domingo, 30 de dezembro de 2007

Feliz 2008

Temendo que uma hecatombe nuclear houvesse matado seus companheiros de blog, ela perguntou baixinho. "Oi? Tem alguém aí?" Não ouvindo resposta, tirou do armário o vestido preto pra arejar, porque ela tem alergia a mofo. Isso feito, sentou-se em frente ao computador e, com lágrimas a rolar pelas faces, escreveu o último post do blog onde se lia o seguinte:

"Feliz 2008! Que tudo seja lindo e paz. Que no próximo ano a gente coma menos miojo e tome mais picolé. Que a gente veja mais borboletas e ande descalço, que eu adoro andar descalça quando saio da praia nas pedrinhas portuguesas. Que a gente leia mais e vá mais ao cinema, teatro, praia. Que a gente tenha menos dor de cabeça. Que a gente tenha tempo pra ficar sem fazer nada. Que a gente tenha rede onde ficar sem fazer nada. Que a gente tenha um bigbrother com pessoas bacanas e que a gente não tenha vergonha de gostar de bigbrother. Que a gente faça coisas legais e que o ano seja bacana. É isso. :) "

quarta-feira, 26 de dezembro de 2007


Depois do post da Geisy o que me resta é desejar - mesmo que atrasado, porém de coração - boas entradas para todos nós!!! =PPP

terça-feira, 25 de dezembro de 2007

Marta e sua namorada

A irmã burra da Cindy só entra aqui pra falar de mulé. Mas, porra, fala sério, olha só a namorada sueca da Marta! A Marta da seleção brasileira de futebol feminino! Parece que a "amiga que veio passar as festas de fim de ano" é zagueirão.


P.S.: Bem que a Marta (a minha, a sua, a nossa Marta, hehe) disse que tinha uma ligação forte com a Suécia... Agora eu entendo...

segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

Feliz Natal



Over The Rhine - All I Ever Get For Christmas Is Blue

=)

sábado, 22 de dezembro de 2007

Voltando ao "31 minutos"

Tô viciada em "Me cortaron mal el pelo":

sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

Alegria de estudante de letras

- é poder escrever em tópicos!

Férias de quase tudo

Saindo:
- De quem é essa impressão?
- Conseguiu ler o trabalho? A gente tem que imprimir hoje pra levar pro professor amanhã.
- Vai almoçar aonde?
- Viu a wbs?
- PC1.
- Fecha a guarda.
- Viram o e-mail que recebemos?
- Vai na troca de kruang?
- Isso não tá no PMBoK nem em nenhum outro guia, isso é prática.
- Acha que entrega esse livro no prazo?
- Chapter one.
- Já enviou pro marketing?
- Base, guarda, movimentação.
- Me repassa esse e-mail?
- Chapter seven.
- Vai ser Tio Cotó mesmo?
- Puta merda, ele não devolve o capítulo!
- What composition??
- Bom dia, bom dia, bom dia, bom dia, bom dia, boa tarde, boa tarde, boa tarde, boa tarde...
- Esse não é o conteúdo desse módulo!
- Já liberou o miolo?
- Entra mais o quadril nesse chute.
- Vai pedir algum suco?
- Page one hundred five, grammar.
- No primeiro horário? Ok.
- Dois jabs, um cruzado de direita, um cruzado de esquerda, cotovelada de direita e pisão com a perna da frente, ok?
- Cindy. Meu nome é Cindy. Cin-dy, cê, i, ene, dê, ípisilon. Isso. Cindy.

Entrando:
- Que horas são? Cacete, dormi dez horas seguidas!
- Vai fazer alguma coisa hoje?
- Po, fiquei lendo atééé dormir.
- Tô indo aí.
- Mais cerveja? Ok.
- Tá vindo pra cá?
- Vamos dormir, bb?
- Em que altura vc tá?
- Posso pegar o snorkel?
- Tão jogando o quê?
- Vou dormir mais um pouco...

O Natal – Meu pânico

- Vontade de ser invisível
- Vontade de ser incomunicável
- Vontade de correr muito rápido sem parar chorando copiosamente até ficar livre novamente
- Vontade de chorar de medo abraçada às pernas
- Claustrofobia
- Vontade de me esconder embaixo da cama ou do edredon ou em qualquer escuro
- Vontade de fugir para um hotel
- Vontade de gritar até ficar livre novamente

Juro que não gosto, é o dia mais ansioso da minha vida. Depois vem o carnaval e o meu aniversário, mas nem se comparam.

quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

Estou triste.

Mandem as good vibes pro outro plano, a Teresa morreu hoje de madrugada.
Merci pela força, pessoas queridas. Achei importante vir falar pra vcs.
Beijos, boas festas.:*

quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

Mi muñeka me hablo

Muito bom. Tem outros da mesma série, vale a pena :)

http://www.youtube.com/watch?v=BNXobzBI5Gc

(Não sei colocar pra aparecer que nem videozinho...)

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Pop ETECÉTERA!!!


www.3a1.com.br

Um moço barbudinho de óculos. Meio indiezinho assim assim. Dançando com uma guitarrinha despretensiosa. Low profile.

Mas isso não é nenhuma bandinha deprê!

Mocinha elegante no baixo. O nome é meio clichê, mas não tem outro: swing.

Mas isso não é nenhuma bandinha funk!

Bateria do inferno! MUITO! Um mocinho daqueles que toda mamãe do rock quer como genro!

Mas isso não é nenhuma bandinha rock-virtuose-lero-lero!

Jorge Ben crescido bem uns 40 centímetros. Assim como o cabelinho também crescido. Ah! E rejuvenecido! Com nome de russo! Violão e linha de frente!

Pop de primeiríssima. Desse tipo que alegra nossa vidinha, isso sim!

Ah, é! Tem também um mocinho que interpreta como ninguém e canta que é uma beleza!

CDzinho novo. Estão de parabéns.


No Youtube

No Trama Virtual

sábado, 15 de dezembro de 2007

Ê Brasil!!!

Filarmônica de Berlim tocando Tico-Tico no Fubá.

Impressionante! É só botar um ritmo brasileiro pra todo mundo ficar soltinho e cheio de graçolas!! rsss... Muito bom! =)

Gente feia

Coluna de João Ximenes Braga (adoro!) em O Globo de hoje.

Festinha despretensiosa, tipo leve o que beber e pegue o de comer. Quem ali já não se conhecia era amigo do amigo, praticamente uma reunião de máfia, uma sessão de voto secreto no Senado, e tudo corria na santa paz da bebedeira coletiva até a chegada de um grupo de quatro rapazes esquisitíssimos.

- Que gente feia é essa? – sussurraram os outros assim que eles entraram.

E por que esquisitos? Porque não eram. Na verdade, eram os tipos mais comuns que se pode imaginar na Zona Sul do Rio. Playboys meio embrucutuzados, de camiseta regata de tecido sintético, do tipo que só deveria servir para malhar. Tinham uma certa pinta de pitboy que deixou muita gente desconfortável, embora eles não tenham esboçado qualquer reação explícita ao clima discretamente pansexual que os cercava. Seja como for, destoavam dos outros convivas, fina flor da boemia intelectual carioca. Traziam um quê de Nuth a um ambiente de freqüentadores de rodas de samba e/ou Dama de Ferro/Fosfobox. A dona da casa logo começou a reclamar:

- Eu que nunca fui na Nuth, nem na Baronetti, de repente me vejo disputando fila com quatro pitboys pra entrar no meu próprio banheiro!

Mas tudo correu sem maiores incidentes, só a frase lá de cima se repetia sem cessar, à meia voz, ao longo da noite:

-Que gente feia é essa?

Seguida de comentários tais como:

- Esses tipos já roubaram o Baixo Leblon da gente, depois o Baixo Gávea, depois o Coqueirão, agora nem em casa de amigos eles deixam a gente em paz?
- To dizendo que tem que cercar a Barra da Tijuca, to dizendo...
- O Leblon também, o Leblon também!
- Cês tão nostálgicos, os playbas já tomaram conta da cidade inteira, pra escapar deles só mudando pra Santa Teresa.
- Ou pro subúrbio...
- Que subúrbio? Pros lados de lá ta pior. A única diferença é que playboy de subúrbio faz a sobrancelha, usa wax no cabelo e calça jeans cheia de penduricalhos, de resto é tudo igual.
- Metrossexuais?
- Não, cafonas mesmo.
- Peraí, esse não é o figurino do Cine Ideal?
- Pois é, em Madureira não há gaydar que funcione!
- Mas afinal, quem é essa gente feia que chegou agora?

Ninguém sabia, nem ia lá perguntar. De interação real, só um dos playbas que se encantou por uma nativa da festa – uma advogada de cabelo black power que trabalha com direitos humanos em comunidades carentes. Sem saber como chegar nela, ele pediu auxílio à dona da casa.

- Pó, aí, to amarradão na tua amiga, que que eu tenho que fazer pra dar um beijo nela?
- Fala de milícia – respondeu a outra, com um fio de veneno escorrendo pelo canto da boca.

Tempinho depois as duas se reencontram.

- Eu não entendi nada. O playba sentou do meu lado e disse: “Pó, aí, ta sabendo que eu sou totalmente contra qualquer forma de exploração das classes menos favorecidas? Tipo assim, milícia, acho milícia nada a ver”.

Como já disse, fora esses pequenos momentos de interação, os tais pitboys não agiram como tais e saíram da festa sem causar imbróglio algum, só os sussurros de “que gente feia é essa?”.

Dias depois, encontro algumas pessoas da festa e uma menina me confessa que era a culpada pela presença dos “pitboys”.

- Um deles é meu amigão, muito gente boa, apesar de ser professor de academia na Barra. O problema é que ele só anda com esses caras esquisitos. Mas sabe o que me deixou uma fera? Encontrei com ele no dia seguinte e comentei que ele tinha ficado pouco tempo na festa. Ele respondeu: “Pó, aí, é que lá só tinha gente feia”.
---
Corolário: contabilizando a opinião de cada submáfia carioca, o Rio é a cidade com mais gente feia do mundo.

ps: pois é, "a diferença" gera preconceitos e incômodos em todos os lugares.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

C&H - Carinho

Não é novidade.
Mas é tão divertido!

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Lista: 10 filmes "deprês"


Filme "deprê" pra mim é quando saímos do cinema como zumbis, andando sem saber ao certo aonde ir e o que fazer ou então ficamos olhando os créditos na televisão, sem dizer uma palavra, depois de assistir ao filme em vídeo. Ou mesmo quando há alguma cena que particularmente nos marca e que não deixamos de pensar depois que o filme acaba. É diferente de filme triste, quando choramos, mas que no fundo "diverte" sem maiores questionamentos.

1- Bambi (traumatizante);

2- Despedida em Las Vegas (creio este ser o filme que mais me abateu após a sessão);

3- Meninos não Choram (mazela humana);

4- Réquiem para um Sonho (problemas reais, soco no estômago);

5- Menina de Ouro (vida trágica);

6- Coisas que Você Pode Dizer Só de Olhar para Ela (além de mim, só conheço mais 1 pessoa que se emocionou com este filme. Só sei que me tocou profundamente);

7- Closer (seres humanos e seus relacionamentos);

8- As Horas (dramas femininos em várias épocas);

9- Traffic (mais problemas reais, mais soco no estômago);

10- Central do Brasil (Brasil).

Menção honrosa ao filme "Na Montanha dos Gorilas" que me deprime só de ouvir falar. Não vi nem quero ver.

ps: foi difícil escolher esses 10 +... lembrei-me de cada um... fica pra próxima.

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

1,2 Step

Eu era a negona mais animada dado meu quilombo, tenho certeza.
Pra vcs, felicidade igual a que eu tô sentindo.
Ciara e Missy Elliott.
(tem tantos ts e ls assim?)
The princess is here! Yé!

Que calor, puta que pariu.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Bizarrices do dia-a-dia

Hoje de manhã estava ouvindo rádio enquanto trabalhava e, trocando de estações, parei numa rádio evangélica e fiquei ouvindo um debate sobre assuntos diversos entre 3 pastores. Eis que um deles lê uma pergunta enviada por email por uma ouvinte. CA-RA-CA! A pergunta era: Pastor, o que o senhor acha da dança do siri? Porque na lá na minha igreja, quando o pastor manda fazer a louvação, os fiés dançam a dança do siri." ????????????? Eu juro que quase não acreditei no que ouvi, mas ultimamente não tenho duvidado de nada. Deus do céu, o que foi issor?!

P.S. Pra quem não sabe, a dança do siri é uma dança inventada por dois personagens de um programa de 'comédia' que passa aos sábados pela noite na Globo. Eles fazem movimentos pra um lado e pro outro e mexem as mãos... cara, não sei descrever. O lance é que eu não faço ideia de pra que isso serve, nem o que significa ou como surgiu. PQP ninguem tem mais o que inventar. Daqui a pouco fundam a igreja do deus 'Siri'. Me desculpem, mas eu TIVE que compartilhar isso.

domingo, 9 de dezembro de 2007

War in Rio - O Jogo



"O objetivo do projeto é gerar uma discussão através de uma proposta cínica de diversão.
Pegando carona no fenômeno de massa 'A Tropa da Elite', a idéia é perguntar ao cidadão carioca se ele acha que esse tipo de entretenimento combina com pipoca ou com uma reflexão profunda sobre a realidade de sua cidade.
Por outro lado é também um jogo bem planejado e realizado: uma paródia irresistível para os amantes do clássico e politicamente incorreto passatempo de guerra. No lugar de invadir Moscou, conquistar a África ou aniquilar os exércitos brancos, que tal invadir a Cidade de Deus, conquistar a Baixada ou eliminar o Comando Vermelho?
Desenvolvido pelo designer Fábio Lopez, ele traz no tabuleiro a geografia da região metropolitana da cidade, capital e Baixada Fluminense, e tem suas peças representando seis tipos de grupos armados: a PM, o Bope, as milícias e três quadrilhas de facções criminosas.
War in Rio é reflexão e entretenimento canalha."

sábado, 8 de dezembro de 2007

Meu querido diário,

Eu fico triste quando me sinto esgotada. Seja por trabalho, amigos, amor, exercícios, atividades prorrogadas. Tem gente que sente raiva ou prazer, mas eu fico triste, porque não sei lidar direito com o pós-esgotamento, o que parece não fazer sentido, mas faz, porque eu e meu corpo, que somos dois, sentimos assim.

Eu tava pensando que minhas escolhas profissionais-não-amadurecidas e ter dinheiro não são coisas compatíveis, e agora?

Eu adoro desligar a TV da minha mãe quando ela dorme. Viremexe ela tá acordada e eu falo pra ela dormir logo, só pra eu voltar e desligar. Me sinto super cuidadosa, porque desligo só pra luz verdinha não ficar no olho dela.

Eu quero que a segunda-feira chegue, porque vou me formar. :)

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

Diálogo com 'Cenas'



Então, comprei um livro recentemente que fala de intertextualidade, leitura, citação e afins.
Comecei a ler e a viajar sobre o assunto e, como gosto de fazer analogias, estava relacionando isso a imagens, pinturas e fotografias. O post “Cenas” foi um prato cheio pros meus devaneios e resolvi postar em vez de comentar nele. Bom, antes de embarcar na viagem, coloco aí um trecho do livro...

Quando cito, extraio, mutilo, desenraízo. Há um objeto primeiro, colocado diante de mim, um texto que li, que leio; e o curso de minha leitura se interrompe numa frase. Volto atrás: re-leio. A frase relida torna-se fórmula autônoma dentro do texto. A releitura a desliga do que lhe é anterior e do que lhe é posterior. O fragmento escolhido converte-se ele mesmo em texto, não mais fragmento de texto, membro de frase ou de discurso, mas trecho escolhido, membro amputado; ainda não enxerto, mas já órgão recortado e posto em reserva. Porque minha leitura não é monótona nem unificadora; ela faz explodir o texto, desmonta-o, dispersa-o. É por isso que, mesmo quando não sublinho alguma frase nem a transcrevo na minha caderneta, minha leitura já procede de um ato de citação que desagrega o texto e o destaca do contexto.

(...)

O grifo na leitura é a prova preliminar da citação (e da escrita), uma localização visual, material, que institui o direito do meu olhar sobre o texto. (...) o grifo coloca marcas, localizadores sobrecarregados de sentido, ou de valor; ele superpõe ao texto uma nova pontuação, feita ao ritmo da minha leitura: são os pontilhados sobre os quais mais tarde farei recortes. Toda citação é primeiro uma leitura.

(...)


COMPAGNON, Antoine. O trabalho da citação. Tradução de Cleonice P.B. Mourão. Belo Horizonte: UFMG, 1996.

Fiquei pensando no mundo, no nosso olhar e nas formas que encontramos para representá-lo – o olhar. Penso que capturar uma imagem é tb fazê-la explodir para fora de seu contexto. Retratá-la numa pintura é desmontá-la toda, inevitavelmente, porque nosso olhar não é capaz de ver o todo. Comparo o olhar nosso ao grifo. Nós focamos as partes do que vemos e as absorvemos aos pedaços, cada um a seu modo. Uma pintura do Picasso me faz pensar especialmente nisso. (tá ai em cima, é que eu não sei colocar no lugar certo)

Quanto à fotografia, se por um lado ‘perdemos’ o barulho de um rio fotografado, se transformamos em imagem estática algo cheio de vida e movimento, também quem fotografa acrescenta vida à imagem, já que a impregna de valores do seu recorte. O grifo coloca marcas, localizadores sobrecarregados de sentido, ou de valor; ele superpõe ao texto uma nova pontuação, feita ao ritmo da minha leitura. Recortar, citar – seja falando, escrevendo, fotografando, pintanto etc – é também um processo de construção porque minha leitura não é monótona nem unificadora, logo o recorte tampouco será. Assim, na escolha da cena, do ângulo, da luminosidade, da distância – na fotografia – como na escolha do material, das cores, das formas, no jeito da pincelada – na pintura – transparece o processo de construção do olhar de cada um de seus autores.

Por isso, vejo as ‘Cenas’ da Marta como citações que ela faz do mundo que vê. Portanto, Julinha, acho que não importa o barulho do rio, já que as fotos dizem muito mais do que quando vc olha pra ela e não tem a vaga idéia do que ela está pensando, hehe. Sem, é claro, cair naquela história de “fulano quis dizer isso quando retratou tal coisa dessa forma”, he. Essa foi minha viagem! Beijos pra vcs!

Campanha Natal em Julho


Ontem pela manhã/tarde fui ao SAARA (centro do Rio) com o objetivo de comprar presentes para amigos e algumas cositas para mim. Estamos perto do Natal e essa é uma região de comércio popular onde se vende de tudo. Não preciso dizer que fica um formigueiro, não é? Estava um calor insuportável e um sol idem. Perguntem-me se consegui fazer o que eu queria. Respondo: não. Eu perco a paciência facilmente em situações assim e o que eu mais quero é ir embora (o engraçado é que eu adoro um Maracanã cheio... vá entender...).

Para vocês terem uma idéia, entrei nas Lojas Americanas (LA) da R. Uruguaiana, lotada, pra comprar um DVD de presente, e estava tocando no som, aos berros, canções natalinas em ritmo de pagode. Na boa, procurar DVD nas LA ouvindo pagode natalino não rola. Talvez meu amigo fique sem presente neste sábado, mas ele vai entender com certeza.

Ao sentar no ônibus de volta pra casa, um pouco chateada, olhei para o reloginho digital do veículo que marcava 42°C (sim, alguns ônibus agora vêm com relógio digital só para nos torturar com temperatura). Percebi que fiquei triste e comecei a imaginar a época de Natal no hemisfério norte, com friozinho, bonecos de neve e essas coisas que vemos em filmes.
Foi aí que me veio o pensamento: não é justo que passemos o Natal no inferno! por que não podemos comemorar em julho?

Então resolvi fazer essa campanha e, para os que acham isso uma loucura, aqui vão algumas vantagens do Natal em Julho:

- nesta época, teremos condições normais de temperatura e pressão, próprias para a vida humana;
- poderemos comer nozes, avelãs e castanhas e beber vinho sem sofrimento;
- vamos economizar dinheiro, pois não precisaremos comprar uma garrafa de água a cada esquina em dias de compras de Natal para não morrermos desidratados;
- não será uma tortura abominável sair para fazer compras de Natal, será apenas um sacrifício aceitável;
- poderemos abraçar mais as pessoas, conforme prega o espírito natalino;
- por conseguinte, as pessoas serão mais felizes e haverá menos barracos familiares no dia de Natal.

Assim, espero a adesão de todos!
Obrigada!

=)

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Ana Cristina Cesar

Então. Primeiro eu não gosto dela. Segundo, é segredo, porque ela tem cara de fantasma de oclões escuros que puxa o pé. Mas eu achei trechos de poesias dela num diário antigo. Trechos que eu gosto, claro. Claro não, porque eu podia ter anotado de tão ruim que eram. Mas são bons mesmo. Eu gosto de gente que fala de paixão sem firulas. E isso é difícil na Ana Cristina, porque ela tenta colocar pompa em coisas simples. Aí fica meio pedante e bobo, porque a gente sabe que as palavras foram rebuscadas propositalmente.
Mas olha que coisa à toa e bonita, versos de uma poesia:

Não tenho muitas palavras como pensei.
"Coisa ínfima, quero ficar perto de ti".
Te levo para a avenida Atlântica beber de tarde
e digo: está lindo, mas não sei ser engraçada.
"A crueldade é seu diadema..."
O meu embaraço te deseja, quem não vê?

Cenas

Tenho a impressão de que cenas estão a minha espera em todos os lugares, prontas para serem captadas e sentidas.
E então, o mundo pára por alguns instantes. Movimentos, sons, pessoas, tempo: tudo se congela.

É isso!

=)



quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

Esse post vai para os fãs de JJ Abrams, o criador da enigmática e viciante série de tv “Lost". O trailer é de seu mais novo trabalho. Um longa, cujo nome ainda não foi confirmado, mas ao que tudo indica pode-se chamar "Cloverfield” (código secreto). Estréia nos EUA dia 18 de janeiro próximo.



Não vá ao cinema esperando um happy end!

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Pra não causar uma falsa impressão de sujeito sério...

Um amigo me mandou, achei que valia dividir... Sucesso do Queen...

Sobre não existir

Aí que hoje foi a primeira vez que chorei muito com medo de a Teresa morrer. A filha mais velha veio procurar o cartão dela e buscar algumas coisas que estavam aqui em casa. E, em 25 anos, eu nunca tinha mexido nas coisas que ela guardava. Os bolsos das roupas, os exames, a camisola, coisas da igreja, muitos papéis burocráticos, capas de carteirinhas, um porta-celular Hugo Boss. Descobri que ela guardava o dinheiro debaixo do colchão.
Entrei na intimidade dela como se ela não existisse mais. Mas ela existe.
Conversamos com a pequena e choramos todas. Ela não sabia de fato o que estava acontecendo. E ela também não tinha chorado, porque, na cabecinha dela, é feio. Aí falamos aquelas coisas todas de papai do céu, de chorar ser normal, porque estamos tristes e gostamos da mãe dela, de perguntar tudo o que quiser saber, de que os médicos estavam fazendo tudo o que sabem para ajudar a mãe dela, mas que nem sempre tudo o que os médicos sabem conseguem ajudar a pessoa que está doente.
O Caio, meu cachorro, toda hora vai lá fora e olha pra nossa cara, como quem diz 'Cadê?'. E a gente fica triste de novo.
Tá ruim.
Eu escrevi aqui pra legitimar a importância disso tudo pra mim, eu acho.
Quem acreditar, rezaí. Quem não acreditar, manda boas vibraçôes. E quem não acreditar em nada, faz as duas coisas por mim.

Minha pequena coleção de esquisitices 2

Isso é uma caixinha de chicletes que comprei em Berlim:









E quando você chupa todos os chicletes e abre a caixinha, eis o que você encontra:





Genial, não??

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Cyanide and Happiness

Muito bom. =D

Achei interessante

Caros e caras, recebi este texto e achei que valia passar pra frente. Como estava esperando uma oportunidade para estrear no Blog, achei que seria uma boa oportunidade.
Não sou contra e nem a favor, muito pelo contrário...
Food for thought...

Por que Chávez? Artigo publicado no jornal O Globo, no dia 24/11/2007Cristovam Buarque * www.cristovam.com.br

Talvez nenhum outro líder político latino-americano tenha recebido tanta atenção de jornalistas e de políticos brasileiros quanto o presidente Chávez. As análises e críticas são sempre sobre "o que é" e "como age Chávez". Ninguém pergunta "por que Chávez?" - o que levou a Venezuela, depois de 50 anos de democracia, a optar, por meio do voto, eleição após eleição, por um governo com características autocratas.
A resposta é simples: Chávez é o produto da insensibilidade da elite e da desmoralização da política. Durante os 50 anos de sua democracia, a Venezuela teve dois partidos se sucediam, sem nada mudar, exceto o nome do Presidente. Uma falsa alternância do poder. Por todo esse tempo, o país exportou petróleo e teve recursos para financiar o luxo e a sofisticação do consumo de uma minoria rica. Muito pouco foi usado para atender às necessidades da população pobre, ou para investir em um projeto estratégico de desenvolvimento. O resultado foi um país dividido por uma apartação social, o total estranhamento entre incluídos e excluídos, que se vêem como se fossem partes separadas de um mesmo país, e não componentes de uma mesma nação.
O Brasil se comporta hoje como a Venezuela de anos atrás. A eleição de Lula já foi o resultado da histórica insensibilidade da elite e da desmoralização da política. Ele representava o novo, dizia que o Congresso era composto por 300 picaretas; liderava um partido que era símbolo da luta contra a corrupção e da esperança de uma nova política nacional, que transformaria a sociedade em benefício da emancipação das camadas pobres.
É verdade que, no poder, Lula não se comportou como Chávez: em vez de dividir o país, fez uma coesão política entre pobres e ricos. Mas não criou as condições para a unidade social, para a formação de uma nação. Em vez de mudar a sociedade, tomou medidas que acomodaram o povo e os partidos. Adotou uma forma de fazer política idêntica à que antes criticava. A coesão política veio do compromisso com a manutenção do status quo em todas as áreas, e da concessão de programas assistenciais para as camadas pobres. O resultado é que o Brasil de hoje é a Venezuela de antes de Chávez, com o agravante da perda da esperança no governo Lula.
A democracia vai aos poucos sendo corroída pela desmoralização dos políticos, pela insensibilidade das elites dirigentes, pelo cinismo da comemoração pelos pequenos avanços, pela aceitação de que a corrupção é natural e generalizada. Somos um caldeirão de frustrações fabricando uma alternativa autocrática. Apesar de criticar Chávez, o Congresso brasileiro colabora sistematicamente para fabricar o chavismo no Brasil. Com o aumento do salário dos parlamentares, os acordos para salvar colegas condenados pela opinião pública, a mudança de posições que depende de estar no governo ou na oposição, o aumento de impostos repudiado pelos contribuintes, os fracos resultados no enfrentamento dos problemas da população. Nem aqueles que criticam Chávez sentem saudades dos partidos e dos políticos de antes.
Os juízes passam a idéia de estar mais preocupados com o aumento dos seus salários do que em fazer justiça, e permitem a vergonhosa impunidade dos ricos. Colaboram para formar o desejo popular de um líder autoritário. Na Venezuela, mesmo aqueles que se horrorizam com o controle da justiça afirmam que a justiça anterior não merecia sobreviver.
A imprensa, apesar de denunciar constantemente a corrupção, se concentra no debate superficial, generaliza a crítica a todo político, desmoraliza a classe política - e junto com ela, a democracia -, ignora propostas alternativas para um Brasil sem apartação. Critica os erros, mas não denuncia as causas. É como nas tragédias gregas. Ninguém quer o resultado trágico do autoritarismo.
Mas como atores, estamos todos - Congresso, justiça, imprensa - fazendo a nossa parte para que o Brasil seja uma fábrica de autocratas, produtos da insensibilidade da elite e da desmoralização da política.
* Professor da Universidade de Brasília, Senador pelo PDT / DF.

domingo, 2 de dezembro de 2007

Patolino contra os nazistas



Desenho proibido do Patolino: é ótimo ele voando com bandeirinhas americanas e depois batendo no Hitler!

Preciso de duas explicações:



No YouTube o título é "British Army".

1 - Por que esse homem me lembra a Flávia?

2 - Que porra é essa exatamente??

Obrigada.

Blogs alheios

Escritos de um conterrâneo que achei por aí:

Texto 3: Clara

Trocou as horas dos meus dias por minutos. Trocou meu tédio por vendaval. Trocou os livros na estante por acontecimentos. Trocou os móveis, os tapetes e meu coração de lugar. Trocou meu cheiro. Trocou minha saliva pela sua. Trocou o sono pelo sonho. Trocou um Beatles 1968 por um Mombojo 2006. Trocou a lâmpada do céu da minha boca. Trocou de blusa e saiu pelada. Trocou de signo e mudou o humor. Me trocou.

sábado, 1 de dezembro de 2007

Fantasia

(...)
Já naquele tempo eu gostava de criar meu próprio breve exílio, onde seria rainha de um momento.

O esconderijo podia ser embaixo da mesa na sala – eu me considerava invisível atrás da toalha comprida, de franjas; sob a escrivaninha de meu pai; dentro de um armário; entre arbustos no jardim.

Era uma forma de ficar tranqüila para ruminar coisas apenas adivinhadas, ou respirar no mesmo ritmo do mundo: dos insetos, dos talos de capim.

Era um jeito de ter uma intimidade que pouco me permitiam: criança que demais quieta podia estar doente, demais isolada devia andar triste, demais sonhadora precisava de atividades e ocupações. Disciplina sobretudo, disciplina para compensar aqueles devaneios e a dificuldade de me enquadrar.

Então às vezes eu arranjava uma imaginária concha onde me sentia livre. Eu tentava nem respirar, para que não se desfizesse a magia.

Era também um proteger-me não sabia bem de quê. Ali nenhum aborrecimento cotidiano, nenhum mal me alcançaria. Eu não sabia bem que ameaça era aquela, mas era onipresente, onipotente e perturbadora.

Rodeando a casa havia hortênsias de tonalidades azul-pálido, azul-cobalto, arroxeadas, lilases ou totalmente violeta, em vários tons de rosa, do brilhante ao quase branco. Eram o meu castelo verde-escuro de onde brotava o inexplicado das cores.

Mas a castelã de trancinhas finas não agüentava muito tempo, logo emergia coberta de pó, e corria para a certeza do que era familiar.

Outras vezes, audaciosa, eu me afastava mais da casa e me deitava de costas na terra morna no meio de uns pés de milho no pomar. Ver o céu daquele prisma, recortado entre as folhas como espadas, era espiar por muitas portas. A perspectiva diferente que dali, deitada, eu tinha do mundo e de mim mesma era como balançar na borda de um penhasco bem alto, acima do mar.

Depois vinha o susto: o real era este aqui debaixo ou aquele, móvel e livre?

Antes que a mãe chamasse, antes que o jardineiro viesse me buscar, eu me assustava e queria de novo o simples e o familiar. Fantasia demais seria uma viagem sem volta?

Ninguém – nem eu mesma – me encontraria, nunca mais?
(...)
(Lya Luft - Pensar é Transgredir - crônica Mais Infância)

Levanta a mão quem passou (e/ou ainda passa) por isso!!! \0_

=)