, havia como ele transformado a terra nessa roupa suja retorcida de vinho e empapada de sangue.

O céu do quadro é muito baixo, esmagado, violáceo como as margens de um raio.

A tenebrosa franja insólita do vazio se elevando após o relâmpago.

Van Gogh soltou seus corvos como os micróbios negros de seu baço de suicida, a poucos centímetros do alto e como se viessem por baixo da tela, seguindo a negra cicatriz da linha onde o adejar de sua rica plumagem faz pesar, sobre o turbilhão de tempestade terrestre, as ameaças de uma sufocação vinda do alto.

E apesar disso, todo quadro é rico.

Rico, suntuoso e calmo, o quadro.

Digno acompanhamento para a morte daquele que, em vida, fez girar tantos sóis ébrios sobre tantos montões de feno rebeldes e que, desesperado, um tiro no ventre, não soube deixar de inundar de sangue e de vinho uma paisagem, molhar a terra com uma última emulsão, ao mesmo tempo alegre e tenebrosa, com gosto de vinho azedo e vinagre talhado.

É por isso que o tom da última tela pintada por Van Gogh, ele que, por outro lado, nunca ultrapassou a pintura, consegue evocar o timbre abrupto e bárbaro do drama elizabetano mais patético, passional e apaixonado.

É isto que me toca mais em Van Gogh, o maior pintor de todos os pintores, e que, sem ir além do que se fala, e que é a pintura, sem sair do tubo, do pincel, do en-quadramento do tema e da tela para recorrer à anedota, à narrativa, ao drama, à ação de imagens, à beleza intrínseca do assunto ou do objeto, conseguiu apaixonar a natureza e os objetos de tal forma que qualquer conto fabuloso de Edgar Poe, Herman Melville, Nathnaël Hawthorne, Gérard de Nerval, Achim d’Arnim ou Hoffmann não supera, no plano psicológico e dramático, suas telas de quatro cêntimos, quase todas as suas telas, aliás, e como que de propósito, de medíocre dimensão.

(trecho de Van Gogh. O Suicidado da Sociedade, de Antonin Artaud)

Estava aqui a pensar... e fui acometida por mil sentimentos... coisas boas e ruins.

Fiquei com saudade, fiquei triste e feliz. Me senti segura e estranha. Com vontade de gritar e querendo apenas ficar na minha. Achando que está tudo tranquilo e querendo jogar tudo pro alto e sair correndo.

Aí pensei: “cara!!! por que isso? por que esse paradoxo, essa contradição, ou sei lá como chamar?”. É chato isso, essa agitação sentimental.

Então resolvi escrever aqui, pois pensei no comentário da Fran sobre a combustão espontânea, que é justamente o que mais adoro na apresentação do alot.

domingo, 17 de maio de 2009

Rio pelo Dia Mundial de Combate à Homofobia

Tudo bem, acho que a gente tem que procurar saber o que está acontecendo, ler, interagir, mas é preciso (opinião minha) uma divulgação maior desses eventos.

http://www.arco-iris.org.br/pragramacao.html

quarta-feira, 13 de maio de 2009

segunda-feira, 11 de maio de 2009

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Um banner novo pro blog

Caros membros do A LOT OF COISAS,

Com todas as mudanças visuais que estão acontecendo no blog, sugeri a Cindy a criação de um banner para colocar no lugar do título com a descrição atual. Assim, criei um e gostaria de compartilhar com vocês pra darem suas opiniões.

Dêem uma olhada, clicando no link abaixo e digam se gostam. Também podem fazer sugestões ou apresentar suas próprias propostas.

Para ver a proposta de banner clique aqui.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Filhodumaputamalcomida (ou Edir Macedo)

Aí que o Edir Macedo tem um blog. Que ele nunca deve ter acessado. Porque ele nem sabe o que é blog. E ele pede dinheiro aos fiéis pra manter mais esse canal de evangelização.
Que custa R$107.622,00.
Oi? Cento e sete mil? Edir, meu bem, tá caro!
Ele disse que quem ajuda o rádio não precisa ajudar o blog. Mas os fiéis têm medo de acabar o blog. Aí ajudam.

The Hours

Branka Parlic tocando Philip Glass.